28 de março de 2012

O Quilombismo. Abdias do Nascimento. educação africa multiculturalismo historia sociologia religião etc








Título: O Quilombismo.

autor: Abdias do Nascimento

editora: Vozes

ano: 1980

descrição: Livro em bom estado, com 281 páginas, brochura original.


A singularidade de O quilombismo está no fato de apresentar uma proposta sócio-política para o Brasil, elaborada desde o ponto de vista da população afrodescendente. Num momento em que não se falava ainda em ações afirmativas ou compensatórias, nem se cogitava de políticas públicas voltadas à população negra, o autor deste livro propunha a coletividade afro-brasileira como ator e autor de um elenco de ações e de uma proposta de organização nacional para o Brasil. Assim, sustentava e concretizava a afirmação de que a questão racial é eminentemente uma questão nacional.

O quilombismo antecipa conceitos atuais como multiculturalismo, cujo conteúdo está previsto nos princípios de "igualitarismo democrático (...) compreendido no tocante a sexo, sociedade, religião, política, justiça, educação, cultura, condição racial, situação econômica, enfim, todas as expressões da vida em sociedade;" "igual tratamento de respeito e garantias de culto" para todas as religiões; ensino da história da África, das culturas, civilizações e artes africanas nas escolas.  O ambientalismo também se faz presente, no princípio que "favorece todas as formas de melhoramento ambiental que possam assegurar uma vida saudável para as crianças, as mulheres, os homens, os animais, as criaturas do mar, as plantas, as selvas, as pedras e todas as manifestações da natureza".

Desde sua remota aparição em Salvador, há quase dois séculos, os terreiros de candomblé foram sempre fustigados por severas restrições policiais. E, pelo menos nos últimos vinte anos, o cerco movido pela polícia foi sensivelmente fortalecido por um poderoso aliado - a expansão imobiliária, que se estendeu às áreas distantes do centro da cidade onde ressoavam os atabaques.

Mais ainda, em nenhum momento a Prefeitura esboçou barricadas legais para proteger esses redutos da cultura afro-brasileira - embora a capital baiana arrecadasse gordas divisas com a exploração do turismo fomentado pela magia dos orixás (...)

E nunca se soube da aplicação de sanções para os inescrupulosos proprietários de terrenos vizinhos às casas de culto, que se apossam impunemente de áreas dos terreiros. Foi assim que, em poucos anos, a Sociedade Beneficente São Jorge do Engenho Velho, ou terreiro da Casa Branca, acabou perdendo metade de sua antiga área de 7.500 metros quadrados.

Mas infeliz ainda, a Sociedade São Bartolomeu do Engenho Velho da Federação, ou candomblé de Bogum, assiste impotente à veloz redução do terreno sagrado onde se ergue a mítica "árvore de Azaudonor" trazida da África há 150 anos e periodicamente agredida por um vizinho que insiste em podar seus galhos mais frondosos.

“Os afro-brasileiros sofreram nova decepção em seus sonhos quando constataram que até mesmo no crescente contexto industrial do País, especialmente em São Paulo, sua força de trabalho era rejeitada. Isto que chamam de acelerado progresso e expansão econômica brasileira não modifica sua condição, à margem do fluxo e refluxo da mão-de-obra. E para que assim permanecesse o negro um marginal, o governo e as classes dominantes estimularam e subsidiaram a imigração branco-européia que, além de preencher as necessidades de mão-de-obra, atendia simultaneamente à política explicita de embranquecer a população.”


“Em 22 de novembro de 1910 a Marinha de Guerra, sob o comando do marinheiro negro João Cândido, rebelou-se contra o governo do país . O objetivo imediato da revolta: a extinção do castigo, uma punição corporal remanescente do regime escravo”


“Durante a campanha abolicionista, dois negros se destacaram na defesa dos escravos: José do Patrocínio, filho de sacerdote católico com mulher negra. Nasceu em Campos, Estado do Rio de Janeiro ... transferiu-se para a antiga capital do pais, a cidade do Rio de Janeiro.... arena onde desenvolveu extraordinário trabalho jornalístico. O outro chamava-se Luis Gama, filho de africana livre e aristocrata português. Nasceu na Bahia e as oito anos foi vendido como escravo pelo próprio pai... para pagar divida de jogo.O menino Luis Gama embarcou com seu proprietário para São Paulo... conseguiu aprender a ler e escrever, estudou, libertou–se da escravidão e tornou-se brilhante advogado...Tudo que ganhava em sua banca de advogado, Luis Gama destinava à compra da liberdade dos seus irmãos de raça escravizados. Escreveu violenta poesia satirizando os negros e mulatos que tentam esconder ou negar sua origem africana, querendo passar por brancos... Cantou a beleza negra em termos altos e absolutos, muito antes que os poetas da chamada negritude o fizessem, ao evocar ternamente a imagem de sua mãe, Luísa Mahím, a quem jamais conseguiu tornar a ver.”


Neto de africanos escravizados, filho de pai sapateiro e mãe doceira, Abdias Nascimento nasceu em 1914 na cidade de Franca (SP) e, desde criança, aprendeu com sua mãe que nunca deveria deixar sem resposta uma ofensa racial. No início da década de 1930, participou da Frente Negra Brasileira (primeira tentativa unificada de organização do Movimento Negro no Brasil) e, mais tarde, foi para o Rio de Janeiro, onde a cultura negra pulsava com mais força, passando a freqüentar terreiros de candomblé, como o de Joãozinho da Goméia, em Duque de Caxias, penetrando mais fundo na alma negra e se aproximando de suas tradições culturais. No Rio, centro do pensamento político e cultural do país, Abdias passou a conviver com importantes intelectuais negros, como Solano Trindade, fundador da Frente Negra de Pernambuco e militante político marxista, a quem considerava o maior poeta negro do Brasil contemporâneo. Outro companheiro de muitas jornadas foi Abigail Moura, maestro da Orquestra Afro-Brasileira, pioneiro na criação de música erudita com base na cultura negra.

Pintor que explora e interpreta vários universos simbólicos a partir da matriz primordial do Egito antigo, percorrendo o candomblé, o vodu do Haiti e os ideogramas adinkra da África ocidental


Livro pioneiro em vários sentidos, documenta a participação, pela primeira vez ocorrida, de um negro brasileiro aos foros internacionais pan-africanos. O texto se compõe dos discursos e ensaios - análises sócio-econômicas, políticas e culturais da experiência afro-brasileira - apresentados por Abdias Nascimento àquelas reuniões: o IV Congresso Pan-Africano (Dar-es-Salaam, 1974), o Encontro Sobre Alternativas do Mundo Africano (Dacar, 1976), Faculty Seminars na Universidade de Ifé (Ile-Ife,. 1976-1977), e I Congresso da Cultura Negra nas Américas (Cali, 1977).

"Os afro-brasileiros sofreram nova decepção em seus sonhos quando constataram que até mesmo no crescente contexto industrial do País, especialmente em São Paulo, sua força de trabalho era rejeitada. Isto que chamam de acelerado progresso e expansão econômica brasileira não modifica sua condição, à margem do fluxo e refluxo da mão-de-obra. E para que assim permanecesse o negro um marginal, o governo e as classes dominantes estimularam e subsidiaram a imigração branco-européia que, além de preencher as necessidades de mão-de-obra, atendia simultaneamente à política explicita de embranquecer a população."



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Outros livros de interesse sobre o assunto Quilombismo, caso haja interesse sobre algum contacte-nos sobre a disponibilidade:

