7 de julho de 2011

Negras Raizes Alex Haley - genealogia história escravidão Kunta Kinte africa griot africano negros resgate histórico social etc




Negras Raízes

Alex Haley

editora: Círculo do Livro

descrição: Número de Páginas: 646; Conservação da Capa: Bom, Conservação da Lombada: Bom, Conservação do Miolo: Bom, Acabamento: Capa dura;

Tradução Pinheiro de Lemos

Alex Haley usa de sua genealogia para traçar a história da escravidão através de suas "negras raízes".

Negras Raizes Alex Haley - genealogia história escravidão Kunta Kinte africa griot africano negros resgate histórico social etc

Narrando a epopeia de uma familia e a sorte injusta de um povo oprimido, Negras Raizes, e tambem a historia de milhoes de negros americanos descendentes de africanos.

O publico apaixonou-se pelas personagens, e, atraves de um seriado filmado para a televisao, brancos e negros puderam ver que possuem uma herança comum. O sucesso deste romance, onde a ficçao e apenas um complemento dos fatos veridicos.


Inicia com a história de seu trisavô, que vivia em uma tribo na África, onde foi capturado por traficantes de escravos. Antes do ocorrido, o autor relata os costumes da tribo, a educação das crianças a divisão do poder e as tradições. Depois, denuncia os horrores vividos pelos escravos nos navios negreiros. Mulheres eram estupradas pelos traficantes, a ponto de seus órgãos ficarem em carne viva, outros eram jogados no mar para aliviar a fome dos tubarões.


Quando seu trisavô chega à América do Norte é vendido, foge várias vezes até ter metade de seu pé amputado. Quando finalmente muda de dono, passa a ser o caseiro da casa grande e se casa com a doméstica. O casal tem uma filha, que ao tentar fugir com o namorado, é vendida para uma outra família. A menina é estuprada pelo novo patrão e o autor novamente relata em detalhes todos os passos da escravidão negra nos Estados Unidos.


Foram 20 anos de pesquisa que trouxeram à luz, denúncias da escravidão, desmascarando a própria história, cheia de ideologias e de "vencedores".



Alex Haley é um escritor africano, conhecido principalmente por seus relatos sobre a escravidão.


Sua obra mais conhecida é "Roots: The Saga of an American Family" (Negras Raízes, no Brasil) , publicado em 1976. O romance foi adaptado duas vezes para a televisão. Suas obras se baseiam principalmente nas histórias de sua própria família, dando uma interpretação da viagem de um Africano para a América durante o período da escravidão.


O sucesso da primeira obra foi fundamental para que Haley pudesse continuar escrevendo sobre a mesma temática. A história rendeu debates incessantes na televisão sobre a questão do preconceito contra negros nos EUA. Os debates aconteceram até a década de 1990.


Conheceu Malcom X, e Elija Mohamad, líder da Nação do Islã. O resultado desse contato foi a colaboração na publicação da "A Autobiografia de Malcom X", publicado em 1965.



Uma das obras de maior sucesso da literatura afro-americana: "Negras Raízes", de Alex Haley.

A história de Kunta Kinte, o jovem príncipe, fi lho de Omoro e Binta, que vivia na aldeia Juffure, a quatro dias de Gâmbia, na África do Sul. Pude revê-lo se distanciando, mata adentro, em busca de um tronco para fazer um tambor. Sofri com ele o horror da captura, a resistência à mudança de identidade, o desespero nos porões do navio negreiro, o desembarque no porto de Annapolis, em Maryland, a venda, as chibatadas e o drama vivido no Novo Mundo.

A gente pode ler o romance como grande romance de saborosa aventura, uma saga comovente. Muito bem escrito, é dezenas de vezes ainda mais saboroso que a história filmada e exibida na TV.

Mas também pode inverter o jogo proposto pelo autor e começar pelo fim, quando Alex Haley revela que ter ouvido a história da bisavó, Kizzy, fi lha de Kunta Kinte. Escravizada e estuprada pelo senhor da fazenda, ela teve um fi lho mestiço a quem transmitiu o orgulho de pertencer àquela linhagem.

Orgulho que chegou até o autor e o estimulou a escrever sua obra-prima.

Essa saga ganha um sentido ainda maior se pensarmos no menino Alex, nascido em 1921, prestando atenção nas histórias da "bisa" e sonhando com a riqueza de sua própria raiz.

Por 20 anos, ele trabalhou na guarda costeira americana e no tempo livre escrevia.

Ao reformar-se, em 1959, tornou-se jornalista e fez textos para várias revistas até a publicação de A Autobiografia de Malcom X.

Daí, iniciou o projeto do resgate de Kunta Kinte e da própria história: 12 anos de pesquisas em bibliotecas e viagens à África.

Um ritual que passa pela aldeia de Juffure e culmina com o autor em Annapolis, em 29 de setembro de 1967, ao completar 200 anos do desembarque de Kinte. Alex Haley morreu em 1992.


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cultura griot.

Ciro Flamarion Cardoso Jorge Zahar 1988 Escravidão e Abolição no Brasil: Novas Perpesctivas.



Escravidão e Abolição no Brasil: Novas Perspectivas.
Ciro Flamarion Cardoso   
Jorge Zahar   
1988   

páginas 112   Este Trabalho e uma Revisao Critica da Bibliografia Mais Recente Sobre o Escravismo no Brasil, Lançando Também um Olhar Retrospectivo Sobre Algumas Versões Anteriores.

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Solange Couceiro Os negros na televisão de São Paulo - estudo das relações raciais. telenovela discriminação racial historia propaganda etc.

Solange Couceiro


Os negros na televisão de São Paulo - estudo das relações raciais.

USP-FFLCH

1983


Livro em bom estado de conservação, com 133 pgs, brochura original, escasso, não perca.

Solange Couceiro desenvolve estudo do negro na televisão paulista.

Em sua obra, Couceiro isola o período final dos anos 60 e o começo da década de 70.

Através de levantamentos quantitativo e qualitativo, ela faz análise dos profissionais da televisão paulista e do conteúdo das programações das emissoras (programas de auditório e de entretenimento popular).

Esse trabalho, além de registrar e documentar os primeiros passos da televisão, retoma a metodologia de Borges Pereira e desenvolve um método de estudo do negro através da análise centrada na televisão.


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cultura griot.

Racismo Cordial - Brasil história sociologia conflitos raciais preconceito discriminação religiosa etc





Racismo Cordial: A mais completa análise sobre preconceito de cor no Brasil

Ano: 1998

Editora: Ática - Acabamento: Brochura - Número de Páginas: 208

Organizador: Cleusa Turra & Gustavo Venturi


RACISMO CORDIAL Este livro propõe questionar profundamente sobre a questão racial no Brasil.
É um livro baseado na pesquisa realizada pelo jornal de ampla circulação em São Paulo e em todo o Brasil.

