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28 de julho de 2009
Caminhos de Odu Agenor Miranda Rocha.
Caminhos de Odu
Agenor Miranda Rocha
Pallas
2001
200 páginas, Reginaldo Prandi; Pedro Rafael ilustrações. bom estado, saib mais...
Os odus do jogo de búzios com seus caminhos, ebós, mitos e significados, conforme os ensinamentos escritos por Agenor Miranda rocha em 1928 e por ele mesmo revistos em 1998
Aos 94 anos Mestre Agenor é a maior autoridade viva do Candomblé no Brasil, legítimo descendente da Ialorixá Aninha Obá Bií, fundadora dos terreiros Axé Opô Afonjá de Salvador e do Rio de Janeiro.
O livro tem origem na transcrição dos textos de um caderno onde o jovem Agenor anotava os preciosos ensinamentos passados por sua mãe-de-santo, relativos aos mitos de interpretação do oráculo do jogo de búzios.
Como lembra Reginaldo Prandi, muitas cópias desse caderno foram feitas e presenteadas a sacerdotes e sacerdotisas que recorrem ao Professor Agenor para o jogo de búzios, como consulta ou buscando aprendizado.
O texto de Caminhos de Odu reproduz fielmente o manuscrito original e será leitura valiosa não apenas para os praticantes e estudiosos do Candomblé, mas para todos os que desejam aprender e conhecer um pouco sobre essa religião.
Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.
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O Livro Básico dos Ogãs SANDRO DA COSTA MATTOS.
O Livro Básico dos Ogãs
Editora: Ícone
Autor: SANDRO DA COSTA MATTOS
Ano: 2005, páginas: 136, Brochura original, coda39., bom estado, saiba mais ...
Fruto de estudos e pesquisas feitos tanto in-loco quanto através de narrativas históricas ou da elucidação obtida por intermédio do Caboclo Boiadeiro de Jurema, os registros de "O Livro Básico dos Ogãs" procuram obedecer a uma cronologia que passa por cerimônias datadas da Antigüidade, chegando à era contemporânea. O texto realça a importância dos instrumentos musicais no estabelecimento de elos de ligação entre os homens em seu mundo terreno e os seres das incontáveis esferas do plano extrafísico, que sejam dos estratos mais refinados, quer sejam dos mais densos - pois é de conhecimento geral que em todos os ritos de que se tem informação vemo-los presentes, seja no retininte badalar de um sino, nos acordes de uma lira, no soprar de um oboé, seja no som grave ou agudo dos tambores.
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O Livro Básico dos Ogãs SANDRO DA COSTA MATTOS.
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Autor: SANDRO DA COSTA MATTOS
Ano: 2005, páginas: 136, Brochura original, bom estado, saiba mais ...
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27 de julho de 2009
Ebó no Culto aos Orixás Orlando J. Santos. Candomblé. Orixá. Oferendea. Sacrificio. Ritual.
Ebó no Culto aos Orixás
Orlando J. Santos
Pallas -Cultura Negra
140 páginas, otimo estado, escasso, não perca.
O autor descreve de forma clara o significado do ebó - oferenda e sacrifício - para os seguidores do Candomblé. Começa pelo mais importante obarí, destinado à cabeça, seguido do - oferecimento do Igbín a Orisaalá, conhecido como o boi de Oxalá e termina discorrendo sobre o uso do ebó para a solução sobre o uso do ebó para a solução dos problemas do cotidiano.
Ebós de Odu, acompanhados dos respectivos efó; a constituição de ori; como proceder um bori; assentamerntos de orixá; como oferecer o igbin a Oxalá; além de inúmeros ebós para os mais diversos fins, você encontrará neste livro.
Autor dos livros:
— Rezas para os Orixás 1986.
— Orunmilá e Exu 1987.
— Candomblé Ritual e Tradição 1992
— Ebó no Culto aos Orixás 1993
— Aprende Ìyáwó 1996.
- KÒ-LLÈKÓ, ÌYÁWÓ ÈSÙ-SÌGIDI 2008.
— Compêndio: Èsù-Sìgidi 2008.
— KÒ-LÈKÓ, ÌYÁWÓ - OBÌ, O ÒRÍSÀ DA BOA SORTE - 2008
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26 de julho de 2009
Festival Mundial de Artes Negras - 2009.