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1. Fonseca, Eduardo Junior. Zumbi dos Palmares: a história que não foi contada. Yorubana do Brasil, Rio de Janeiro: 2000.
2. Agualusa, José Eduardo. O ano em que Zumbi tomou o Rio. Gryphus, Rio de Janeiro: 2001.
3. Barbosa, José Carlos. Zumbi dos Palmares: o rei negro do Brasil. Imprensa, Ribeirão Preto: 2003.
4. Lima, Ray. Programa Zumbi Aracati-Ceará: uma ruptura no sistema educacional. Brasil Tropical, Fortaleza: 2004.
5. Santos, Joel Rufino dos. Zumbi. Global, São Paulo: 2006.
6. Maxado, Franklin. Rei Zumbi: o herói do Quilombo de Palmares. Edição F. Maxado, São Paulo: 1981.
7. Borges, J. História de Zumbi e os Quilombos de Palmares. Folheteria Borges, Bezerros(PE): 1985.
8. Silva, Severino da. Zumbi dos Palmares. Edições Paulinas, São Paulo: 1990.
9. Carlos, A. Zumbi: a resistência de um jovem brasileiro. Folheteria Maciel, Belo Horizonte: 1992.
10. Braz, Júlio Emílio. Zumbi: o despertar da liberdade. Memórias Futuras, Rio de Janeiro: 1995.
11. Cardoso, Marcos Antonio. Zumbi dos Palmares. Mazza, Belo Horizonte: 1995.
12. Muniz, Ubirajara. A agonia de uma raça: Zumbi, o Rei. Aquarela, Rio de Janeiro: 1991.
13. Ricon, Luiz Eduardo. Minigurps: o quilombo de Palmares. Devin, São Paulo: 1999.
14. Lúcio, Antonio Bezerra. Zumabunu: em terra arrasada ao longo do reino da liberdade. Brasília, SN: 1999.
15. Peret, Benjamin. O quilombo de Palmares. Editora da UFRGS, Porto Alegre: 2002.
16. Police, Gerard. Quilombo dos Palmares: lectures sur um marronnage braselien. Íbis Rouge Editions, 2003: Guadeloupe Guyane.
17. Funari, Pedro Paulo Abreu. Palmares, ontem e hoje. Zahar, Rio de Janeiro: 2005.
18. Gomes, Flávio dos Santos. Palmares; escravidão e liberdade no Atlântico Sul. Contexto, São Paulo: 2005.
19_____________________A hidra e os pântanos: mocambos, quilombos e comunidades de fugitivos no Brasil nos séculos XVII-XIX. Unesp, São Paulo: 2005.
20. Leal, Isa Silveira. O menino de Palmares. Brasiliense, São Paulo: 1982.
21. Freitas, Décio de. Palmares: a guerra dos escravos. Graal, Rio de Janeiro: 1981.
22. Borges, J. História de Zumbi e os quilombos de Palmares. Folheteria Borges, Recife(PE): 1985.
23. Palmares de liberdade e engenhos de escravidão (desenhos de Domingos Sávio Menezes Carneiro). Editora Paulinas, São Paulo: 1985.
24. Gomes, Antonio Carlos. Palmares em quadrinhos. R. Kempf, São Paulo: 1984.
25. Moura, Clovis. Quilombos: resistência ao escravismo. Ática, São Paulo: 1987.
26. Berto, Luiz. Nunca houve guerrilha em Palmares. Mercado Aberto, Porto Alegre: 1987.
27. Penha, Evaristo. Cazumba de Palmares(poema épico). PCS Artes Gráficas, Campos(RJ): 1988.
28. Filho, Ivan Alves. Memorial de Palmares. Xenon, Rio de Janeiro: 1988.
29. Barbosa, Osmar. Palmares: o livro que Castro Alves não publicou. The Saurus, Brasília: 1988.
30. Correya, Juarez (Organizador). Poetas dos Palmares. Fundação Casa de Cultura Hermilo Borba Filho, Palmares (Pe): 1987.
31. Dagostin, Martins. Quilombo de Palmares. Fênix, São Paulo: 1995.
32. Koury, Jussara Roche. Liberdade: o sonho de Palmares. Bagaço, Recife (PE): 1995. 33. Landmann, Jorge. Tróia negra: a saga de Palmares. Mandarim, São Paulo: 1998.
34. A vida de Zumbi dos Palmares. Fundação de Assistência ao Estudante, Brasília: 1995.
35. Bourbolkan, George Latif. A incrível e fascinante história do capitão Mouro. Casa Amarela, São Paulo: 2000.
36. Silva, Eduardo. As camélias do Leblon e a abolição da escravatura: uma investigação de história cultural. Companhia das Letras, São Paulo: 2003.

Chegança de Marujos: Registros Sonoros de Folclore Musical Brasileiro Oneyda Alvarenga

Chegança de Marujos: Registros Sonoros de Folclore Musical Brasileiro

Oneyda Alvarenga

PMSP

1955

Antropologia, Música no Brasil, Costumes e Tradições; Brochura, 317 pgs; Capa brochura orignal, em bom estado, escasso não perca, saiba mais ....


“Chegança de Marujos”, nome adotado por Andrade para designar as danças dramáticas populares.

Conhecidas como fandangos, barca, marujadas, ou genericamente como brinquedos, estas manifestações foram brilhantemente estudadas por Mário de Andrade.


Huet Michel - Laude Jean - Paudrat Jean-louis. The Dance, Art, and Ritual of Africa. mascaras geledes arte ritual etc



Autor: Huet Michel - Laude Jean - Paudrat Jean-louis

Título: The Dance, Art, and Ritual of Africa

Editora: Pantheon Books

Ano: 1978




Comentários: Livro em formato grande, 240 pg, capa dura, bom estado, com sobre capa original, formato grande, profusamente ilustrado, com mais de duas centenas de fotografias, muitas em cores, imagens de ritos, costumes e rituais africanos, alguns pouco conhecidos ...


Além das centenas de fotografias, o livro tem um texto minucioso, preparado por dois dos principais especialistas franceses neste campo.

Jean Laude, autor de numerosos livros e artigos sobre arte Africana.

Uma série mais específica de notas explicativas sobre o significado exato das danças, seus costumes, e sua relação com cada cultura foi preparado por Jean-Louis Paudrat, que leciona na Universidade de Paris, especializado em antropologia da arte.


Uma viagem ao mundo africano onde se mostram suas danças, costumes e ritos, totalmente de fotografias coloridas e preto e branco.

Retrata entre outras, as culturas e ritos e danças, panos, cabelos, vestuário litúrgico/sacerdotal, instrumentos dos ritos, amuletos, máscaras, pintura corporal, tatuagens/marcas tribais, fetiches, e demais peças, um verdadeiro documentário fotográfico sobre a cultura crença e concepção de mundo africana.

Há imagens que falam por si, dezenas de comentários não bastaria para descrevê-las....

Este colorido livro traz uma combinação de estudos que giram em torno da arte, da dança e da ritualística africana, adequado para os pesquisadores da mitologia africana, do sistema liturgico-sacrificial, bem como das religiões comparadas da Africa.






Prefacio e fotografias de Michael Huet.
Introdução de Jean Laude.









Centenas de livros foram publicados sobre a arte Africana, mas até esse volume incomum, nunca ninguém capturou arte Africana viva, como ela é vivida e celebrada na vida cotidiana...

Durante trinta anos Michel Huet viajou pela Africa, fotografando as máscaras e fantasias extraordinárias que são parte central da tradição Africana, nos rituais próprios, danças e cerimônias para as quais foram inventados.

O núcleo deste livro é a conjunção entre a arte, a dança e o ritual.  


Há centenas de fotografias de danças e cerimônias, muitos dos quais nunca foram fotografados antes: danças fúnebres, cerimônias ligadas à colheita e plantio, ritos de iniciação, e as expressões cotidianas de prazer e alegria que são tão importantes para todas as culturas africanas .

Huet nos mostra as formas tradicionais que sobreviveram ao longo dos séculos.


Muitas das fotografias do livro não poderia mais ser tomadas, e em poucos anos, este belo livro será visto principalmente como um registro histórico.

  Importante documento antropológico e artístico.







Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.

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PHILOLIBRORUM-BIBLIOAFRO


cultura griot.

Benin Está Vivo Ainda Lá: Ancestralidade e Contemporaneidade. Imprensa Oficial, São Paulo, 2007. André Jolly e Emanoel Araujo, Curadores - Charles Placide; um barrista, Euloge Glèlè, um escultor de máscaras tradicionais Gèlèdes, Kifouli Dossou; um criador de roupas rituais dos Eguns e dos Gèlèdès, Pascal Adjinakou; o pintor de placas de propaganda, estabelecido em Cotonou, Lambustagor , e ainda o famoso Alphonse Yemadje, patriarca de uma família de criadores de apliques da história dos Reis Abomè, e a oficina de costura e bordado de Abdoul-Ramane. A famosa festa dos voduns. O mercados do Benin. Festa dos Somba. Toda a beleza e encanto pessoal e ritual dos Fon, Mina e Yorubá pela lente de Charles Placide. Mascáras Geledés. Pinturas culticas dos Fon. Cerimoniais Voduns. Vestimenta ritualistica. Emblemas dos reis do Abomey.

















Benin Está Vivo Ainda Lá: Ancestralidade e Contemporaneidade.  

Imprensa Oficial, São Paulo, 2007.

André Jolly e Emanoel Araujo, Curadores


livro em brochura original, bom estado de conservação, belamente ilustrado, papel couché de primeira qualidade, formato grande, com 287 páginas, impressão impecável, textos em bilingue em portguê e francês, soberba obra para o acervo bibliotemático sobre a Africa, escasso, não perca, saiba mais...