Esta pesquisa foi realizada pelo Instituto Datafolha. Foi uma pesquisa de peso realizada num período de mais de seis meses, sendo analisada por mais de7 00 pessoas dentre as quais renomados sociólogos. Foi um trabalho cientifico cuja finalidade era tentar responder a indagação que sempre se discute em torno da questão ser ou não ser o Brasil um pais preconceituoso, racista.

Não apenas procurou responder Se o brasileiro é racista, mas saiu em campo para discutir o assunto a partir da pesquisa. E um livro destinado ás pessoas que se preocupam com a formação cultural dos jovens. Não se permite mais que exista em nosso país o preconceito racial, por isto ser este livro um tratado de cidadania. O preconceito no Brasil tem marcas profundas.

Este livro traz o estudo de renomados jornalistas, constituindo um estudo muito serio a respeito desta temática muito importante para todos aqueles que buscam construir uma nação forte com igualdade e justiça social para todos.

È um livro que analisa as profundas marcas deixadas pelo racismo pelo preconceito racial que existe em nosso país e que nem si quer admitimos. O que tem causado seqüelas sociais em nosso povo. Não podemos continuar fazendo de conta que não temos preconceitos contra os negros,que tanto contribuiu e continua contribuindo para a formação cultural e enrriquecimentos da nação brasileira.

Em entrevista o geógrafo Milton Santos (1926-2001), uma das mais respeitadas figuras de sua área no mundo. Santos recebeu uma cópia do relatório do Datafolha antes da entrevista e não gostou nada da pesquisa.

Na visão de Santos, o Datafolha havia formulado de forma errada inúmeras questões da pesquisa e definiu mal a idéia de preconceito. O geógrafo acusou o jornal de fazer marketing com o levantamento, entre outras críticas.

A entrevista foi duríssima, com críticas não apenas à pesquisa, mas também às minhas questões. Perguntei, por exemplo: “O senhor defende o chamado sistema de cotas?” Resposta: “Essa pergunta gera um bloqueio do debate. Porque você só tem duas formas de responder: sim ou não.” Indaguei então: “Qual seria a pergunta correta”. E Santos ensinou: “O que eu devo fazer para que o negro entre e permaneça na universidade?”

Em outro momento, depois que Santos acusou a pesquisa de ser um objeto de marketing, houve o seguinte diálogo:

- Constatar o racismo é marketing?
- Não. Marketing é fazer perguntas apenas sobre o discurso e não sobre o comportamento. Estou exagerando, porque há perguntas sobre comportamento. Já estou pensando na próxima, que eu sei que a “Folha” vai fazer....


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cultura griot.

Hubert Fichte Etnopoesia: Antropologia poética das religiões afro-americanas




Hubert Fichte: Antropologia poética das religiões afro-americanas.

Etnopoesia.

São Paulo : Editora Brasiliense.


1987


14 x 21 cm , 325 pp-. Capa: Roberto Emílio Nejme. Organização: Wolfgang Bader.
Prefácio: Wolfgang Bader. Revisão: Ana M.M. Barbosa e Maria de Lourdes Appas.
Tradução: Cristina Alberts e Reny Hernandes.

observaçoes hereticas para uma nova ciencia do homem, antropologa diz, wilma diz,
prata jardim,
quebra da consciencia,
ao longo dos dias e dos anos o caminho de inciaçao do haitiano,
sobre as religioes afro cubanas em miami,
transformaçoes de freddy,
montanha magica esta deserta consideraçoes a respeito da religiao maria lionza na venezuela, revoluçao e magia observaçoes a respeito do culto shango em granada,
mar mediterraneo e golfo de benin a descriçao de ritos africanos e afro americanos em herodoto,


Toda a vida do autor, ele foi um viajante solitario com um projeto literário extremamente pessoal. Em seus livros, discutiu o passado nazista, retomou a própria infância sem medo de expor-se, pesquisou os espaços vitais dos grupos minoritários.

Através de uma expressão poética - segundo ele, muito mais eficaz do que a seca prosa científica - Fitche estuda, neste ensaio, as religiões e culturas afroamericanas, analisando os mais diversos ritos de iniciação, as histórias pessoais dos habitantes de cada região.


Como um viajante que compõe o seu diário, Fichte descreve todas as suas descobertas, sem receio de contar seus anseios e decepções, transportando o leitor ao mundo da cultura afro-americana, para que cada um faça as suas próprias descobertas.




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cultura griot.

Brasil Afrobrasileiro Maria Nazareth Soares Fonseca Org






Brasil Afro-brasileiro

Maria Nazareth Soares Fonseca Org

editora: Autentica

ano: 2006

estante: sociologia.

descrição: brochura, 16x23cm, 352 pgs, ótimo estado



Com uma proposta multidisciplinar, o livro pretende contribuir para o aprofundamento da discussão dos processos produzidos pela sociedade brasileira de invisibilidade das diferenças quando, de alguma forma, procura apaziguar os conflitos étnico-raciais para fortalecer-se enquanto totalidade harmônica e integrada.


A marca desse livro é a diversidade de enfoques que são dados à cultura afro-brasileira. São olhares do ponto de vista da antropologia da história e da literatura. Estão reunidos nessa obra artigos que se propõem a refletir de forma crítica sobre a situação do negro brasileiro no
contexto das relações inter-raciais.

São abordados temas como a configuração da identidade nacional, a imagem do negro no meio literário, a questão de gênero, a dimensão religiosa, a esfera estética e visual, a memória histórico-cultural dos grupos negros, as manifestações de uma negritude presentes no campo literário e no campo musical jovem, como é o caso do hip-hop, bem como a especificidade do trabalho antropológico junto a parcelas dessa população, suas implicações e desafios.


Lilia Schwarcz inicia a coletânea em um artigo que destaca a impor-
tância do conceito de raça na construção do Brasil como nação. A autora nos mostra que a discussão sobre a superioridade racial presente nesse período impossibilitou o debate sobre a cidadania das populações negras e mestiças.

Em Inumeráveis Cabeças. Tradições Afro-Brasileiras e Horizontes da Contemporaneidade, Edimilson Pereira e Nubia Gomes discutem as relações entre tradição e modernidade num contexto de pós-modernidade.



Leda Maria Martins propõe que se estude os rituais conhecidos como “congadas” e “moçambique” a partir do conceito de encruzilhada. Para ela, essas expressões culturais brasileiras delineiam o trajeto dos negros da África às Américas. A autora acredita que a adoção do conceito de encruzilhada possibilita o deslocamento de uma noção de centro cultural irradiador, de
mestiçagem, sincretismo e fusão.



Maria Nazareth Soares Fonseca nos incita a pensar sobre qual o lugar do negro no Brasil, a partir das representações do negro e negrura que circulam em textos produzidos desde o final do século XVIII, que tratam das questões relativas à nação e à identidade nacional, até estudos contemporâneos, como os de Florestan Fernandes e Lilia Schwarcz. Para ela, o que ocorre na maior parte deles é uma negação da cidadania, que retrata qual é o papel da questão da cor e da raça no imaginário da nação.