Fesman In - O concurso mundial.
O prazo final para se candidatar ao Fesman 2009 foi prorrogado para o dia 07 de Agosto de 2009.
Informações em:
http://www.fesman2009.com/pt/literatura.
Convite de Maître Abdoulaye Wade
intro_wade
Num contexto de mundialização susceptível a provocar uma dependência econômica cada vez mais forte, a minha busca de “um destino para a África” implica um olhar mais apurado. Com os meus pares do Continente, pensamos que a Nova Parceira para o Desenvolvimento da África (NEPAD) poderia constituir uma resposta apropriada.
Mas seria necessário fazer um trabalho de prospecção sem parar sobre outros canais para enfrentar e erradicar as grandes endemias que abatem as nossas 6 populações, e as fraquezas dos nossos sistemas de saúde e de educação. Ou seja, lutar contra a pobreza que gangrena nossas sociedades. Nesta ambição de sair da crise, importa investir no que temos de melhor para oferecer aos outros: a Cultura.
Quando decidi organizar o 3o Festival Mundial das Artes Negras no Senegal, em 2009, quis prestar homenagem e prosseguir os esforços do Presidente Senghor que iniciou o impressionante trabalho, organizando o 1o Festival em 1966, assim como, os do Presidente Obasanjo que organizou a edição de Lagos em 1977. É com orgulho e entusiasmo que decidi trazer de novo esta importante manifestação ao Senegal em 2009, em conformidade com as recomendações do Congresso dos Ministros da Cultura do Mundo negro reunidos em Dakar em 1980.
E escolhi um tema tão em voga na atualidade: A Renascença africana. De fato, a África, Mãe-Pátria, tem o dever de contribuir para a emergência de uma civilização Universal na qual todas as culturas deveriam estar representadas num esforço de partilha e afirmação. Tenho a certeza de que Senegal, meu país, com a Terenga (hospitalidade) de seus cidadãos, ajudará para que tal evento aconteça. Este encontro será determinante. Deverá ser uma vitrine de Excelência da fecunda criatividade do mundo negro e, também, um campo de fortalecimento moral e de mobilização de todas as propostas para o desenvolvimento da África.
O FESMAN 2009 permitirá, estou convencido, romper com o materialismo sem alma, através dum diálogo entre as diferentes culturas a fim de restaurar um humanismo que ajudará, num limite mais ou menos longo, a por fim ao terrorismo e à negação do Outro. Foi essencial que todas as nações do mundo, quando aprovaram recentemente na UNESCO, a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade Cultural, tenham-se apercebido da necessidade imperiosa de aceitar o pluralismo e a diferença das culturas. O diálogo cultural, se não erradica, pelo menos, atenuará a dependência econômica da África e sua marginalização política. Aqui, uma vez mais, a Cultura será o verdadeiro eixo do desenvolvimento.
Faço um apelo a todos os Africanos, a todos os filhos da Diáspora, a todos os compatriotas, a todos os patrocinadores prontos a caminhar conosco, Estados, Organismos internacionais, Fundações, empresas, etc. para que contribuam com o êxito esplendoroso deste Festival, para a emergência de uma nova África.
Sua Excelência Mestre Abdoulaye Wade
Presidente da República de Senegal
Presidente do Comitê de Honra
Do FESMAN 2009
Djumá, Cão sem Sorte René Maran. Africa. Literatura Africana. Fanon, Senghor, Diop, Laye, Béti, Ousmane. Negritude. Goncourt Premio. Hampâté Bâ.
Djumá, Cão sem Sorte
René Maran - Goncourt Premio.
editora: Cultura Brasileira
Encadernado em couro e papel fantasia, gravações em dourado do título e autor na lombada, com nervuras à francesa,páginas 236, lindo, livro antigo em muito bom estado de conservação.
Um dos maiores nomes da literatura africana, infelizmente, quase desconhecido entre nós. Primeiro negro a levar o Prêmio Goncourt.
Texto fundamentalíssimo para qualquer estudioso, interessado, amante ou curioso sobre a produção da resistência africana através da literatura no século XX, em pleno colonialismo. Aqui história e literatura se fundem para proporcionar uma compreensão do que foi a europa colonizadora e a resistência, sempre forte, africana...