Interessantes aspectos simbolizados pelo fotógrafo Charles Placide; um barrista, Euloge Glèlè, um escultor de máscaras tradicionais Gèlèdes, Kifouli Dossou; um criador de roupas rituais dos Eguns e dos Gèlèdès, Pascal Adjinakou; o pintor de placas de propaganda, estabelecido em Cotonou, Lambustagor , e ainda o famoso Alphonse Yemadje, patriarca de uma família de criadores de apliques da história dos Reis Abomè, e a oficina de costura e bordado de Abdoul-Ramane. A famosa festa dos voduns. O mercados do Benin. Festa dos Somba. Toda a beleza e encanto pessoal e ritual dos Fon, Mina e Yorubá pela lente de Charles Placide.
Mascáras Geledés. Pinturas culticas dos Fon. Cerimoniais Voduns. Vestimenta ritualistica. Emblemas dos reis do Abomey.


Dez dias no Benin.; Deuses da Africa.; Estúpidos e inúteis. ; ; Emanoel Araújo; Charles Placide. Discrso de adeus do Rei Béhanzin. Arte Ritual. ; Pierre verger; Cecilia Schalach.; Aston; André jolly.; Roger Bastide; Artistas do Benim, artistas do mundo.; Uma Viagem Sentimental às Antigas Terras de Daomé. Isidore Benjamis Amédée Monsi; Benin brasil.; Thomas Boni Yayi.;

Ó Benin, por tantas vezes sonhado, por tantas vezes imaginado vivendo preciosos momentos saudosos pelos Eguns de Porto Novo que vieram dançar só para nós! Quanta honra! Nesse encontro com essas divindades ancestrais conduzidas pelos velhos ogés do culto religioso, que dançavam ao som de muitos atabaques e tambores rufando, repetindo as falas de boas-vindas aos grupos. 
 
Esperamos ter feito um quase completo panorama da arte, do sagrado e do cotidiano do Benin.

Estamos certos de termos fortalecidos os seus profundos laços de fraternidade com as antigas terras de Daomé, para além da história, da memória e da ancestralidade de uma viagem de descobertas para reafirmar que o Benin está vivo ainda lá e aqui ainda permanecem as suas ancestrais raízes.”


Trata-se de uma clara mostra da formidável potencialidade de um dos povos mais criativos da África – e que é, também, um dos berços fundamentais de todos nós, brasileiros. Uma das mais vigorosas raízes da nossa origem, da nossa identidade.

De Benin vieram, escravizados, os homens e mulheres que deram vida e impulso para a economia do Brasil em seus tempos de colônia portuguesa desde o século XVI.

Foram eles os responsáveis por boa parte da riqueza produzida no Brasil, nos tempos do açúcar e do ouro.  O Benin, terra da arte e da criatividade, raiz de todos nós, foi mostrado ao Brasil pela primeira vez por um antropólogo e fotógrafo estrangeiro de nascimento, brasileiro e africano de alma: Pierre Verger.

E foi e é também a terra para onde regressaram muitos brasileiros depois da abolição da escravatura, os Agudas, que até hoje mantêm, lá, hábitos e costumes que seus antepassados levaram daqui nesse retorno.

O Benin é hoje um pequeno país africano, mas foi um dia o reino de Daomé (ou também Costa dos Escravos). É impressionante como não conhecemos praticamente nada deste país, dada a sua importância para a nossa cultura: a maioria dos escravos que veio para o Brasil partiu de lá; comidas como o Acarajé, o Inhame e o Azeite-de-Dendê são do Benin; o Candomblé e o Vodu, religiões do país....

África Negra: História e Civilizações. 2 volumes. Elikia M’Bokolo. Ufba - 2009


África Negra: História e Civilizações. 2 volumes.


Elikia M’Bokolo.

Ufba - 2009

 livro em brochura, bom estado, escasso,coda58-x32,não perca, saiba mais...

O Tomo I cobre um dos períodos menos conhecido da história africana.

Trata-se de um livro reflexivo e crítico que traça uma ampla escala de análise sobre origens e antiguidade das civilizações africanas. Longe de estar recheado apenas com as continuidades, este tempo do passado africano foi repleto de intervenções contínuas, sob a forma de uma incessante bricolagem, adaptações e rupturas radicais.

O Tomo II, por sua vez, traz questões mais contemporâneas da África Negra, fazendo uma reflexão histórica e uma abordagem particular, mas global, sem excluir o passado da região e suas revoluções mais recentes, através de documentos, bibliografia complementar, dados estatísticos, mapas e outros recursos. Localiza fatos econômicos, políticos e culturais, abordando problemas do mundo atual.

M’Bokolo é um renomado historiador e escritor de origem congolesa.

África Negra: História e Civilizações Tomo I Ano: 2009,páginas: 626. - Tomo II, páginas: 754.


Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.

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Biblioafro Livros sobre a temática negro-africana.