Comunicação, Identidade Cultural e Racismo é um texto que busca refletir sobre as narrativas produzidas sobre a identidade brasileira. Elas são tomadas por Dalmir Francisco enquanto forma de organizar a experiência, e configuram dois tipos de identidade: uma da mesmidade, que funcionaria para as elites que idealizam um país, um estado-nação para si, e outra da
diferença entre brancos e não brancos, trabalhadores e proprietários. Tomando essa perspectiva, como o negro seria visto no Brasil?


Maria J. Somelarte Barbosa questiona a forma negativa como Exu é conhecido nas religiões afro-brasileiras, uma vez que originalmente na África ele era e é considerado uma força criadora, geradora e onipresente, cuja existência se faz nas margens, nos limites. O caráter benéfico ou maléfico de Exu dependeria das energias de quem o invoca. A autora empreende uma aproximação entre as características de Exu e as da linguagem e palavra, ambas estão sujeitas a transformações em seus significados, a ambivalências, apresentando várias facetas. Para ela a característica mais importante a ser considerada é o poder de comunicação atribuído a Exu.



Em Pierre Verger. O Olhar Daquele “que nasceu de novo pela graça do Ifá”, Vera Casa Nova utiliza textos e imagens dos livros do autor – Orixás e Lendas Africanas dos Orixás – mostrando como o recurso fotográfico possibilita uma ampliação dos sentidos da situação descrita do
ritual, revelando aspectos que tornam esse acontecimento mais pleno de sentido. A fotografia dessas cerimônias, segundo a autora, evoca os mitos e todos os seus componentes simbólicos, nos remetendo também à memória coletiva e à consciência religiosa. No livro Orixás as fotos trazem a
experiência da memória, das origens de onde emana a autoridade religiosa, logo, o seu poder. O artigo pode ser definido como uma etnografia das imagens presentes nos dois livros de Pierre Verger.



Micael Herschmann integra a coletânea de textos com um estudo sobre o impacto produzido pelo hip-hop em São Paulo. Ele o percebe como um lugar de sociabilidade em que os jovens das periferias expressam o seu descontentamento. O hip-hop de São Paulo se contrapõe ao funk carioca, hostilizando-o pelo conteúdo leve das músicas, que não contribuiriam para uma conscientização da condição social ou racial.



Enquanto uma reflexão sobre o racismo no Brasil, mais especificamente o preconceito contra a mulher negra, Feminino no Plural. Negras no Brasil, de Lidia A. Estanislau, procura mostrar como esta ocupa profissões desprestigiadas socialmente e mal remuneradas. Ela faz uma breve revisão bibliográfica sobre os estudos que repertoriam a trajetória das mulheres
negras na história brasileira. Esses trabalhos mostram que, apesar de serem muito visíveis pela sua cor, as mulheres negras são geralmente invisíveis enquanto sujeitos históricos e sociais.




Ruth Landes esteve na Bahia entre os anos de 1938-39. Essa antropóloga americana debruçou-se sobre a questão das relações raciais brasileiras, mais especificamente sobre as formas de sociabilidade dos negros junto aos terreiros de candomblé e o papel das mulheres nesse contexto. Em seu artigo sobre a obra dessa autora, denominada: A Cidade das Mulheres, Nilma Lino Gomes busca problematizar a questão da subjetividade do pesquisador, do antropólogo, não apenas na sua relação com o outro, mas com a academia e com a produção da sua pesquisa.



Alecsandro J. P. Ratts procura dar conta do fenômeno do “aquilombamento”, explorando os sentidos do termo no Brasil e na África. Ele enfoca a mobilização política contemporânea acerca do tema e os desdobramentos desse “aparecimento” em diversos campos. Seu texto traça aproximações entre os quilombos brasileiros e africanos para, em seguida, mapear os estudos que contribuíram para definir o que viria a ser um quilombo.

etc...


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L'Image Du Noir Dans L'art Occidental. Frank M Snowden - Ladislau Burger. iconografia africa africanos negros nações etc




L'Image Du Noir Dans L'art Occidental. Frank M Snowden - Ladislau Burger.


Frank M Snowden - Ladislau Burger Coord.

Friburg Office Du Livre.


1976


descrição: L'Image du noir dans lart Occidental. I: Des Pharaons à la chute de l'Empire Romain.
Témoignages iconographiques sur les populations noires dans lAntiquité Gréco-Romaine;

350 pp. muito ilustrado, capa dura original. Introdução por Amadou-Mahtar MBow; Jean Vercoutter, Jean Leclant, Frank M. Snowden, Jr., Jehan Desanges.

Uma preciosidade, não perca. Aproveite. Formato grande.


Le propos des auteurs de cette entreprise est clairement exprimé dans l’introduction. Il ne s’agit pas d’une contribution à l’histoire de l’Afrique, ni davantage de l’étude du rôle qu’ont pu jouer les Noirs dans les civilisations « occidentales », mais d’une tentative pour appréhender le « phénomène culturel du Nègre », tel que l’ont perçu les artistes de l’Occident.

Le volume recouvre la période antique, va à la fois moins loin et plus loin. Moins loin, parce qu’il ne peut manquer de se heurter à un certain nombre de réalités qui s’accordent mal avec le projet initial ; plus loin parce que l’historien y trouvera une source inestimable pour la connaissance des mentalités et l’étude des sociétés antiques dans leurs rapports avec le monde noir, et que ce travail excède ainsi largement le domaine de l’histoire, l’art dans lequel on tendait à le circonscrire.

Pour nous en tenir aux réalités rebelles, il s’est avéré bien malaisé d’inscrire l’Egypte dans le cadre de l’Occident. Certes l’éditeur en est conscient qui s’en explique ainsi dans son avant-propos : « Il s’agissait autour de ce mot, de couvrir une aire de civilisation disons chrétienne, héritière et inséparable de l’Antiquité gréco-romaine, elle-même tributaire, plus particulièrement lorsqu’il s’agit du Noir, de la civilisation égyptienne ». Assurément on peut, à bon droit, souligner la part considérable de l’héritage égyptien dans la civilisation gréco-romaine. Mais on ne peut faire que l’Egypte ne soit d’abord terre d’Afrique et que sa vision du Noir n’en soit profondément influencée. C’est ce qu’admettent en définitive les spécialistes qui ont travaillé à ce volume puisque l’une des cinq études qui la composent s’intitulent : « L’Egypte terre d’Afrique dans le monde gréco-romain ». Dès lors était-il indiqué de s’arrêter à ce titre embarrassant : « L’image du Noir dans l’Art Occidental » ?