Maran é considerado um dos pais fundadores da literatura africana de identificação, isto é, a Negritude. dito escandalo para os conservadores europeus, da época... hoje não mais?
Imagine o prezado visitante deste BIBLIOAFRO que Rene Maran, por ocasião de seus lançamentos, foi recebido nesse nipe:
"René Maran perdeu uma bela ocasião de deixar os negros à sua sujidade nativa e de falar-nos de um assunto mais intéressante..."
Certamente os escritos de Maran causaram muita polêmica e fizeram cair por terra muitas mascaras da Europa Colonial, a plena demitificação do bom colonialismo achou aqui um resistente denunciador, falar do negro como um negro, não era uma conduta bem vista para a sociedade de matriz européia culta da época, talvez ainda não seja... o fato é que o Maran marcou época, a negritude muito lhe deve, ainda que pouco divulgado, fez muita polêmica com seus escritos e abriu portas para novas discussões, isso muito tempo antes de Fanon, Senghor, Diop, Laye, Béti, Ousmane, por exemplo.
A literatura negro-africana escrita em francês, inglês, espanhol e português aparece no primeiro quarto do século passado.
O pai francófono desta literatura, que transmite um universo criativo negro em francês, é o escritor guianês René Maran. Em 1921 recebeu o Prêmio Goncourt, dá a partida para a negritude.
Este movimento literário de revalorização cultural, de afirmação de identidade, de denúncia colonial e de dever de memoria nasce à beira do Rio Sena. Os autores da negritude tornam-se célebres em diversas modalidades literárias.
Encontra-se aí tradicionalistas que se alimentam da tradição oral (Amadou Hampâté Bâ, Ousmane Socé Diop…), escritores de crítica social que se apóiam na luta de classes (Ousmane Sembène, Mongo Beti...), numerosos poetas militantes da negritude que privilegiam a luta racial (Senghor, Césaire, Damas, Jacques Rabémananjara, Bernard Dadié, Martial Sinda…) e pesquisadores e ensaístas (Cheikh Anta Diop, Frantz Fanon…).
Na mesma época, no seio da diáspora africana vão surgindo movimentos literários paralelos à negritude francófona. Entre eles cabe destacar o denominado Harlem negro-renascença nos Estados Unidos (Langston Hughes, Countee Cullen, Claude Mc Kay…), indigenismo no Haiti (Jacques Roumain, Jacques-Stephen Alexis…), ou negrismo em Cuba (Nicolas Guillén, Emilio Ballagas, Waltério Carbonell…) e no Brasil (Paulo de Carvalho-Neto…).
Antes do aparecimento no século XX destes movimentos literários negros modernos, houve vários precursores entre os quais a poetisa afro-americana Phillis Wheatley no século XVIII, e os poetas afro-brasileiros João Da Cruz e Souza e Luis Gama no século XIX.
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24 de julho de 2009
RACISMO À BRASILEIRA: RAÍZES HISTÓRICAS. MARTINIANO JOSÉ DA SILVA.
RACISMO À BRASILEIRA: RAÍZES HISTÓRICAS
Autor: MARTINIANO JOSÉ DA SILVA
Editora: THESAURUS
Ano: 1987 Edição: 1ª
Nº de páginas: 308 Medidas: 14 X 21 Encadernação: Brochura Estado de conservação: Muito Bom
Prefácio / Posfácio: CLÓVIS MOURA Observações: BIBLIOGRAFIA
A realidade histórica da discriminação contra os negros(e outras formas de racismo) no Brasi
Assuntos abordados na obra: LEVANTAMENTO DO RACISMO BRASILEIRO LITERATURA E RACISMO:
ESCRITORES NEGROS O RACISMO NO ÂMBITO DA IGREJA E DA UNIVERSIDADE PADRE ANTÔNIO VIEIRA RACISMO SOCIOLOGIA / ETNOLOGIA / POLÍTICA / HISTÓRIA: NEGRO BRASILEIRO RACISMO À BRASILEIRA: RAÍZES HISTÓRICAS MARTINIANO JOSÉ DA SILVA
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22 de julho de 2009
LAENNEC HURBON O DEUS DA RESISTÊNCIA NEGRA.