Biblioafro Livros sobre a temática negro-africana. Hertz, Race and Civilization (translated by Levetus and Entz), New York, 1928. Huxley and Hadden, We Europeans, New York, 1936. Bunche, A World View of Race, Washington, 1936. Von Eickstedt, Rassenkunde und Rassengeschichte der Menschheit, Stuttgart, 1937-39. El Bekri, Description de l'Afrique, Paris, 1913 (de Slane translation, new edition). Edrisi, Description de l'Afrique et de l'Espagne, Leyden, 1866 (Rozy and de Goeje translation). Kati, Tarikh el-fettach, Paris, 1913 (Houdas et Delafosse translation). Es'Sadi, Tarik es Sudan (translation by Houdas), Paris, 1900. Ibn Batuta, Voyage dans le Soudan (de Slane translation), Paris, 1843. Seligman, Les Races de l'Afrique, Paris, 1935. Seligman, Races of Africa, London, 1930. Hooton, Apes, Men and Morons, New York, 1937. Hooton, Up from the Ape, New York, 1931. Van Oberbergh, Les Negres d'Afrique, Brussels, 1913. Frazer, Native Races of Africa and Madagascar, London, 1938. Linton, The Study of Man, New York, 1936. Barzun, Race, New York, 1937. Haddon, A. C., The Races of Man and Their Distribution, London, 1924. Fitzgerald, W., Africa: A Social, Economic and Political Geography of Its Major Regions, London, 1934. Chapter 2 THE VALLEY OF THE NILE Budge, The Egyptian Sudan, London, 1907. Budge, A History of Ethiopia, Nubia and Abyssinia, London, 1928. -- 386 -- Hansberry, "Sources for the Study of Ethiopian History," Howard University Studies in History, November, 1930. Chamberlain, "The Contribution of the Negro to Human Civilization," Journal of Race Development, April, 1911. Thompson and Randall-MacIver, Ancient Races in Thebaid, London, 1905. Garstang, Sayce and Griffin, Meroe, Oxford, 1911. Bent, The Sacred City of the Ethiopians, London, 1893. Chapter 3 THE NIGER AND THE DESERT Frobenius, Voice of Africa (translated by Blind), London, 1913. Mai Idris of Bornu, Lagos, 1926. Cooley, The Negro Land of the Arabs, London, 1841. Delafosse, Les Noirs de l'Afrique, Paris, 1921. Delafosse, Civilizations Negro-Africaines, Paris, 1925. Delafosse, Negroes of Africa (translated by Fligemen), Washington, 1931. Du Bois, Timbuctoo the Mysterious, London, 1896. Lugard, A Tropical Dependency, London, 1911. Chapter 4 CONGO AND GUINEA Torday, On the Trail of the Bushongo, London, 1925. Johnston, Liberia, New York, 1906. Hayford, Native Gold Coast Institutions, London, 1903. Morel, Red Rubber, London, 1906. Harris, Dawn in Africa. Ellis, Tshi Speaking Peoples, London, 1887. Ellis, Ewe Speaking Peoples, London, 1887. Ellis, Yoruba Speaking Peoples, London, 1887. Blyden, Christianity, Islam and the Negro Race, London, 1887. Stanley, Congo and the Founding of the Free State, London, 1885. Herskovits: Dahomey, New York, 1938. Mae and Boone, Les Peuplades du Congo Belge, Brussels, 1935. Perham, M., Native Administration in Nigeria, London, 1937. Rattray, R. S., Religion and Art in Ashanti, London, 1927. Penha-Garcia, Comte de (Editor): Les colonies portugaises, 1931. Meek, C. K., Law and Authority in a Nigerian Tribe, London, 1937. Meek, C. K., The Northern Tribes of Nigeria, London, 1925. Talbot, P. A., The Peoples of Southern Nigeria, London, 1926. -- 387 -- Chapter 5 FROM THE GREAT LAKES TO THE CAPE Schweinfurth, Heart of Africa (translated by Frewer), London, 1873. Hunter, Reaction to Conquest, London, 1936. Huxley, Africa View, London, 1931. Christian Students and Modern South Africa, Fort Hare, 1930. Barnes, Caliban in Africa, Philadelphia, 1931. Leys, Kenya, London, 1924. Leys, Last Chance in Kenya, London, 1931. Junod, H. A., The Life of a South African Tribe, London, 1927. Schapera, I., The Bantu-speaking Tribes of South Africa, London, 1937. Schapera, I., The Khoisan Peoples of South Africa: Bushmen and Hottentots, London, 1930. Cobb, The Thermopylae of Africa, Nairobi, 1923. Bryce, Impressions of South Africa, 1897. Stow, Native Races of South Africa, London, 1910. Theal, History and Ethnography of Africa South of the Zambesi, London, 1910. Walker, History of South Africa, London, 1928. Johnston, Uganda Protectorate, London, 1904. Chapter 6 THE CULTURE OF AFRICA Westerman, The African To-day, London, 1934. Schneider, Die Kulturfaehigkeit des Negers, Frankfurt, 1885. African Negro Art, edited by J. J. Sweeney, New York, 1935. Johnston, Comparative Study of the Bantu and Semi-Bantu Languages, Oxford, 1922. Ellis, Negro Culture in West Africa, New York, 1914. Cendrars, The African Saga, New York, 1927. Schweinfurth, Artes Africanae, Leipzig, 1875. Werner, The Language Families of Africa, London, 1925. Werner, Structure and Relationship of African Languages, London, 1930. Guillaume and Monroe, Primitive Negro Sculpture, New York, 1925. Hayford, Gold Coast Institutions, London, 1903. Randall and MacIver, Mediaeval Rhodesia, New York, 1906. La Croisière Noire, Paris, 1927. Africa, The Journal of the International Institute of Languages and Cultures, Volumes I-XI, Oxford University Press. Frobenius, Atlantis, Munich, 1921-1928. Junod, The Life of a South Africa Tribe, London, 1927. Ward, Voice from the Congo, New York, 1910. -- 388 -- Spratlin, Juan Latino, New York, 1938. Thurnwald, Economics in Primitive Communities, London, 1932. Smuts, General J. C., Africa and Some World Problems, London, 1930. Mair, L. P., An African People in the Twentieth Century, London, 1933. Chapter 7 THE TRADE IN MEN Du Bois, Suppression of the African Slave Trade, Cambridge, 1896. Wyndham, The Atlantic and Slavery, London, 1935. Clarkson, History of the Abolition of the African Slave Trade, London, 1808. Williams, Whence the "Black Irish" of Jamaica? New York, 1932. Drake, Revelations of a Slave Smuggler, New York, 1860. Foote, Africa and the American Flag, New York, 1854. Williams, "Africa and the Rise of Capitalism," Howard University Studies in History, Volume I, No. 1. Chapter 8 WESTERN SLAVE MARTS Edwards, History of the West Indies, London, 1793-1819. Johnston, The Negro in the New World, New York, 1910. Steward, Haitian Revolution, New York, 1914. Bryce, South America, New York, 1912. Vinogradov, The Black Consul (translated by Burns), New York, 1935. Bolivar, Memoirs of Simon Bolivar, Boston, 1829. Martineau, The Hour and the Man, New York, 1873. Morand, Black Magic, New York, 1929. Seabrook, The Magic Island, New York, 1929. Beard, The Life of Toussaint L'Ouverture, London, 1853. Welles, Naboth's Vineyard, New York, 1928. Wiener, Africa and the Discovery of America, Philadelphia, 1920. Leger, Haiti, New York, 1907. Waxman, Black Napoleon, New York, 1931. Chapter 9 EMANCIPATION AND ENFRANCHISEMENT Balch, Occupied Haiti, 1927. United States Senate: "Inquiry into Occupation and Administration of Haiti and Santo Domingo," Washington, 1922. Bellegarde, Pour Une Haiti Heureuse, Port au Prince, 1927, 1929. Mathieson, Sugar Colonies and Governor Eyre, London, 1936. -- 389 -- Olivier, Myth of Governor Eyre, London, 1933. Beals, Crime of Cuba, London, 1934. Beals, America South, Philadelphia, 1937. Williams, The People and Politics of Latin America, Boston, 1930. Logan, Diplomatic Relations Between the United States and Haiti (unpublished Thesis for Harvard Ph. D.) 1936. Chapter 10 THE BLACK UNITED STATES Herskovits, The American Negro, New York, 1928. Du Bois, Black Reconstruction in America, New York, 1935. Williams, History of the Negro Race in America, New York, 1882. Washington, Up from Slavery, New York, 1901. Giddings, Exiles of Florida, New York, 1858. Life of Frederick Douglass, New York, 1842. Johnson, Negro College Graduate, Chapel Hill, 1938. Johnson, The Negro in American Civilization, New York, 1930. Wesley, Negro Labor in the United States, 1927. Spero and Harris, The Black Worker, New York, 1931. 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Shephard, Economics of Peasant Agriculture and the Gold Coast, 1936. Olivier, White Capital and Coloured Labour, 2nd Ed., London, 1929. Padmore, How Britain Rules Africa, London, 1936. Maran, Batouala, Paris, 1921. Davis, Modern History and the African, London, 1933. "The Recruiting of Labour in Colonies," etc., International Labour Conference, Geneva, 1935. Knowles, Economic Development of the British Overseas Empire, Volume II, Union of South Africa, London, 1936. Report of the Financial and Economic Commission of Northern Rhodesia, London, 1938. Frankel, S. H., Capital Investment in Africa, London, 1938. Report of the Native Economic Commission, Union of South Africa, 1932. Chapter 14 THE POLITICAL CONTROL OF AFRICA Johnson, Toward Nationhood in West Africa, London, 1928. Davis, Modern History and the African, London, 1933. Buell, The Native Problem in Africa, Volumes I and II, MacMillan, 1928. Hailey, An African Survey, London, 1938. 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Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos. Caso haja interesse em alguns dos nossos livros, ou em outro que não se encontre cadastrados ainda, pergunte-nos: ---- philolibrorum@yahoo.com.br ---- que conversaremos sobre como conseguir. PHILOLIBRORUM-BIBLIOAFRO cultura griot.

26 de março de 2012

A Influencia Religião Afrobrasileira na Obra Escultorica de Mestre Didi Jaime Sodre Edufba - 2006.


A Influencia Religião Afrobrasileira na Obra Escultorica de Mestre Didi

Jaime Sodre

Edufba -  2006.

Livro em muito bom estado de conservação,coda58-x8,capa brochura, não perca, saiba mais...

Este trabalho analisa a influencia dos elementos simbolicos, ritualistas e esteticos contidos na pratica da religião afro-brasileira - O candomble - na obra escultorica de Deoscoredes Maximiliano dos Santos, Mestre Didi, Asipa, Alapini; Livro em ótimo estado de conservação.

O livro faz uma rica análise do papel imprescindível que a religiosidade afro-brasileira desempenhou na produção artística desenvolvida pelo Mestre Didi.

As esculturas são confeccionadas com contas, búzios, couro e hastes palmeira, inspiradas em mitos, lendas e objetos de culto aos orixás.

Suas obras fazem parte do acervo do Museu Picasso, em Paris, do MAM de Salvador e do Rio de Janeiro, Museu Afro-Brasileiro em São Paulo, entre vários outros museus estrangeiros. Mestre Didi é artista plástico e sacerdote do culto de matriz africana na Bahia.

Antropologia, etnografia, cultura, religião, costumes, tradição ritualística, etc..


Levando em conta os aspectos históricos da formação da sociedade brasileira, somos remetidos à presença dos negros no Brasil na condição de escravos, de indivíduos oriundos da África, que trouxeram, vinculado a seus infortúnios, um acervo cultural que, transformado em resistência e submetido às adaptações necessárias, sobreviveu até os nossos dias, constituindo-se em elemento de identidade negra, reivindicando, principalmente, por segmentos elaboradores de uma postura definida como “negritude”, que valoriza sobremodo a vertente africana.

Se outrora as condições de ascensão social exigiam uma negação ou o mascaramento do que seria “negro-africano”, hoje, é, a afirmação desse legado, um elemento importante para o existir, enquanto agente social no exercício de uma cidadania plena, dos descendentes das levas de escravos que lograram chegar ao Brasil Colônia...

Temos disponibilidade de outros volumes da coleção Escritos sobre a religião dos Orixás.


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21 de março de 2012

OLÓÒRÌSÀ ESCRITOS SOBRE A RELIGIÃO DOS ORIXÁS Verger, Lépine, Bastide, Nagô, Yorubá, Jejê.








OLÓÒRÌSÀ ESCRITOS SOBRE A RELIGIÃO DOS ORIXÁS Verger, Lépine, Bastide, Nagô, Yorubá, Jejê.

Título: OLÓÒRÌSÀ : ESCRITOS SOBRE A RELIGIÃO DOS ORIXÁS 1.

Autor: COORDENADOR E TRADUTOR CARLOS EUGÊNIO MARCONDES
DE MOURA; AUTORES ROGER BASTIDE, Verger, Lépine, et al.

Editora: Ágora

Ano: 1981

Páginas: 188 + x.