D’autre part, la diversité des pé­riodes envisagées - de l’Egypte pharaonique à la fin de l’empire romain -, la complexité des approches du Noir par les différentes civilisations - selon qu’il fut voisin et proche comme en Egypte, ou qu’il fut lointain et étranger comme en Grèce et à Rome - interdisaient que l’on pût tirer une conclusion d’ensemble sur la « thématique du Nègre » dans les cultures antiques.

A notre avis, la seule optique qui puisse être féconde en la matière est de se demander, pour chacune des périodes envisagées, dans quel rapport social et politique se trouvait le Noir avec la civilisation de l’artiste qui le représentait rap­port de dépendance, de conquête, d’infériorité, ou bien rapport de simple voisinage, de passage, d’égalité et pour tout dire, de sérénité. L’image que l’on se fera du Noir ne sera pas la même, on s’en doute, selon que l’on se trouvera dans l’un ou l’autre de ces cas. Et tant pis pour la thématique si la réalité apparaît comme plus contradictoire qu’on ne l’avait cru d’abord.

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cultura griot.

6 de julho de 2011

Ebó no Culto aos Orixás Orlando J. Santos




Ebó no Culto aos Orixás

Orlando J. Santos

Pallas -Cultura Negra

Livro em bom estado de conservação, com 140 páginas, não perca, bibliografia escassa, não perca, saiba mais...

Sumário. Agradecimento VI. Apresentação V11. Introdução. A importância de Olódúmarè.
O culto de Õ risa. Èsú. Assentamento de Èsú (pessoal). Èsú Omi Yangí.
Os Ôrisà. Èsú. Ôgún. Ôsóòsi. ôsónyin. Lògún Ede.òsúmàrè. Obàlúwàiyé.Sòngó. Òsun. Oya. Yemanja.Nana . Ôrísàálá. Assentamento de Ôgún. Assentamento de ôrísàálá.
Ebori . Oro de sacrificio para o ígbín de Ôrísàálá. Ebós de Odu e efo. Outros ebós.


O autor descreve de forma clara o significado do ebó - oferenda e sacrifício - para os seguidores do Candomblé. Começa pelo mais importante obarí, destinado à cabeça, seguido do - oferecimento do Igbín a Orisaalá, conhecido como o boi de Oxalá e termina discorrendo sobre o uso do ebó para a solução sobre o uso do ebó para a solução dos problemas do cotidiano.




Ebós de Odu, acompanhados dos respectivos efó; a constituição de ori; como proceder um bori; assentamentos de orixá; como oferecer o Igbin a Oxalá; além de inúmeros ebós para os mais diversos fins, você encontrará neste livro.



O EBÓ NO CULTO AOS ORIXÁS, do Babalorixá Orlando J. Santos, integra um esforço de recuperação de saberes ancestrais comuns aos africanos e seus descendentes que, por diversas razões, vêm se perdendo, prejudicialmente para a. cultura negro-brasileira.

De início, o autor se reporta à noção de OLÓDUMARÈ, observando a constituição do ORÍ (cabeça) e do homem como um todo, fazendo uma detalhada explicação de Èsii, primordial ao saber e práticas rituais.

Em seguida, Orlando J. Santos apresenta uma visão sumária do que são os ÒRISÀ e as principais características de cada um, atendo-se mais no detalhe do assentamento de três deles, justamente os de maior importância para a prática do EBÓ -Esu, ÒGUN e ÒRÍSÀÁLA.

A penúltima parte é dedicada ao objetivo principal deste livro - o EBÓ no Candomblé, começando pelo mais importante, o EBORI'(OU BORÍ), destinado à cabeça (ORÍ), seguidojdo oferecimento do IGBÍN a ORISAALA', um dos mais complexos, delicados e importantes sacrifícios oferecidos ( o ÍGBÍN é considerado o BOI DE OXALÁ).

Por último, o autor penetra no campo mais genérico da praticado EBÓ, voltado às demandas do cotidiano, para as quais o sacrifício se faz necessário em busca da vitória, do sucesso e do equilíbrio.

Constatando a simplicidade e a serenidade "de tais práticas rituais, o leitor poderá certificar-se do cuidado do autor antes de revelar tão delicados processos, com o interesse de fornecer conhecimentos indispensáveis a quem pretende utilizar-se das sutis energias que envolvem sua prática.

Um lembrete àqueles que se interessam pelo assunto abordado: respeite sua cabeça, a força da divindade que nela habita e a cabeça de seu semelhante; eis alguns componentes essenciais ao bom êxito de qualquer prática, sobretudo dos rituais, nos quais ódio e rancor não podem entrar, sob risco de prejudicar os resultados e quem os almeja.






Orlando J. Santos é autor dos livros:

— Rezas para os Orixás 1986.
— Orunmilá e Exu 1987.
— Candomblé Ritual e Tradição 1992
— Ebó no Culto aos Orixás 1993
— Aprende Ìyáwó 1996.
- KÒ-LLÈKÓ, ÌYÁWÓ ÈSÙ-SÌGIDI 2008.
— Compêndio: Èsù-Sìgidi 2008.
— KÒ-LÈKÓ, ÌYÁWÓ - OBÌ, O ÒRÍSÀ DA BOA SORTE - 2008

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cultura griot.

Negro e Cultura no Brasil . Pequena Enciclopédia da Cultura Brasileira Helena Theodoro Lopes . José Jorge Siqueira . Maria Beatriz Nascimento





Negro e Cultura no Brasil . Pequena Enciclopédia da Cultura Brasileira

Helena Theodoro Lopes . José Jorge Siqueira . Maria Beatriz Nascimento

editora: Unibrade . Unesco

ano: 1987



Com 136 páginas . brochura em bom estado. UNIBRADE-Centro de Cultura : UNESCO

Dimensão histórico-sociológica do negro.
Introdução ao conceito de quilombo.
Religiões Negras no Brasil.
Estética Negra.
Musica de Negros.
O negro na literatura.
O negro na vida familiar brasileira.
Expressões da cultura negra na vida brasileira.

Orelha de Martinho da Vila.
Nota de Monique Augras.


International government publication on the African influences on Brazilian culture ; Deconstructs social life and customs within the racial democracy-hegemony dialectic. Octavo, wraps, 136 p., bibliographies.


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2 de julho de 2011

African textiles : looms, weaving and design / John Picton and John Mack Picton, John London : British Museum Publications 1979. vestimenta ritual alaká tecido africano pano da costa e afins




African textiles : looms, weaving and design / John Picton and John Mack

Picton, John

London : British Museum Publications

1979.

208 p. : ill. ; 28 cm.

Textile fabrics - Africa Pano da costa, vestimenta, tecido, ritualismo etc.

John Picton and John Mack. London, 1979. 208 pages, 204 black and white photos, 28 color plates.

This is a good survey of traditional African textile manufacture and design, illustrated with examples from the collections of the British Museum.

Field photographs show the processes and subsequent use. North African textiles are included as well as those from Sub-Saharan areas.