Autor: LAENNEC HURBON
Título: O DEUS DA RESISTÊNCIA NEGRA
Editora: PAULINAS
Ano: 1988
Páginas:225
Comentário: Livro em bom estado de conservação, encadernado em brochura original. Contém um pequeno dicionário do Vodu.
Com bibliografia sobre o assunto Vodu.
Este livro, com todo aparato científico, é também um canto de revolta e de esperança, no melhor estilo dos profetas. É corajoso, instigante, polémico.
Percebendo o conteúdo revolucionário da religião popular, o Autor, negro, interessa-se pelo "vodu", dedica-se ao seu estudo e concentra aí uma das páginas mais tristes do cristianismo na América Latina: a violência contra a cultura negra, ao tentar extirpar-lhe as crenças e impor aos dominados a religião dos dominantes. Com isso desintegrou a coesão do povo, destruiu seus valores, desprezou sua cultura a tal ponto que, num determinado momento da história, os negros não eram mais negros, mas também não eram mais brancos.
A Igreja confundiu sua particularidade com universalidade; fez-se porta-voz de determinada cultura, no caso, a cultura ocidental; tentou impor aos negros o Deus dos brancos e até uma "alma" branca. Em vez de libertar, alienou.
Felizmente, há sempre alternativa para a fé que perdemos. Se não mais se acredita num Deus particular imposto pela cultura dominante — e aí se insere a teologia da morte de Deus — é porque se prefere acreditar num Deus que, afinal, se revelará a todos os homens no encontro e no diálogo entre todas as culturas.
A publicação deste livro no Brasil, no ano dedicado pela CNBB à causa dos negros, é significativa por ser, afinal, o reconhecimento de que a fé supõe contestação e compromisso com a verdade. E é graças a esse reconhecimento que todo pessimismo dialeticamente se faz esperança.
Incidências culturas e política de uma aproximação teológica do vodu.
Incidências cultural e política do cristianismo
Horizonte teológico da missão da Igreja
A literatura haitiana: protesto contra o catolicismo
O vodu em seu contexto histórico, económico e social
O vodu no contexto histórico
O vodu no contexto económico e social
O vodu como culto pessoal, familiar e coletivo
O vodu como culto pessoal
O vodu como culto familiar e coletivo
Significação do vodu como culto familiar e coletivo
Será o vodu um culto sincrético?
Manifestações do sincretismo
Uma interpretação culturalista-psicológica: Herskovits
Uma interpretação sociológica: Roger Bastide
Situação do sincretismo
Deus cristão ou um Deus específico do vodu?
Dialética da vida e da morte no símbolo da árvore
A árvore do vodu
A árvore, a doença e o poder de simbolização
A árvore e a linguagem da vida e da morte
O universo dos espíritos como linguagem articulada
possessão no quadro cultural do vodu
Os princípios da explicação do mal
Deus fora do sistema
Deus e as interpretações do mal
Em torno da génese dos loas
Em torno da feitiçaria
Em torno de um confronto da concepção do mal no vodu com a narrativa adâmica na tradição cristã.
Deus no horizonte do encontro das culturas
O sincretismo como questionamento da universalidade do cristianismo
O movimento da Revelação: uma dialética da particularidade e da universalidade.
Em direção do fim da supremacia ocidental
Pequeno dicionário do vodu
Bibliografia
Informações Adicionais
Formato 21 x 14 cm
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Outros livros dessa área, caso haja interesse, avise-nos.
Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns
Verger, Pierre
Ed. Edusp - 1999
Vudu e a Arte no Haiti
Sheldon Williams
Portugues (Brasil)
Vudu, O
Hans Krofer
Portugues (Brasil)
Do Vudu à Macumba
Neves,Marcia C A.
Icone Ltda,Editora.
Vodou Visions: An Encounter with Divine Mystery
Sallie Ann Glassman
Paperback - May 2000
Tell my Horse : Voodoo and Life in Haiti and Jamaica
Zora Neale Hurston, Ishmael Reed
Paperback - February 1990
Secrets of Voodoo
Milo Rigaud, et al
Paperback - December 1985
Varieties of African American Religious Experience
Anthony B. Pinn
Paperback - November 1998
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21 de julho de 2009
Jaguaribe Filho, Domingos José Nogueira. Os Herdeiros de Caramuru.