Comentário: O LIVRO ESTÁ BEM CONSERVADO, BROCHURA ORIGINAL, CONTÉM MUITAS ILUSTRAÇÕES.

ESTE MARAVILHOSO LIVRO INDISPENSÁVEL A TODOS AQUELES QUE PROCURAM CONHECER CIENTIFICAMENTE, DENTRO DO QUE SEJA POSSÍVEL, A RELIGIÃO DOS NAGÔS, E DOS AFRICANOS POR EXTENSÃO, FONTE PRIMEIRA DAS RELIGIÕES DOS ESCRAVOS TRAGOS PARA O BRASIL.

ESTE VOLUME LANÇADO EM 1981, ESGOTADO EM POUCO TEMPO DÁ INICIO A HOJE CONSAGRADA SÉRIE ?ESCRITOS SOBRE A RELIGIÃO DOS ORIXÁS? COORDENADA PELO PROF. CARLOS EUGENIO DE MOURA.

Um dos objetivos da série de escritos sobre a religião dos orixás, voduns e inquices é colocar novamente em circulação ensaios e artigos publicados nas décadas de 1940 a 1960 pelos pioneiros dos estudos sobre as religiões afro-brasileiras (Édison Carneiro, Bastide, Herskovits, Verger e Costa Eduardo), com ênfase no candomblé. Tal produção, divulgada em publicações especializadas, tornou-se de difícil acesso. Outro propósito é divulgar ensaios inéditos de autores contemporâneos, a nova geração de antropólogos, sociólogos e psicólogos que vêm aprofundando, revisando e abrindo novos caminhos para o entendimento da religiosidade afro-brasileira. A produção dos africanistas ilumina certos aspectos da religião, tal como é praticada atualmente no Benin e Nigéria, ao revelar a manutenção de valores tradicionais, descrever e analisar procedimentos rituais, apontar tendências de adaptação ou renovação de conhecimentos e, sobretudo, possibilitar a realização de estudos comparativos em relação ao Brasil.

Artigos de Roger Bastide: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA ADVINHAÇÃO EM SALVADOR (BAHIA);

Pierre Verger: BORI, PRIMEIRA CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO AO CULTO DOS ORIXAS NAGOS NA BAHIA;

Claude Lepine: OS ESTEREÓTIPOS DA PERSONALIDADE NO CANDOMBLÉ NAGÔ;

Juana Elbein dos Santos e Deoscoredes M. dos Santos: O CULTO DOS ANCESTRAIS NA BAHIA/ OCULTO DOS EGUNS;

Vivaldo da Costa Lima: OS OBÁS DE XANGÔ;

Giselle Cossard-Binon: A FILHA-DE-SANTO;

Liana M.Salvia Trindade: EXU/PODER E MAGIA.

Prefácio do Prof. Dr. Rui Coelho.

"Os trabalhos que estão reunidos nesta coletânea ilustram a posição moderna em etnologia, que consiste em captar o sentido de uma cultura pela tentativa de penetrar no seu interior. Ritos, cerimônias, conjuntos de crenças, sistemas simbólicos das religiões afro-brasileiras não são mais reportados a esquemas conceptuais que lhes dão o sentido.

Inversamente, são lidos como textos que produzem sentido. Acredito que tal mudança se deve sobretudo às pesquisas de Roger Bastide e Pierre Verger, sem prejuízo de outras influências. (...) O candomblé, a macumba, e sobretudo a umbanda não se acham mais confinados a âmbitos regionais estritos, nem a classes sociais determinadas. Espalham-se por todo o território nacional e pervagam a estrutura social da base ao ápice. Não mais se isolam como herança africana exótica, mas se impõem como parte integrante da cultura brasileira, que talvez tenham sido sempre." (Ruy Coelho)

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10 de março de 2012

Portugal atlantico: poemas da Africa e do mar Casimiro, Augusto. Literatura poesia negro africana luso europeia, etc...


Portugal atlantico: poemas da Africa e do mar

Casimiro, Augusto

[Lisboa] Agencia Geral do Ultramar, Divisão de Publicações e Biblioteca,

1955 162 p. ; 24 cm.

Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.

Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .

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9 de março de 2012

The way of the Orisa. Philip John Neimark Preface by Dr. Afolabi Epega.




The Way of the Orisa: Empowering Your Life Through the Ancient African Religion of Ifa.

Philip Neimark

Harper Collins

1993

brochura original, com raras fotos que ilustram o texto, com 208 Paginas, escasso, saiba mais ....

Trazida para as Américas por escravos, a filosofia de 8.000 anos de Ifá originou-se com os povos iorubás da África Ocidental.  

Mensagem duradoura Ifa de força e paz interior, que oferece uma forma de harmonizar os nossos objetivos espirituais e mundanos, desfruta um ressurgimento no Ocidente.

Escrito por um ávido estudante e praticante realizado, o livro fornece uma visão muito bem fundamentada sobre os Orixás, os espíritos de mensagens poderosas que atuam como nossos guardiães pessoais


Através de fábulas, rituais, orações e orientações simples, Philip Neimark mostra como podemos aprofundar os nossos objetivos pessoais e profissionais, cultivando e conhecendo a energia dos Orixás.

Philip Neimark é um alto sacerdote de Ifá, Oluo - Fagbamila. Erudito que juntamente com Epega escreveu o "Sacred Ifá.". Fagbamila aprendeu aos pés do sábio yorubá Afolabi Epega sobre a vida, sobre a naturezam, sobre o orixá.

Bàbáláwo que se preze morre dizendo: “Mo nko Ifá” (“Estou aprendendo Ifá”).

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Boyhood Rituals in an African Society. An Interpretation. Simon Ottenberg University of Washington Press 1989 nigeria igbos ritos de passagem africa crianças iniciação sociedades secretas nigerianas etnografia antropologia rituais ritos iniciação


Boyhood Rituals in an African Society. An Interpretation.

Simon Ottenberg

Seatle and London - UW Press

1989

capa dura original em , ótimo estado, escasso, com XXIV + 344 pp. + 16 platepages, ilustrado com fotos do autor de suas pesquisas de campo entre os Igbós da Nigéria, sobre capa, não perca, saiba mais...

Alguns assuntos abordados na obra: A Note on Pronunciation. Infancy. Two to five. Growing up. The initiations. Final maturation.  Variations in the first-son initiation. Variations in the second initiation. Variations in the Isubu Eda initiations, Ukpu Ekwo.The personal spirit Ma Obu; Festival Iko Udumini; Boys secret societies- Obiogo Egbele; Mgba; Ajabá; Ego people; Nigerian pre-igbo; The child prepared; Ewa Anohia;    Illustrations. Maps. Figures. Tables. Photographs. Appendices. Bibliography. Index. Illustrated lining papers. Red cloth boards with silver title on spine. Pictorial Dust Jacket. Anthropological study of boyhood in southeastern Nigeria. Rites of Passage.


Um estudo antropológico da infância em um grupo de aldeias Igbo , Afikpo, no sudeste da Nigéria.Boa parte do livro é dedicado a descrição e análise dos ritos de iniciação de adolescentes, proporcionando uma visão mais próxima e detalhada dos rituais que em sua maior parte só foram abordados na literatura.A Compreensão de Ottenberg da dinâmica dos símbolos e seus significados não declarados contribui para o estudo do processo ritual em qualquer sociedade. S efalássemos apenas dos dados sobre a iniciação ritual, sozinhos, já prestariam uma grande contribuição para a etnografia Africana. O material descritivo de  Ottenberg sobre o sigilo masculino e distinções relacionadas com o gênero fornecem uma boa base para uma compreensão mais geral das sociedades secretas da África Ocidental.Seu exame de todas as fases da infância  Afikpo - não apenas o início - revela como uma sociedade chega a um acordo com as necessidades específicas da infância, enquanto resposta às necessidades da sociedade para produzir um certo tipo de adulto. 

 Ottenberg rejeita a noção comum de que um adolescente chega a sua iniciação como uma tábula rasa sobre a qual a instrução da sociedade é gravada, ele também rejeita a suposição igualmente comum que a iniciação marca uma síntese ou conclusão de socialização.Em vez disso, Ottenberg analisa ritos de iniciação no contexto dos meninos "experiências anteriores, como parte de um processo contínuo e inacabado de socialização. Ele traça a vida e as experiências dos meninos desde o nascimento até o início do adolescente para a idade adulta, com foco no aspecto ritual, estes rituais através do seu conteúdo simbólico revelam atitudes de uma sociedade e de seus valores.faz uma contribuição significativa para a antropologia psicológica e estudos africanos, mas também será de interesse para outros estudiosos preocupados com o estudo cross-cultural de socialização e de infância.



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8 de março de 2012

Utopia, mito e Comunicação: contribuições à uma simbologia africana. Helda Bullotta Barracco


Utopia, mito e Comunicação: contribuições à uma simbologia africana.