An illustrated survey of African textiles - their design, manufacture, and use - as part of African life, art, and culture. Covers textile arts from the entire continent and beautifully illustrated.

In Africa textiles are used not only as everyday clothing but for special events, sometimes with ritual meanings, and to decorate houses and shrines as well as people.

This book looks beyond the design and making of African cloth to its social, political and religious significance.

This book surveys the raw materials used, and describes the various types of looms used by people in different locations across the African continent with a generous number of photographs showing the looms and the fabrics produced on them.

Following chapters discuss pattern dyeing particularly featuring Adire or Indigo designs from Nigeria as well as the bogolon/mudcloth from the Bamana people of Mali as well as discussion of drawn, painted, printed and stenciled designs.

The two final chapters discuss applique and related techniques such as quilting and patchwork, and embroidery in West Africa.


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História da Africa - Os Impérios Negros da Idade Média. Philippe Aziz.

História da Africa - Os Impérios Negros da Idade Média.

Philippe Aziz.

Capa Dura

Editora Fermi

ano: 1978

as origens da historia africana o enigmatico imperio do benin nas pegadas de preste joao

28 de junho de 2011

The Living Arts of Nigeria William Fagg



The Living Arts of Nigeria

William Fagg

Macmillan Pub. Co. NY

1976

capa dura, original, em bom estado de conservação; Fotografia de Peccinotti e ilustrações de Michael Foreman. Attractively illustrated overview of Nigeria's artistic heritage. .

photographs by Peccinotti, beautiful coloured drawings by Michael Foreman : a snapshot of the traditional arts of Nigeria including beads, brass, leather, pottery, weaving - the artefacts & the methodology;


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TREASURES OF ANCIENT NIGERIA by Epko Eyo. Willett




TREASURES OF ANCIENT NIGERIA.

text by Ekpo Eyo & Frank Willett.

Published by Alfred Knopf.

1982.


176 pages, 123 b/w photographs, 53 color photographs--almost all full-page. Cloth cover.

The traditional art of Nigeria--in bronze, terracotta, and ivory--spanning over 2,000 years and representing seven cultures, visited three major U.S. museums in 1980 and 1981. This stunning volume--with a text by two leading authorities on Nigerian art--lavishly illustrates the
objects in the exhibition....

The book is done in association with Ekpo Kyo, who is a Nigerian. Too many books on Nigeria are told by people who lack true familiarity with the cultures of this modern state.
This is a major plus! It is inclusive of Nok, Igbo, Ife, and Benin. Is a good introduction to terracota, stone, and metal sculpture from
southern Nigeria.

One hundred extraordinary works of art in bronze, terracotta, and ivory - works spanning fore than two thousand years, from the 5th century BC and representing seven cultures...


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17 de junho de 2011

O Quilombismo. Abdias do Nascimento multiculturalismo educação africana historia sociologia religião etc








Título: O Quilombismo.

autor: Abdias do Nascimento

editora: Vozes

ano: 1980

descrição: Livro em bom estado, com 281 páginas, brochura original.


A singularidade de O quilombismo está no fato de apresentar uma proposta sócio-política para o Brasil, elaborada desde o ponto de vista da população afrodescendente. Num momento em que não se falava ainda em ações afirmativas ou compensatórias, nem se cogitava de políticas públicas voltadas à população negra, o autor deste livro propunha a coletividade afro-brasileira como ator e autor de um elenco de ações e de uma proposta de organização nacional para o Brasil. Assim, sustentava e concretizava a afirmação de que a questão racial é eminentemente uma questão nacional.

O quilombismo antecipa conceitos atuais como multiculturalismo, cujo conteúdo está previsto nos princípios de "igualitarismo democrático (...) compreendido no tocante a sexo, sociedade, religião, política, justiça, educação, cultura, condição racial, situação econômica, enfim, todas as expressões da vida em sociedade;" "igual tratamento de respeito e garantias de culto" para todas as religiões; ensino da história da África, das culturas, civilizações e artes africanas nas escolas.  O ambientalismo também se faz presente, no princípio que "favorece todas as formas de melhoramento ambiental que possam assegurar uma vida saudável para as crianças, as mulheres, os homens, os animais, as criaturas do mar, as plantas, as selvas, as pedras e todas as manifestações da natureza".



“Os afro-brasileiros sofreram nova decepção em seus sonhos quando constataram que até mesmo no crescente contexto industrial do País, especialmente em São Paulo, sua força de trabalho era rejeitada. Isto que chamam de acelerado progresso e expansão econômica brasileira não modifica sua condição, à margem do fluxo e refluxo da mão-de-obra. E para que assim permanecesse o negro um marginal, o governo e as classes dominantes estimularam e subsidiaram a imigração branco-européia que, além de preencher as necessidades de mão-de-obra, atendia simultaneamente à política explicita de embranquecer a população.”


“Em 22 de novembro de 1910 a Marinha de Guerra, sob o comando do marinheiro negro João Cândido, rebelou-se contra o governo do país . O objetivo imediato da revolta: a extinção do castigo, uma punição corporal remanescente do regime escravo”


“Durante a campanha abolicionista, dois negros se destacaram na defesa dos escravos: José do Patrocínio, filho de sacerdote católico com mulher negra. Nasceu em Campos, Estado do Rio de Janeiro ... transferiu-se para a antiga capital do pais, a cidade do Rio de Janeiro.... arena onde desenvolveu extraordinário trabalho jornalístico. O outro chamava-se Luis Gama, filho de africana livre e aristocrata português. Nasceu na Bahia e as oito anos foi vendido como escravo pelo próprio pai... para pagar divida de jogo.O menino Luis Gama embarcou com seu proprietário para São Paulo... conseguiu aprender a ler e escrever, estudou, libertou–se da escravidão e tornou-se brilhante advogado...Tudo que ganhava em sua banca de advogado, Luis Gama destinava à compra da liberdade dos seus irmãos de raça escravizados. Escreveu violenta poesia satirizando os negros e mulatos que tentam esconder ou negar sua origem africana, querendo passar por brancos... Cantou a beleza negra em termos altos e absolutos, muito antes que os poetas da chamada negritude o fizessem, ao evocar ternamente a imagem de sua mãe, Luísa Mahím, a quem jamais conseguiu tornar a ver.”




Livro pioneiro em vários sentidos, documenta a participação, pela primeira vez ocorrida, de um negro brasileiro aos foros internacionais pan-africanos. O texto se compõe dos discursos e ensaios - análises sócio-econômicas, políticas e culturais da experiência afro-brasileira - apresentados por Abdias Nascimento àquelas reuniões: o IV Congresso Pan-Africano (Dar-es-Salaam, 1974), o Encontro Sobre Alternativas do Mundo Africano (Dacar, 1976), Faculty Seminars na Universidade de Ifé (Ile-Ife,. 1976-1977), e I Congresso da Cultura Negra nas Américas (Cali, 1977).