Jaguaribe Filho, Domingos José Nogueira.
Os Herdeiros de Caramuru.
Confederação Abolicionista. - Brasil
1890
livro em capa dura, couro e papel fantasia, em bom estado geral, a lombada esta gasta por se tratrar de encadernação antiga. Miolo em bom estado geral, livro de mais de um século.
Historicamente, o que se sabe é que os primeiros escravos chegaram ao Brasil em 1538, numa nau pertencente a José Lopes Bixorda.
João Ribeiro, em vaga referência, fala em pretos aqui aportados no ano de 1532. Mas Jaguaribe Filho, na sua obra "Os herdeiros de Caramuru", diz que os "negros do Bixorda foram as primeiras sementes que deveriam fecundar a superfície da América Portuguesa".
O primeiro navio negreiro.
onde a filha de caramuru começa a sua boa obra.
O captiveiro - sua origem.
as escravas.
a revolta.
as leis.
os palmares.
os perseguidos.
o capitao Lascoeva.
um leilão de escravos.
Os Systemas algumas considerações a respeito.
as victimas da dedicação a causa da liberdade.
etc...
No seu romance abolicionista Os herdeiros de Caramuru, o dr,Jaguaribe Filho, um dos mais convictos propugnadores da nossa causa, transcreve a carta daquele célebre jesuíta, Nobrega,de 9 de agosto de 1549, em que se vê como foi fabricada pela escravidão a primitiva célula nacional.
Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho
Nasceu em Aracati no Ceará em 02 de novembro de 1848. Filho do Visconde de Jaguaribe e de Dona Clodes Santiago de Alencar Jaguaribe. Diplomou-se com distinção pela academia de medicina do Rio de Janeiro em 1874, foi aperfeiçoar-se em Paris, e veio exercer com brilho sua profissão em São Paulo. Teve duas filhas, Laura e Flora.
Sua tese de medicina era: "Aclimatamento das raças sob o ponto de vista da Colonização do Brasil".
Livros escritos:
Reflexões sobre a colonização no Brasil (1878);
Questões sociais;
Os herdeiros de Caramuru;
Arte de formar homens de bem;
Carta a Sua majestade o Imperador;
Canalização do rio São Francisco para o ceará;
O Município e a República; propaganda em favor do Município;
O veneno moderno;
O Império dos Incas;
Atlântide;
O Brasil antigo, traduzido para o francês pela, Societá dês Antiquités Americanes, mereceu medalha de ouro.
Dedicava-se a pesquisar história junto com seus amigos Capistrano de Abreu e Benedito Calixto.
O Político
O Dr. Jaguaribe foi eleito deputado provincial pelo 8° distrito de São Paulo. Impediu a entrada de escravos, com o imposto de dois contos de reis por cabeça. Libertou os negros de sua fazenda.
Em 1888 foi eleito deputado geral pelo ceará, na última legislatura imperial, sendo candidato da Confederação Abolicionista.
Teve a honra de representar ao mesmo tempo as províncias do Ceará e de São Paulo. Foi médico, lavrador, político e escritos.
Manifestou suas idéias democráticas no Congresso Agrícola de 1878 e se declarou republicano na assembléia de 6 de junho de 1889 conjuntamente com Cesário Alvim, padre João Manuel e Tavares.
Em 1891 foi eleito deputado para o Congresso Constituinte do Estado de São Paulo. Renunciou, porém seu mandato em outubro do mesmo ano desgostoso por ver o seu projeto que criava a escola agrícola e de veterinária, de manifesta utilidade pública, rejeitada pela Câmara. Retirou-se da política em 1892.
O Visconde Jaguaribe, pai de Jaguaribe Filho, era bacharel em direito formado pela Academia de Olinda, em 1870 foi eleito senador pelo Ceará. Foi ministro da guerra em 1871. Condecorado com a medalha da Campanha do Paraguai.