Helda Bullotta Barracco

Ebraesp

1977

capa brochura original, bom estado, bilingue em portugues e frances, Ilustração Ionaldo Peji, escasso, não perca, saiba mais...

 Introdução, utopia, o mito, o heroi pleiadar, o mito dos gemeos, a comunicação, o vazio e anticomunicação, anticomunicação nos relatos do século xvi.

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Frederico José Aflalo - Baba Adejaossi Ogodo Opo Candomblé: uma visão de mundo. Peji A dialética do candomblé; Ifá : o jogo dos Búzios; A feitura de cabeça (ori); Os orixás; Os ebós; As obrigações; O ciclo das festas; Ilé Mareketu Axé Oxum; Religiões sem deus; Glossário com termos do culto e do ritual do religião dos orixás, etc..


Frederico José Aflalo - Baba Adejaossi Ogodo Opo .

Candomblé: uma visão de mundo.

Rio de Janeiro,  Ed. Mandarim,
 
1997.

capa brochura original, bom estado, Ilustração Ionaldo Peji, escasso, não perca, saiba mais...

A dialética do candomblé; Ifá : o jogo dos Búzios; A feitura de cabeça (ori); Os orixás; Os ebós; As obrigações; O ciclo das festas; Ilé Mareketu Axé Oxum;  Religiões sem deus; Glossário com termos do culto e do ritual do religião dos orixás; Bibliografia.

Interessante e instrutiva obra de uma erudição poucas vezes vista entre os escritores de  assuntos relacionados ao universo religioso, sem contudo perder o asé a espiritualidade sempre latente...


Baba Adejaossi faz uma profunda incursão no ambiente histórico das casas de santo do brasil e de suas origens no golfo do benin. De modo que a sua exposição dos fundamentais conceitos da cosmovisão nagô yorubá  nos aparecem de modo bem inteligiveis, falar de candomblé com forte fundamentação histórico cultural e respeitar as tradições ancestrais é o que faz o Baba, livro imperdível.

"Na concepção yorubá, o humano possui três elementos associados que lhe permitem atuar como ser vivo: "Egbé", o corpo material; "Emi", a respiração (energia vital que anima o Egbé) e o "Ori", a mente ou a cabeça( o mais importante , dotado originariamente de uma herança ancestral)."

 Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.

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7 de março de 2012

Dyllan Forde - Org. Mundos africanos: estudios sobre las ideas cosmológicas y los valores sociales de algunos pueblos de africa. Mauricio Swadesh ; Germaine Dieterlen ; Mary Douglas; Gunter Wagner; J. D. y E Krige; Marcel Griaule ; Kenneth Little ; Godfrey Lienhardt ; J. J. Maquet; K. A. Busia; P. Mercier Los Lele, Los Abaluyia, Los Lobedu, Digwma, Bulwi, Los Dogon, El Hogon, Mangu , Los Mendes, Los Chilluk, Nyikang, Reino de Ruanda, Los Achanti, Los Fon del Dahomey, Manw Lisa Ifá, Legba, etc...


Dyllan Forde - Org.

Mundos africanos: estudios sobre las ideas cosmológicas y los valores sociales de algunos pueblos de africa.

Mauricio Swadesh ; Germaine Dieterlen ; Mary Douglas; Gunter Wagner; J. D. y E Krige; Marcel Griaule ; Kenneth Little ; Godfrey Lienhardt ; J. J. Maquet; K. A. Busia;  P.  Mercier


México: Fondo de Cultura Económica,

1975.

Brochura, excelente estado de conservação, 349 pp. escasso, nao perca, saiba mais ...

Clássico sobre o pensamento, cultura e comportamento africano.

Notas sobre fonética;

Los Lele, objetos naturales asociados con los espíritus, los adivinos, regras de culto, los privilegios de los alimentos, etc...

Los Abaluyia, ideas cosmogónicas y cosmológicas, la expression de los valores sociales en el ritual, etc...

Los Lobedu, mitos y origenes, bunaga o uso adecuado del poder concentrado sobre personas y objetos, los antepasados, Digwma, Bulwi brujeria y hechiceria, etc...

Los Dogon, mitos de los Dogon, el hombre, la tribu, parentesco, organizacion territorial, la heredad, El Hogon, Totemismo, Herreria, Mangu alianza, etc...


Los Mendes, creencias en Ser supremo y en los espiritus, el culto a los antepeasados, las sociedades secretas como control de la moral, el cambio de volores, etc...

Los Chilluk, ambiente y historia, mitos de origem y historia tradicional, el orden del mundo en la sociedad, leyendas sobre Nyikang, el concepto de dios, asosiacion entre luz y conocimiento, etc ...

Reino de Ruanda, hombre y el mundo no material, el creador, los espiritus de los muertos, adivinos y hechiceros, reglas para la accion humana, etc...

Los Achanti, un mundo de espiritus, el hombre y la sociedad, organizacion politica, situacion contemporanea, etc...

Los Fon del Dahomey, los conceptos acerca del universo y de la sociedad, Manw Lisa y Ifá, Legba, calidad esencil de los vodú, Ifá a palbra de Manw, etc ....


Quando Lisa viajou pela terra como distribuidor de civilizaçãofez quatro paradas nas quatro regiões do espaço, distribuindo deste modo os homens sobre quatro paises. estes paises originais chamam-se sedoto paises que fazem homens e são eles: Aya, Oyo, Ke (Ketu) e Hu (Dahomé). Cada um fundado em um dia da semana, cada um com uma cor específica e cada um com um signo no Ifá. Em cada país situou Lisa um objeto de pedra como símbolo. Em Ketu foi a cabaça.

Um livro rico em repositórios esquemáticos da mentalidade negro africana, percepçaão de mundo, ideias sobre o bem comum, sobre o próximo e o bem viver que comumente não notamos, nem vemos nos diversos textos que relacionam-sem com a temática, africana, em tudo uma obra referencial....


África, especialmente el África negra, es aún un continente más que desconocido. Para los lectores de América es un repositorio de misterios en el temperamento, en las manifestaciones religiosas, en la expresión del sentido artístico, en los matices de la piel...

Entre os dogon, o ponto de partida da criação é a estrela que gira ao redor de Sirius; os dogon acreditam que ela seja a menor e mais pesada de todas as estrelas, contendo os germens de todas as coisas.

Seu movimento ao redor de Sirius e de si mesma sustenta a criação no espaço. Da mesma maneira como no mundo vegetal uma única semente se divide em outras sete, ocorre no plano do universo: da primeira estrela provêm outras sete. Porém, desde o momento em que os seres humanos chegaram a ser conscientes de si mesmos e capazes de uma ação intencional, o curso da criação se desenrolou de maneira menos simples.

Os acontecimentos da criação da humanidade tiveram lugar no interior de um ovo, um mundo situado num espaço infinito e contendo o modelo da criação - Nommo, o filho de Deus (Amma). Esse ovo estava divido em duas placentas iguais, cada uma contendo um par de gêmeos Nommo, emanações diretas de Deus e prefigurações do homem.

Como todas as outras criaturas, aqueles dois pares de gêmeos estavam dotados de dois princípios espirituais de sexo oposto; cada um deles era em si mesmo um par. Em uma das placentas o gêmeo masculino não esperou o período usual de gestação assinalado por Amma, emergindo prematuramente do ovo. Além do mais, arrancou um pedaço de sua placenta, que se converteu na Terra. Esse ser, Yurugu, teve a intenção de fazer um mundo só para ele, baseado no primeiro, mas o superando. Esse procedimento irregular, no começo, desorganizou a ordem da criação estabelecida por Amma; assim, a Terra foi provida de uma alma masculina somente, já que o ser que a fez era imperfeito.

De tal imperfeição surgiu a noção de impureza; a Terra e Yurugu ficaram, desde o princípio, solitários e impuros. Yurugu, compreendendo que esta situação o impediria de concluir sua obra na Terra, voltou ao céu a fim de buscar sua alma gêmea restante na outra parte do ovo. Yurugu não pôde recupera-la, estando a partir desse momento em uma busca perpétua e inútil. Voltando a Terra, começaram a surgir seres simples, incompletos, frutos de incesto; ele mesmo procriou em sua própria placenta, com sua mãe. Vendo isso, Amma decidiu enviar a Terra os Nommos da outra metade do ovo, constituindo uma nova terra imaculada.

Os quatro antepassados homens foram chamados Amma Seru, Lébé Seru, Binu Seru e Dyongu Seru.

Seus descendentes coincidiram com o surgimento da luz na Terra, que até então havia estado nas trevas. A água, em forma de chuva, purificou e fecundou o solo, no qual brotaram as oito sementes que os antepassados míticos haviam trazido consigo: seres humanos, animais de plantas imediatamente surgiram.


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cultura griot...