Introdução à mistura ou massacre? - Ensaios desde dentro do genocídio de um povo negro (USA).

I Congresso das Culturas Negras das Américas Grupo D - Etnia e Mestiçagem.
Revolução cultural e futuro do pan-africanismo (Dar-es-Salaam, Tanzânia).
Cultura: uma unidade criativa. O exemplo de Palmares.
Língua: um obstáculo para a unidade; Brasil: de escravo a pátria.
Quilombos, insurreições e guerrilhas. Abolição de quem?
O negro heróico. O Teatro Experimental do Negro.
Auto-suficiência e cultura pan-africana. A respeito de ciência e tecnologia.
Considerações não-sistematizadas sobre arte, religião e cultura afro-brasileiras - Ile-Ife;
Primeira providência: apagar a memória do africano.
Catolicismo e religiões africanas. A destruição das línguas africanas.
O negro e os estudos lingüísticos. O negro no teatro brasileiro.
O embranquecimento compulsório como política oficial. Nota breve sobre a mulher negra (Dacar).
Escravidão e abuso sexual da mulher africana.Quilombismo: um conceito cientifico emergente do processo histórico-cultural das massas afro-brasileiras.
Memória: a antiguidade do saber negro-africano. Consciência negra e sentimento quilombista.
Quilombismo: um conceito cientifico histórico-social. A B C do quilombismo.
Alguns princípios e propósitos o quilombismo. Semana da Memória Afro-Brasileira.



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22 de maio de 2011

João Luiz Duboc Pinaud Malvados Mortos Ed EXPED 1987 Brasil Africa histŕoia cultura etc






João Luiz Duboc Pinaud
Malvados Mortos
Ed EXPED

1987

Brochura; estado bom; 170 páginas. Livro Ilustrado. Com reproduções de época. Importante livro que narra a situação do africano e de seus filhos que foram sequestrados e trazidos para o Brasil, sequestro esse promovido e patrocinado pela Europa esclarecida e civilizada.

A crença, a cultura, as falas e o sentimento não desapareceram com o sequestro pelo contrário justificaram e permaneceram para formar o que hoje é essa longa tradição afrodescendente que...
Livro em brochura original, escasso, não perca, obra de referencia, saiba mais ....
Viagem ao centro da mata. Generais da guerra preta. Mato rastilhado de Sague.
Memória danada para sempre. Gestação do amanhecer. Com glossário.


Paty do Alferes 1838: Aquela região que se debruçava sobre o Vale do Paraíba fervilhava de escravos, que sob a vigilancia dos senhores da terra, trabalhavam num regime cruel, que vinha se repetindo desde o século XVI. A diferença era que agora a maioria já havia nascido no Brasil.

Mercê, entretanto, de astuta política dos senhores da terra, eram os negros mantidos em cativeiro muito semelhante ao que fora estabelecido logo após o descobrimento, em 1500. As revoltas vinham se sucedendo em todas as partes do reino; a ânsia de liberdade, a cada momento, brotando e explodindo contra o regime escravocrata em que se baseava a estrutura econômica de então.

Paço Imperial 1888: a princesa regente assina a lei Áurea. Sua finalidade, eliminar a exploração do homem pelo homem independente de cor, credo e raça. Será que foi atingida? Para a maioria, ainda continuava a escravidão. Talvez um século seja pouco para eliminar o obscurantismo em que estivéramos mergulhados.

Vassouras, 1984: a OAB - Seção RJ , na gestão do advogado Nilo Batista, inicia pesquisa cartorial, que redunda num exame minucioso das relações que o aparelho judiciário do Estado mantinha com o poder escravista no século XIX.

João Luiz Duboc Pinaud, coordenador deste Programa de Preservação da Documentação Cartorária, trabalha anos a fio, não só na documentação, como também na pesquisa de campo, pelas fazendas ainda e xistentes, em busca da memória que não pode ser esquecida, para não ser deturpada, e para servir de exemplo, não só às futuras gerações, mas, principalmente, à atual, assistente e intérprete de formas mais sofisticadas, mas nem por isso menos cruéis ou violentas, de exploração dos que fazem mal uso do poder, em detrimento da liberdade do homem viver como melhor lhe aprouver, a partir do principio da igualdade de oportunidades.

Malvados Mortos, mostra a ação corruptora que levou à condenação e à morte o negro Manoel Congo...


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21 de maio de 2011

Carne do Sagrado Edun Ara Paulo Botas Devaneios sobre a espiritualidade dos Orixás.




Carne do Sagrado Edun Ara

Paulo Botas

editora: Vozes

ano: 1996

descrição: otimo estado de conservaçao. africa brasil onde dançam os deuses. exu: ruah pneuma espirito santo. ogum: a forja da solidao. oxossis: sentinela dos misterios. xango e oya: pedras do amroe da justiça. obaluae omolu e xapana: vingança e compaixao.


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JOÃO SEBASTIÃODAS CHAGAS VARELLA COZINHA DE SANTO culinária de Umbanda e Candomblé Iabá Peji Amalás Acaçá Iabassê



JOÃO SEBASTIÃO DAS CHAGAS VARELLA

COZINHA DE SANTO ( culinária de Umbanda e Candomblé)

ESPIRITUALISTA

1972 Pág:113 -

Comentário : EM LIVRO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, capa brochura original.

Capa e ilustração de Enio Lisboa. Livro composto na renomada Gráfica Aurora Ltda.
Prefácio de Wagner Neves Rocha. Ilustrado. Com epílogo.

"Este é um trabalho específico que trata da Alimentação dos Orixá, em ângulo alargado que de mistura com a ciência, aparece impecável na forma.”

Livro ilustrado.

Com dedicatória impressa com preito de gratidão e homenagem à honra. Kauo Kabiencile Obá !

Mucuiú Mo Zambi. Kalofé Olorum !

Efun- Oguedê;Itetê de Oxum;

A cozinha de santo nas Nações de Keto, Gêge, Angola, Nagô, Ioruba, Bantos, etc., inclusive no Omolocô quando puxado para uma das outras Nações, é bem diferente das cozinhas profanas, onde se prepara os alimentos do homem em geral.

Há uma série inteira de preceitos do ritual que se há que obedecer. Os utensílios não são iguais aos da cozinha comum. Por essa razão traçaremos um plano de organização, colocando em seqüência as coisas que precisam ser observadas para que tenhamos ORDEM e gozemos das simpatias e estima constante, de todos os ORIXÁS para os quais preparamos os alimentos, as OBRIGAÇÕES.

Via de regra, a Cozinha de Santo tem os seguintes petrechos, os seguintes utensílios:

MESA OU BANCA onde se colocam os fogareiros à carvão, se na casa não existe ou não tem FOGÃO DE LENHA. Como medida de precaução e até mesmo de maior higiene a mesa modesta, ou banca, deve ser forrada de folha de Flandres (ou folha de alumínio) que evitará seja a madeira queimada pela quentura dos fogareiros e/ou pelas brasas que escapam pela grelha; ela pode ser um pouco comprida para comportar, ao lado, um grande alguidar ou bacia, onde se procede a lavagem dos utensílios, panelas e louça.

