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25 de março de 2014
Zumbi dos Palmares: a história que não foi contada Eduardo Fonseca jr. L Christiano Editorial Páginas: 329 - Ano: 1988
Zumbi dos Palmares: a história que não foi contada
Eduardo Fonseca jr.
L Christiano Editorial
Páginas: 329 - Ano: 1988
Livro em bom estado de conservação, escasso, não perca, saiba mais...
É de Eduardo Fonseca Júnior dois dos livros mais procurados da literatura afro-brasileira, junto com seu Diconário de Yorubá Português, esse Zumbi dos Palmares: a história não contada é um livro muitíssimo apreciado e necessário a todos os estudiosos da temática Negro. Prefácios de Arnaldo Niskier; Franco Montoro e Alceu Collares.
Por ocasião de contar uma parte da história dos povos africanos trazidos para aqui forçados e escravizados Fonseca, como não poderia deixar de ser, em duas camadas sobrepostas, passeia pela história brasileira e tradição e cultura milenar africana, como poucos o fazem....
O que o ensimento de um Ologbo faz no meio de uma narrativa de reconstrução histórica? Só quem não conhece o profundo conhecedor da teologia yorubana poderia duvidar que isso é possível?
Este livro é fantástico, e que bom que esteja sempre oculto aos olhos daqueles que tem sede por conhecimento rápido e efemero....
Pois é assim que o historiador e teólogo se misturam para dar vida a um dos melhores livros sobre a cultura da grande nação Gegê-Yorubá que dispomos, senão vejamos:
Entre outras coisas o Alagbá Bambushê um Mahii e Oluwo dos Palmares, toma conta de parte essencial e substancial do livro discorrendo sobre ensinamentos que deixariam de boca aberta muitos dos autoproclamados conhecedores das tradições ancestrais.
Bambushê, que também é Ologbo, vai discorrer para um Balogun sobre o o uso do Ogboni, do Ojíjí, e sobre o passáro ( Shiguidi para a sociedade secreta dos Ijobá ÓmóEkum) de Yiammi Oshorongá.
Livro esta repleto reproduções de cantigas iniciáticas, canticos aos orixás, e preces para ocasiões específicas. Traz ainda "as canções que deverão ser entoadas dentro dos vardenkos, pejis, kerebatãs". Canticos em gegê, em nagô, com o nome secreto de Ododuwá... com orientações para os cargos: doté, doné, bagigan, pejigan, gaipê, alabê, ogan, rozegan, sidogan, ekede, dogan, etc...
Diversos orikis com breves comentários adicionais.
Nomes dos Egunguns e Geledês da nação, que fazem parte do igbale são ensinados um a um bem como canticos de louvação e invocação aos babas e geledês.
No Opá Mita ele dá uma aula de Opelé Ifá, Ení Ifá e Fu-Fu. Iniciando da narrativa de investimento que Ododuwa fez Setilu passando a Orunmilá, e os Ifá Igba Ilá e Ifá Obé Keruatí....
Descrição dos jogos de marcas faciais que distinguem a nação e a posição.
Outra aula sobre os simbolos do vodu ou Gêge e sua correspondencia no ritual Nagô, começando pelo diagrama de invocação de Geledê, Egungun e para Sirrun, Zerin e Asésé, vai até o de Dadaho , Izodan, Orungá, Osunmaré.
Históricamente falando, este livro relata uma história de sofrimento e crueldade praticados contra a raça negra de fazer inveja a Himmler, Goebels, Mengele e seus carcereiros de Treblinka, transformando o 3º Reich em reunião de escoteiros inocentes diante do que aconteceu no litoral africano e nas senzalas brasileiras.
Para se entender a história dos Quilombos brasileiros, é preciso conhecer os motivos que levaram Portugal ao famigerado tráfico que trouxe 10 milhões de negros para o Brasil.
É preciso conhecer as regras, os envolvimentos, a torpeza e o jogo de interesses que o fomentaram.
A "História Oficial" minimiza tais fatos, escondendo a saga da grande Tróia Negra chamada Palmares. Então por quê, foram necessários 11 mil soldados, um cerco de 5 anos com artilharia pesada, canhões e morteiros para destrui-la?
Por quê não contaram que centenas de colonos brancos e índios lutaram por Palmares juntos com Zumbi? Por quê a história oficial mentiu dizendo que Zumbi foi morto e decapitado? Por quê não relatou a existência de corsários brasileiros e estrangeiros aliados que lutavam contra os portugueses? Por quê ninguém fala da Carta sobre Palmares que Maurício de Nassau escreveu para Holanda em 1637? E por quê não se fala a verdade sobre as religiões afro-brasileiras?
Estes são alguns assuntos abordados claramente neste livro "Zumbi dos Palmares, A História do Brasil que não foi Contada" de autoria do historiador e africanólogo Eduardo Fonseca Júnior.
É o resultado de pesquisas em 15 mil documentos desconhecidos da História, em ampla abordagem desde o Brasil colônia até o Império.
Pois é no âmago desta Epopéia, que surge a convicção de que: Revendo os erros e as mentiras históricas, seremos capazes de construir um futuro melhor e digno, do qual todos se orgulham e sabem de cor... sem dúvidas!
Livro em muito bom estado de conservação, brochura original, com ilustrações.
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos. Caso haja interesse em alguns dos nossos livros, ou em outro que não se encontre cadastrados ainda, pergunte-nos: ---- philolibrorum@yahoo.com.br ---- que conversaremos sobre como conseguir. PHILOLIBRORUM-BIBLIOAFRO cultura griot.
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