Jacy Rêgo Barros Senzala e Macumba Rodrigues & CIA 1939





Jacy Rêgo Barros

Senzala e Macumba

Rodrigues & CIA - Rio de Janeiro: Jornal do Commercio.

1939


Livro  em bom estado de conservação, encadernado com capa dura.

Raças e migrações; Escravidão negra; Dois ambientes;Praticas religiosas; Culto, liturgismo africano,afrocatolicismo; Senzalas em planos diferentes; Cultura e sentimento; A imortalidade e o negro;
etc...

"Os candomblés, catimbaus e macumbas, representam a estrutura liturgica dos cultos a serem prestados a Olorum, a Xangô e a Exu, e finalmente a qualquer das divindades representadas pelos orixás..."

Como por vezes o meio não africano entra em medidas represivas contra as praticas africanas, o espírito negro religioso não se aniquila com isso, realizando, então, cultos maio secretos  e iniciaticos que os da macumba vulgar; e surge a Cábula, pelos camanás no camucite,   que consiste ..."


A inserção em uma representação essencialmente sincrética da cultura nacional aparece claramente na obra dos intelectuais do período.


Nesse sentido são bastante representativas as palavras de Jacy Rego Barros, em um curso por ele realizado no Rio de Janeiro. Referindo-se à figura da "mãe preta":

"Tão grande se fazia por vezes a ligação afetiva da mãe preta com seus filhos brancos, que, em tal condição ela se esquecia da posição servil da própria entidade para dispensar carinhos iguais aos garotos brancos e pretos... tendo o seu catolicismo africanizado, mãe preta passa a seus filhinhos pretos e brancos, todas as suas crendices, dizendo dos esplendores das ramas de gameleira, quando conta as histórias do compadre rico e do compadre pobre..."

Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.

Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.

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6 de março de 2012

O Verdadeiro Jogo dos Búzios Babalawô Oju-obá


O Verdadeiro Jogo dos Búzios

Babalawô Oju-obá

editora: Eco

Em bom estado de conservação, com pg. 167, escasso, não perca , saiba mais...


 "O JOGO DE BÚZIOS É UMA DAS PRÁTICAS MAIS POPULARES TRAZIDAS PELOS NEGROS YORUBANOS PARA O BRASIL.É PRATICAMENTE ENCONTRADO COMO ELEMENTO LITÚRGICO EM TODAS AS CASAS DE CULTO AOS ORISHAS,POSSUI VÁRIAS DENOMINAÇÕES, É CONHECIDO POPULARMENTE COMO IFÁ, DELOGUM, BÚZIOS OU CAURIS.

IFÁ OU FÁ É O TERMO EMPREGADO PELAS TRIBOS MALÊ, CONHECIDAS NO BRASIL COMO MUSSURUMIM, E TAMBÉM AS TRIBOS JÊJÊ,ORIUNDAS DO DAOMÉ (ATUAL REPUBLICA POPULAR DO BENIM)";

FUNDAMENTOS DOS BÚZIOS;
JOGO DE BÚZIOS;
JOGO DE ODÚ;
COMO OFERTAR OBI AO ORISHÁ;
JOGO DE BÚZIOS, DO OBI E DO OROBÔ;
OS BABALAWÔS;
EBÓS DOS ODUS;
CULTO AOS ORISHÁS- O CANDOMBLÉ;
ANIMAIS SACRIFICADOS PARA CADA ORISHÁ; CRENDICES,COSTUMES,AGOUROS E OUTRAS PARTICULARIDADES DOS ANGOLANOS;
O ANGOROCI, PREPARAÇÃO PARA A PRIMEIRA FESTA;


ALÉM DE TODO O CONTEÚDO SOBRE O VERDADEIRO JOGO DE  BÚZIOS,ESTA OBRA AINDA TRÁS:

EBÓS DOS ODUS
EBÓS PARA DIVERSAS FINALIDADES.
EBÓ PARA PROTEGER A CASA E MUITO MAIS!
ATINS (PÓS)
GARRAFADAS
SACUDIMENTOS (INCLUSIVE PARA ERÊ!);
MATANÇA DE EGÚN;
ALGUMAS COMIDAS DE ORIXÁ;
ASSENTAMENTO DE EXU E MUITO MAIS!!!



Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.

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Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .

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27 de fevereiro de 2012

Símbolos Mágicos na Arte do Metal Raul Giovanni da Motta Lody Estudos Afro-Brasileiros, Candomblé; Brochura, Ilustrado; A Simbologia dos Orixás na arte do metal arte yoruba nago terreiro egun bahia africa ioruba etc....


Símbolos Mágicos na Arte do Metal

Raul Giovanni da Motta Lody

editora: Arsgráfica

ano: 1974

Estudos Afro-Brasileiros, Candomblé; Brochura, Ilustrado; A Simbologia dos Orixás na arte do metal ...

exemplar assinado e com dedicatória manuscrita pelo próprio autor.

livro em bom estado de conservação, livro que trata com muita experiencia e respeito pelas coisas relacionadas a religião dos orixás, com ilustração ao texto que se desenrola, com imagem de Peji com otás de orixás, voduns e inkices os iniciados compreendem...

Com texto de orelha do Embaixador Paschoal Carlos Magno
livro em bilingue inglês e português.

O livro mostra o acervo ritual simbólico de importantes casa de culto, sobretudo as tradicionais do Nordeste brasileiro.

Traz uma lista dos orixás, seus nomes em termos nagô, Gêge, Congo, Angola. Traz suas denominações populares. Seus simbolos e os materiais usados no fabrico.

Livro adequdo e indicado para toda biblioteca afrobrasileira, importante obra de referência na  qual desfilam as simbologias presente na história da religião dos orixás, dentre os quais vemos:

o Ogó de Exu,
Ogun senhor guerra;
o Damatá de Oxossi o caçador;
Omulú ou Sakpata como os chamam os gêges;
Ossaniyn o dono das folhas;
Iroko ou Looko como chama-se a Arvore sagrada entre os da nação Gêge;
o Abebê de Logun Edé;
o Xeguedê de Sogbô, Xangô entre os yorubás;
os balangandâs da dona dos ventos: Yansan, Oyá dos gêges;
o alfange da linda Oxum ou Kicimbi entre os cultos da nação Angola;
o simbolo de Obá;
as cobras Oxumaré nagô ou Dangbé para os gegês
Ewá, a deusa do rio Ewá.
O Bambã dos Ibejis ou Erês, os gemeos da Nigéria.
a senhora do mar, Yemajá nagô ou a Kaiala dos negros congos
A lama da vovó, Nanamburuku a Kerê dos angolas.

Oxalá em suas duas presenças:
 o eninodô do jovem Oxaguian;
 o pachorô do velho Oxalufan, Olissassá dos gêges.

Cada uma dessas simbologias transportam milênios de sabedoria ancestral mantida pela tradição da linguagem oral ioruba, e compete a quem guarda o segredo...

Livro esgotado há décadas, um dos livros mais importantes de nossa produção nacional, no que diz respeito os estudos da religião dos orixás. Saiba mais ...


"Quando Obatalá criou a terra e em seguida o homem, esste não sabia o que fazer com o reino que Obatalá lhe dera; então veio Ogun e ensinou o homem a arar a terra e a construir suas priemiras ferramentas agricolas. O homem também não sabia ..."



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Raul Geovanni da Motta Lody (Rio de Janeiro, 1952), é um antropólogo, museólogo e professor brasileiro, responsável por vários estudos na área das religiões afro-brasileiras, sobretudo na Bahia.

Suas principais pesquisas antropológicas e etnológicas resultaram na publicação do Dicionário de Arte Sacra e Técnicas Afro-Brasileiras, com 1.416 verbetes e prefaciado pelo também antropólogo Roberto DaMatta.


Santo Também Come. Recife, 1979, PALLAS, 1995.

Devoção e Culto a Nossa Senhora da Boa Morte. Rio de Janeiro. 1981

Artesanato: uma visão complexa. Cadernos de Cultura 2: Cultura popular. Maceió. 1985

Coleção Perseverança: um documento de Xangô alagoano. Maceió/Rio de Janeiro. 1985

Um Documento do Candomblé na Cidade do Salvador. Coleção Culto Afro-Brasileiro. Rio de Janeiro. 1985

Afoxé. Cadernos de Folclore, 7. Rio de Janeiro. 1976     Pano da costa. Cadernos de Folclore, 15. Rio de Janeiro. 1977

Tem Dendê, tem Axé, Pallas, s/d, 1a. Edição

Pencas e Balangandãs da Bahia, Um estudo etnográfico das jóias e amuletos, Rio de Janeiro, Funarte/Inf, 1988

O Povo de Santo, Rio de Janeiro, Editora Pallas, 1995

Jóias de Axé, Bertrand Brasil, 2001. 