Um FOGAREIRO (ou vários) conforme a necessidade, de ferro, para carvão vegetal. São facilmente encontrados em lojas de ferragens, principalmente nos bairros mais modestos.

PANELAS DE BARRO, vidradas ou simples, ou então de ferro. Nós preferimos as de barro, como nos tempos passados.

AS COLHERES são de pau, de variados tipos. RALOS para coco são de folha. URUPEMA (peneira) é de taquara e a encontramos em casas especializadas, o COADOR deve ser de folha.

MÁQUINA de moer carne. Atualmente já não se encontra PEDRA DE RALAR, DE MOER (mó) para triturar grãos e por esse motivo só pode ser resolvido com um moinho ou pilão (que já é difícil de encontrar). A escumadeira também é de folha.

O FOGAREIRO ou o FOGÃO DE LENHA não se abana para os dois lados, como na feitura de alimentos profanos; abana-se da Direita para a Esquerda, a princípio parece difícil, mas em pouco tempo acha-se o jeito.

Constituída ou organizada a Cozinha, vejamos agora a pessoa ou pessoas que nela vão trabalhar.
As IABÁS ou IABASSÊS, as cozinheiras do Santo, trabalham paramentadas, vestidas no Ritual. Colocam ao pescoço a Guia ou Guias do Orixá cujo alimento está sendo preparado ou as guias de seus Orixás.

Antes de começar o trabalho de cozinhar para o santo, a IABÁ, ou filha de fé, ou filha de santo, acende uma vela ao seu ELEDÁ, próximo ou ao lado do local onde vai executar o dito trabalho e ao lado da vela, um copo d’água. Se o trabalho se alongar e a vela terminar, antes que isso aconteça, acende-se outra sobre o toco que está terminando, uma outra e ao terminar o trabalho, retira-se a vela e o copo d’água de perto do fogão ou fogareiro, colocando-a no PEJI ou em lugar alto para terminar, terminada a vela, despacha-se a água em lugar que haja água corrente, no lavatório, no tanque.

Após o serviço, as brasas dos fogareiros são apagadas com areia, nunca com água.
Organizada a cozinha, poderemos a qualquer momento, preparar a iguarias originariamente destinadas aos Orixás tal qual são realizadas na fonte doutrinária da Umbanda e do Candomblé.

Teu Corpo é Ouro Só Ritos de Iniciação Vodu Cadaxa vodum haiti Sèvis Gine haitiano



Teu Corpo é Ouro Só Ritos de Iniciação Vodu

A. B. M. Cadaxa

editora: Nova Fronteira

ano: 1985

descrição: Brochura em bom estado de conservação, sem qualquer tipo de grifos, rabiscos, anotações etc;

Homenagem ao tambor; Fala o iniciado; Djévo; Invocação; Transe; A prova; Descida dos Orixás; Mistério; A saida dos iniciados; A dança dos Orixás; Boulé-Zin; Legba-Atibon; Os deuses-serpente; O universo Vodu; Erzulie-Fréda-Dahomey;

Livro com ilustrações.


O Vodu haitiano, chamado de Sèvis Gine ou "serviço africano" no Haiti, tem também fortes elementos dos povos Ibo, Congo da África Central, e o Yoruba da Nigéria, embora muitos povos diferentes ou "nações" da África têm representação na liturgia do Sèvis Gine, assim como os índios Taíno, os povos originais das ilhas agora conhecidas como Hispaniola. Formas crioulas de Haiti de Vodu existem no Haiti (onde é nativo), na República Dominicana, em partes de Cuba, e nos Estados Unidos, e em outros lugares em que os imigrantes de Haiti dispersaram durante os anos. É similar a outras religiões da diáspora africana, tais como Lukumi ou Regla de Ocha (conhecida também como Santería) em Cuba, Candomblé e Umbanda no Brasil, todas essas religiões que evoluíram entre descendentes de africanos transplantados nas Américas.


Vodu, como conhecemos no Haiti e na diáspora Haitiana hoje, é o resultado das pressões de muitas culturas e etnicidades diferentes dos povos que foram desarraigados da África e importados a Hispaniola durante o comércio africano de escravos. Sob a escravidão, a cultura e a religião africanas foram suprimidas, as linhagens foram fragmentadas, e as pessoas tiveram que ocultar seu conhecimento religioso e a partir desta fragmentação tornou-se unificada culturalmente.

A cerimônia mais importante historicamente do Vodu na história do Haiti era a cerimônia Bwa Kayiman ou Bois Caïman de agosto 1791, que começou a Revolução Haitiana, em que o espírito de Ezili Dantor possuía um clérigo e recebia um porco preto como oferenda, e todos as pessoas presentes comprometeram-se com a luta pela liberdade. Esta cerimônia resultou finalmente na libertação dos povos do Haiti da dominação colonial francesa em 1804, e o estabelecimento da primeira república de povos negros na história do mundo.

Este Vodu Haitiano cresceu nos Estados Unidos de forma significativa a partir do final dos anos 1960 e começo dos anos 1970 com as levas de imigrantes haitianos fugindo do regime opressivo de Duvalier, estabelecendo-se em Miami, Nova Iorque, Chicago, e outras cidades.


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17 de maio de 2011

Claude Lépine Os Dois Reis do Danxome




Claude Lépine

Os Dois Reis do Danxome: Varíola e Monarquia na África Ocidental 1650-1800

Cultura Acadêmica

2000



Livro em bom estado de conservação, brochura original, escasso, não perca...

Livro de referência sobre o assunto, desta autoridade que é Lépine.

Livro com diversas ilustrações, com anexo Os clãs dos Danxome; Migrações antigas Ajá-Yorubás; Migrações Sakpata; O Agassouvi; Deuses antepassados; A sociedade; etc ...

Os dahomeanos distinguem entre os tempos Heho; Gbe; Ajo e o Hwenoho, sempre desde Abomey ...



Podemos chamar a atenção para a relação entre Nanã, Obaluaiyê e as doenças; No segundo, a relação que alguns grupos que formaram o Reino do Danxomé estabeleceram desde cedo entre Nã, chamada de Minona, literalmente, “nossa Mãe Nã”, na língua Fon e os gêmeos. A disputa entre Nanã e Ogun atesta a antiguidade de comunidades do Oeste do Danxome que teriam migrado para as várias regiões antes da chegada do Grupo liderado por Oduduwa, ancestral mítico do povo Iorubá que organizaram-se em torno dos “ancestrais da terra.”

