1 de junho de 2009

AS RELIGIÕES DA ÁFRICA: TRADICIONAIS E SINCRÉTICAS. GROMIKO - KOBICHANOV.





Autor: GROMIKO - KOBICHANOV orgs.


Título: AS RELIGIÕES DA ÁFRICA: TRADICIONAIS E SINCRÉTICAS


Editora: EDIÇÔES PROGRESSO MOSCOU


Ano: 1987


Páginas: 327




Comentário: Livro em bom estado de conservação, encadernado em capa dura original, manteve-se a sobrecapa.Livro de referência para todos os estudiosos sérios da Religião dos Orixás, não só por seu carater acadêmico científico, mas também pela profulsão de iconografia e informações reunidas aqui.

As diversas expressões religiosas da Africa reunidas como nunca, num livro que só poderia ter sido feito pelo arguto senso sovietico de estudos da antropologia e sociologia das religiões.

Entre outras nações que aqui são abordadas temos, Gegê (Jeje), Nagô Iorubá, Fon, Angola,Congo, Cabinda,Keto, Efan, Ijexá,Egbá,Éwé, Fanti, Ashanti, Krumans, Agni, Nzema, timini,Fulas (peuhls), Mandingas, Haúça, Tapa, Bornu, Gurunsi ou Grunci, entre muitas outras...


A palavra nação é usada no candomblé para distinguir seus seguimentos, diferenciados pelo dialeto utilizado nos rituais, o toque dos atabaques, a liturgia. A nação também indica a procedência dos escravos que lhe deram origem na nova terra e das divindades por eles cultuadas.


Aqui o pesquisador ou o iniciado encontra informações importantes para compreender as interligações entre as diversas crenças e lendas africanas, bem como a estruturação social, cultural que daí surge.

Entender a liturgia da Religião dos Orixás, seus detalhes, alguns de seus significados; os ritos funebres, os ritos festivos, os costumes africanos, os materiais utilizados nos trabalhos diversos...




As civilizações bantos do grupo angola-congolês são representadas pelos ambundas de Angola (cassanges, bangalas, in-bangalas, dembos), os congos ou cabindas do estuário do Zaira e os benguela com diversas tribos escravizadas.


No começo do período escravagista, todos os escravos vindos da África eram chamados de negros de Guiné, pois no século XVI a Guiné se estendia de Senegal a Orange. Esses guinés deveriam ser autênticos bantus.


Guardiões da cultura oral, os escravos guardaram em sua memória os movimentos de dança, os toques dos atabaques, a comida ritual, as rezas e cânticos, na nova terra chamados de Cantiga no candomblé e pontos cantados na Umbanda.

O silêncio, o segredo (calundus)e o isolamento armado em quilombos e mocambos são formas de resistência e esperança de reconstituir na nova terra seus ritos, costumes e hierarquia.

A resistência dos negros ao regime de subordinação ou exploração do qual foram vítimas encontram portas abertas na religião, nos quilombos, confrarias e santidades, locais de reuniões assim chamados antes de receberem o nome de candomblés que também foram usados como esconderijo.



As Religiões da África Tradicionais e sincréticas, Impresso na Russia, Obra feita sob o auspicioso e rigoroso científico corpo da Academia das Ciencias da URSS.

Contém Ilustrações fotos em papel couché, de primeiríssima qualidade, contém mapas,contém índice geográfico, índice étnico, ilustrações de S F Kulik, Vasta Bibliografia.


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Sendo ele responsável pelo orun - céu / dimensão do supra-sensível - e ela pelo aiye - terra / dimensão da matéria física, seu casamento implica em todas as relações entre esses dois domínios. Odudua cria o aiye e Obatalá os duplos no orun. Representa essa união uma cabaça branca - igba-odu ou igbadu - formada de duas metades unidas, a metade inferior representando o aiye e a superior, o orun, contendo elementos simbólicos em seu interior.
Gromiko (1987), na obra russa As religiões da África, refere-se a essa controvérsia: Obatalá tem uma mulher chamada Odua ou Odudua que, provavelmente, é uma das personagens mais contraditórias no olimpo dos deuses iorubás. Odudua é uma divindade hermafrodita.


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Um comentário:

Anônimo disse...

VLW! me ajudou bastante!!!!!