Dicionário de Arte Sacra e Técnicas Afro-Brasileiras, Pallas, 2003

À Mesa com Gilberto Freyre, Senac, 2004

Cabelos de Axé - identidade e resistência, Senac, 2004

As Gueledés, a festa das máscaras, Editora Pallas, 2010.


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8 de fevereiro de 2012

Iracy Carise Máscaras Africanas - Sociedades Secretas e Ancestrais

Autor : Iracy Carise
Título : Máscaras Africanas - Sociedades Secretas e Ancestrais
Editora : Madras
Ano : 1998
Páginas : 124


Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original, muito bom estado, formato grande 28, 5 x 20, 8 cm., 124 pp.ilustado, mapa.

Um clássico dessa renomada e internacionalmente respeitada estudiosa brasileira do africanismo.


Quais as culturas negras mais importantes no Brasil ? Bantos e nagôs foram as que mais se destacaram. Os bantos eram provinientes de Angola e do Congo e abasteceram o mercado de escravos desde o século XVII. Trouxeram folcore, instrumentos de sopro, hogos de luta e defesa e o complexo etnográfico do samba.   

Os nagôs (ou iorubas, ou egbás, como eram chamados no Brasil) provinham da cultura sudanesa da Nigéria, Togo, Daomé e da Costa do Marfim.

Exerceram prodigiosa influência social e religiosa e formaram uma espécie de elite da massa escrava, trazendo as divindades conhecidas como orixás, os candomblés e a influência religiosa na Bahia, os instrumentos musicais, culinária e a indumentária da negra baiana.

Nas máscaras deste grupos étnicos nota-se grande sentido de criatividade. estas más caras, bem como as peças réplicas antropológicas foram feitas para a olustração do livro Arte Negra na Cultura Brasileira, em que eu abordo a vivência do negro na cultura brasileira, nas relações familiares, na culinária, nos trajes, na música, idioma, religião, movimentos cívicos e sobretudo, na arte.


Não perca, indispensável a todos aqueles que se esmeram no estudo e obrigação da Religião dos Orixás.


Em 50 anos de pesquisas etnográficas, antropológicas e históricas em torno das manifestações culturais Brasil-África, Iracy Carise registra as influências da cultura africana nos costumes e tradições culturais do Brasil africano e suas raízes.

Voltando-se às raízes, as pesquisas de Iracy aprofundaram-se nos estudos das etnias negro-africanas que tanto marcaram o caráter e o modo de ser do povo brasileiro, moldando uma série de máscaras ligadas ao braço escravo e réplicas de tradicionais esculturas africanas, relevos e cabeças de Obás (reis e rainhas de Benin, cidade sagrada da Nigéria), peças raríssimas e de grande valor antropológico que foram elaboradas para a ilustração de seus livros.

2 de fevereiro de 2012

Costumes Africanos No Brasil Manuel Querino Yorubá Nagô Ifá







AUTOR: MANUEL QUERINO

TÍTULO: COSTUMES AFRICANOS NO BRASIL.

EDITORA: Civilização Brasileira - RIO DE JANEIRO

ANO : 1938

PÁGINAS: 351

Comentário: Livro em bom estado de conservação, capa brochura.

Uma escassa primeira edição de obra referencial para os estudos sobre o negro no Brasil, não perca saiba mais ....

Prefacio e nota de Arthur Ramos, com muitas ilustrações, um precioso livro com descrição de costumes antigos dos africanos, sua religião, sua cultura, seu modo de vida...

Descreve entre outras coisas:

o culto feitichista, invocação dos orixás, gunuco, costumes nagôs, o ifa, tradução em português de alguns cânticos sagrados dos yorubás, costumes referentes ao pegi, antigos ritos funebres, orações nagô, gege, malês, angola, bem como seus feitiços;

Imagens raras de momentos pouco conhecidos da religião dos orixás na Bahia, A troca de cabeça; O inhame novo; o pegi; olhar ou advinhar; quizilla; o ogan; do ebó; caracteristico das diversas tribus; alimentos puramente africanos; algumas noções do systema alimentar na bahia; Efó; Ecuru; Latipá ou Amori; Efun-Oguedé;

Alimentação: sua regra, sua importância, sua participação na ritualística das diversas religiões dos negros, a famosa descrição da capoeira...

E muito mais ...

O primeiro historiador negro no Brasil (1854-1923) deu a primeira descrição da capoeira baiana. Ao voltar sua atenção para a História, esperava reequilibrar a ênfase tradicional na experiência europeia no Brasil. Nenhum afro-brasileiro havia até então dado sua perspectiva da História do Brasil. Querino surgiu como o primeiro Brasileiro - afro ou branco - a detalhar, analisar e fazer justiça às contribuições Africanas ao Brasil. Apresentou suas conclusões num clima na melhor das hipóteses indiferente, e na pior racista e até hostil.

dedicou muito de seu tempo e energia a estudos históricos, em particular à pesquisa e ao registro das contribuições dos Africanos ao crescimento do Brasil. Esses estudos tinham dois objetivos. Por um lado ele queria mostrar a seus irmãos de cor a contribuição vital que deram ao Brasil; e por outro desejava lembrar aos Brasileiros da raça branca a dívida que tinham com a frica e com os Afro Brasileiros.


Manuel Raimundo Querino, o primeiro historiador negro no Brasil (1854-1923) deu a primeira descrição da capoeira baiana no seu último livro, A Bahia de Outrora, em 1916.


Querino, na época, trouxe à História do Brasil a perspectiva do Afro-Brasileiro. Morando na comunidade de descendência Africana, ele conhecia com intimidade os hábitos, aspirações e frustrações dos Afro-Brasileiros. Falando de suas fontes de pesquisa, Querino revelou que muitas de suas informações vinham diretamente de Afro-Brasileiros idosos que conversavam com ele sem inibição, pois o viam como um amigo.

Existem provas de que além de escrever sobre os Afro-Brasileiros, Querino também ajudava a defendê-los. Chamou a atenção dos oficiais municipais às perseguições existentes aos praticantes das religiões Afro-Bahianas. A polícia, rotulando essas religiões como bárbaras e pagãs, freqüentemente apareciam nos terreiros onde haviam as cerimónias destruindo propriedades e ferindo os participantes. A intervenção de Querino defendendo esta comunidade junto ao govêrno local revelou mais uma vez sua realização original em criar uma ponte entre culturas e classes sociais diferentes.


"É o tributo de homenagem prestado a Oxalá, o santo principal do terreiro. É o início das festas do feiticismo. Na primeira sexta-feira do mês de setembro, a mãe-do-terreiro reúne as filhas-de-santo e se dirigem à fonte mais próxima, com o fim de captarem, muito cedo, a água precisa à lavagem do santo. Finda esta cerimônia, o santo é recolhido ao peji. Logo em seguida sacrificam um caprino, que é cozido juntamente com o inhame, não sendo permitido o azeite-de-dendê, que é substituído pelo limo da Costa. Retirada do fogo, a refeição é distribuída pelas pessoas presentes, que depois se retiram. Decorridos três sóis, começam as festas. Entre as cerimônias sobressai a seguinte: a mãe-do-terreiro, munida de pequeno cipó, bate nas costas das pessoas da seita. É a disciplina do rito e tem o efeito de perdoar as ações más, praticadas durante o ano."

Manuel Querino, em suas pesquisas, tentou combater a péssima imagem atribuída ao candomblé, afirmando que esta era uma das manifestações que mais representavam a religiosidade brasileira, uma vez que era um fruto sincrético do processo de miscigenação das raças formadoras do Brasil.


Da convivência íntima [do indígena] com o africano, nas aldeias, ou nos engenhos, originou-se, por assim dizer, a celebração de um novo rito intermediário, incutindo-lhes no espírito idéias novas.


Exatamente por defender o valor do candomblé como manifestação genuinamente nacional, afirmando, por exemplo, que “incontestavelmente, o feiticismo africano exerceu notória influência em nossos costumes”, Querino denunciou a truculência da atuação policial frente a esses cultos, ajudando a defendê-los.

"Há no Matatu Grande, distrito de Brotas, nesta Capital, uma casa, onde os crentes no feiticismo festejam os seus santos. Em a noite de 18 de maio de 1920, o delegado auxiliar bacharel Pedro de Azevedo Gordilho, cercou a dita casa, com praças de cavalaria, e, aí, cometeu as maiores arbitrariedades possíveis. Espancou os assistentes e levou presos, sendo que as mulheres seguiram amarradas, acompanhando o trote dos cavalarianos até a estação. Os soldados por ordem do referido delegado cometeram proezas: arrebentaram todos os vasilhames que encontraram, quebraram cadeiras, guarda roupa, arrombaram os baús e conduziram toda a roupa que encontraram, dinheiro, objetos de prata, um anel com brilhante, a mobília ficou em estado deplorável. Parecia mais um saque do que uma diligência policial."


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