Um estudo mais elaborado sobre alguns desses fatos foi realizado pela antropóloga Claude Lepine e apresentado em forma de Livro intitulado: Os dois reis do Danxome. Neste trabalho a autora registra que em Ilé Ifé, Obaluaiyê teria chegado antes de Oduduwa juntamente com Buku, ancestral responsável pela varíola. De Oyó, Obaluaiyê migrou para o pais Mahi e Buruku seguiu com a mesma representação. Em Ibadan, Sapanan e Buruku chegaram juntos do Danxome ou do Togo e lá foram cultuados juntos, confundido-se o guerreiro e a varíola. Isso valeu também para Abeokuta onde acreditava-se que Buruku teria vindo de Savé e Omolu do Danxomé.


Lépine, divide as denominações da seguinte forma:

Soponna (para os Yorùbá) e Sakpata (no Danxome), que não passam de dois nomes
diferentes da mesma divindade. São chamados, respectivamente: Obaluàiyé e Ainon,
o que significa respectivamente: O rei dos donos da terra e Dono da terra;

Soponna e Sakpata têm por altar um pequeno monte de terra sobre o qual estão
inseridas, de cabeça para baixo, duas ou três panelas de barro cheias de furinhos. Tais
altares são freqüentemente encontrados nas encruzilhadas perto da entrada das aldeias,
e seus templos são erigidos a certa distância dos núcleos urbanos. Costumam ser
cobertos de palha trançada.

Omolu e Olu, que são títulos de uma divindade regional originária do Oeste associada à água, e que acabou, em Ketu, por confundir-se com Soponna

- Obaluàiyé, o que nos leva a supor que tinham algumas funções em comum.
Possivelmente esta antiga divindade era associada ao culto dos primeiros antepassados
que ocuparam a terra.

Buruku é o nome de uma entidade encontrada sobre tudo no Oeste, mas conhecida
também em Ilé-Ifè em Òyó, e até em território nupê, e cujas atribuições não são bem
definidas. No Leste, é uma divindade da varíola que tende a confundir-se com
Soponna; no oeste, em Atakpamé, assume feições de deus supremo. Mas em Dassa
(seu lugar de origem?), também no Oeste, ele é representado por um montículo de
terra como Sakpata: Por outro lado Buruku freqüentemente é associado a Nanã, antiga
divindade da terra. Mas Na, ou Nanã, é um título usado para designar uma senhora
venerável, princesa, rainha ou tia idosa... Nanã Buruku então significaria apenas:
Venerável Mãe Buruku?


IGALA: Entre os Igala da região de Idah, a divindade da varíola chama-se Iye, isto é,
provavelmente Aiye iu seja o mesmo que Obalúaiyè. O povo Igala cultua a Terra e os
Antepassados e não os òrisà.

AKOKO: Para os Akoko (Ogori, Estado de Kwara, Nigéria), a deusa da varíola é Iya
Okeka, a Grande Mãe. A Lepra á atribuída à divindade da Terra, Ije, provavelmente a
mesma Iye, Aiyé.

IGBO: O deus da varíola, entre os Igbo, é Ojuku. Os Igbo cultuam também uma
divindade da terra chamada Ale, Ala ou Ana (seria Ilé, Onilé dos Yorùbá, ou Nanã.

ILÉ-IFÈ: Em Ilé-Ifè existe uma divindade chama Obalúàiyè, associada ä terra e à
agricultura, e também aos mortos e antepassados. Dizem que Obalúàiyè estava
estabelecido na região, em Oke Itase, bem antes da chegada de Odudùwà. Há outra
divindade, Buku, que traz a varíola.

OYÓ: Obálúàiyè teria vivido em Oyó no tempo do fundador da dinastia real,
Oranyián. Dizem que era um guerreiro cruel, que acabou emigrando para o país do
Mahi, onde se fixou. Segundo outra tradição, Obalúàiyè e era rei de Oyó e Oranyán
roubou-lhe o trono. Dizem que veio do país Nupê, onde teria sido um rei muito
poderoso11. Buruku também é conhecido, sendo responsável pela varíola.

IBADAN: Em Ibadan, Buruku e Sòpònna são a mesma divindade. Buruku teria vindo
do oeste, do Danxome ou do Togo. Segundo os informantes de Verger, teria vindo de
Tapá (Nupe), onde era um rei muito poderoso. Até hoje Obálúàiyè é chamado
Elempe, isto é, rei de Nupê. Podemos imaginar que eram duas divindades distintas,
que acabaram por se fundir.

ABEOKÙTÁ: Buruku e Omolu são cultuados nos mesmo templo, o que deve
significar que eles mantêm algum parentesco ou que eles foram instalados pelo
mesmo grupo. Buruku teria vindo de Sàvé e Omolu, do Danxome. Omolu é uma divindade das águas, e nos sacrifícios rituais que lhe são oferecidos não se deve usar
faca de ferro.

SÁBÈ: Dizem em Sàvé que Sakpata (Sòpònna) veio de Òyò. Buku, por sua vez, é
dito ter vindo do oeste. Existe também Olu Odo, divindade das águas, que apresenta
todas as características de Omolu. Teria vindo de Aise ou de Aja Popo.

KÉTÙ: Em Kétù, Sòpònna, Omolu e Obálúaiyè são a mesma divindade. Segundo
alguns, ela veio de Dassa Zoumé; segundo outros, veio de aise ou de Aja Popo,
aldeias situadas a oeste de Kétù.

DASSA ZOUMÉ: SÒPÒNNA é ai o mesmo que Sakpata, e dizem que ele veio de
Tapa. Buku veio de AtakpMÈ, oeste.

ALLADA: Em Allada o deus da varíola dos Houeda seria Houeci ou Houessio,
entidade da família do píton Dabgbe, e associada aos Antepassados.

ABOMEY: Como já sabemos, Sakpata foi trazido por Agaja no século XVIII; dizem
que ele veio de Dassa Zoumè.


O culto a Obaluaê está presente em várias regiões da África, cada qual com suas

especificidades próprias. Não podemos simplesmente restringir o culto a uma única região,

como é o caso de alguns orixás.


Os cultos a Sakpata Shapana (e outras variantes como Obaluaê, Ainon, Iye, Buruku)
representariam originalmente um culto ao “rei da terra”, associado aos ancestrais
fundadores (nascidos ou moradores no fundo da terra) e a ciclos agrícolas, e
remontariam a um antigo sistema religioso pré-Odudua...









Claude Lépine é uma antropóloga brasileira

É professora de Antropologia do departamento de Sociologia e Antropologia da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, campus de Marília. É doutora em Antropologia pela Universidade de São Paulo

Sua tese de Sociologia foi concluída em 1978 e debatia sobre a contribuição ao estudo do sistema de classificação dos tipos psicológicos no candomblé Ketu de Salvador.

Obras:

Os Dois Reis do Danxome: Varíola e Monarquia na África Ocidental 1650-1800
Os Nossos Antepassados eram Deuses, artigo, apresentado anteriormente como palestra, que enfoca a questão sempre delicada da sociedade brasileira em relação ao negro.






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