16 de novembro de 2007

A QUESTÃO DE GÊNERO NA PEÇA SORTILÉGIO (MISTÉRIO NEGRO) DE ABDIAS NASCIMENTO Por: Elisa LARKIN NASCIMENTO

A QUESTÃO DE GÊNERO NA PEÇA SORTILÉGIO (MISTÉRIO NEGRO) DE ABDIAS NASCIMENTO
Por: Elisa LARKIN NASCIMENTO.


Recomendo a leitura, vale a pena pelo nível de cultura do artigo.

vide trechos:



Assim, introduzia uma nova abordagem à luta negra do século. Essa perspectiva se caracterizava pela visão de uma melhora colectiva da vida do povo negro, pois o domínio da actuação política refere-se à colectividade e não aos pleitos individuais. Identificando o alojamento do negro do sistema de ensino e sua inferiorização cultural como aspectos essenciais da opressão, o TEN tinha como objectivo de sua actuação teatral a reabilitação e a valorização da herança e da identidade negras (Nascimento, 1997).


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Sortilégio: construindo em cena uma identidade afro-brasileira Cumprindo a missão de ensejar a criação de uma literatura dramática que focalizasse o negro como protagonista e sua cultura como matriz significante no universo simbólico e na sociedade humana, o TEN encenou várias obras dramáticas, muitas escritas especialmente para ele. Publicou na antologia Dramas para negros e prólogo para brancos (Nascimento, 1961) um conjunto de sete peças4. Entre essas estava Sortilégio (mistério negro), de Abdias Nascimento.


O filho pródigo, de Lúcio Cardoso;
O castigo de Oxalá, de Romeu Crusoé;
Auto da noiva, de Rosário Fusco;
Sortilégio (mistério negro), de Abdias Nascimento;
Além do rio (Medea), de Agostinho Olavo;
Filhos de santo, de José de Morais Pinho;
Aruanda, de Joaquim Ribeiro;
Anjo nego, de Nelson Rodrigues;
O emparedado, de Tasso da Silveira.


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Orfeu da Conceição, de Vinícius de Morais;
Um caso de kelê, de Fernando Campos;
O cavalo e o santo, de Augusto Boal;
Yansã, mulher de Xangô, de Zora Seljan;
Os irmãos negros, de Klaynér P. Velloso;
O processo do Cristo Negro, de Ariano Suassuna;
Caim e Abel, de Eva Ban;
Plantas rasteiras, de José Renato;
Orfeu Negro, de Ironides Rodrigues;
Pedro Mico, de Antônio Callado;
Gimba, de Gianfrancesco Guarnieri;
Chico-Rei, de Walmir Ayala.


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Escrita em 1951, Sortilégio ficou durante seis anos banida do palco pela proibição da censura, fato significativo quando levamos em conta que o seu autor foi um dos membros da comissão criada, ainda em 1948, pela Associação de Críticos Teatrais, para organizar um protesto e iniciar a tomada de medidas judiciais contra a instituição da censura, poder exercido pela polícia5.




Artigo completo em: http://www.uea-angola.org/artigo.cfm?ID=584




Biblioafro.

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