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livros dessa área que possam interessar, caso haja interesse, contacte-nos:
Catão, Olympio. O Negro. [1879]
França Junior, Joaquim José da. Direito por Linhas Tortas. [1871]
Pascual, A. D. de. A Pupilla dos Negros Nagôs ou a Força do Sangue. [1872]
Ribeiro, Maria. Os Cancros Sociaes. [1866]
Magalhães, Valentim. Vinte Contos. [18586]
Guimarães, Pinheiro. O Comendador. [1856]
Leal, Julio Cezar. Scenas da Escravidão. [1872]
Souza, Teixeira e. Maria ou A Menina Roubada. [1852]
Amalas a Cozinha Africana Jose Ribeiro.
Amalas a Cozinha Africana
Jose Ribeiro.
editora: Espiritualista
bom estado de conservacao.
AMALÁS - José Ribeiro.
A Cozinha Africana
Editora Espiritualista - 1969 - 109pg.
bom estado de conservação, brochura, escasso, saiba mais...
Levei muito tempo a pesquisar e a comparar notas para ter uma idéia exata do que se come e se bebe nos candomblés da Bahia. Entrei em contato com todas as quituteiras e o resultado está aqui.
Preferi também registrar o que tenho comido desde que nasci e o que vi se comer. Não fui por informações graciosas.
Tomei por base os ensinamentos que me foram transmitidos pela minha querida Mãe (Kilú), que durante quase meio século fez delicias para muita gente graúda, preperando sempre bons pratos da comida africana.
Os doces, comidas, bebidas, usos e costumes vão aí mencionados sempre que possível com elucidações a respeito; quis assim ser exato no que ouvi, li e recolhi.
Aviso aqui aos leitores que toda e qualquer comida que for destinada ao Orixá deve ser preparada em panela de barro e cozinhada em fogão de lenha ou carvão, como também mexido com colheres de pau.
A cozinha africana pertence a duas categorias: uns destinados ao culto africano e outros ao público em geral.
A preparar a comida de santo, joga-se o búzio ou a lubaça (cebola) para se ter certeza se foi aceita as obrigações.
Cumpre-me esclarecer que nós baianos não utilizamos o termo "refogado". O repassar em gordura ou azeite a ferver com cebola e outros temperos chama-se rechear. Logo quando o baiano diz que vai rechear a carne já se sabe que vai refogar.
Amalás,a cozinha africana, obra que me foi pedida pela editora Espiritualista para preencher a vontade de muitos irmãos de fé está pois em vossas mãos.
Está, assim feita a apresentação deste livro que tras o título "AMALÁS", (A Cozinha Africana) no qual deposito grande confiança e a certeza de que será recebido com o mesmo carinho das demais obras por mim escritas.
DADOS DO LIVRO: Brochura, capa flexível. Texto íntegro, miolo em ótimo estado de conservação.
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Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.
Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.
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Construtivismo Afetivo Emanoel Araújo Candomblé Yorubá Nagô.
Construtivismo Afetivo Emanoel Araújo Candomblé Yorubá Nagô.
Autor: Jacob Klintowitz
Título: O Construtivismo Afetivo de Emanoel Araújo
Editora: Raizes
Ano: 1981
Páginas: 158
Emanoel de Araújo é um dos mais autÊnticos representantes da iconografia do candomblé e da ilustração da religião dos orixás.
Comentário : Livro em bom estado de conservação, com capa dura e sobrecapa original.
Formato grande. Rico em ilustrações, Tiragem limitada a 2.000 exemplares.
texto crítico de Jorge Amado, Mario Barata, Prefácio de P.M.Bardi, Introdução de C.P. Valladares, Texto Jacob Klintowitz.
Veja-se as renomadas obras sobre o panteão Yorubá Nagô, onde o Candomblé assenta suas raízes. Expressivo autor e divulgador da cultura e da religião dos Orixás.
Nós acreditamos que a indústria pode e deve contribuir efetivamente para a vida cultural do país. No ano de 1989 nós homenageamos o grande artista Aldo Bonadei com a edição do primeiro livro sobre a sua obra. Agora, no ano de 1981, a nossa escolha foi Emanoel Araújo, um artista atuante e estimulante. Nós encontramos no seu trabalho um dado que nos é gratificante. Emanuel Araújo incorpora no seu trabalho uma nova perspectiva da arquitetura e das relações arte-ecologia. Nós, que nos dedicamos exclusivamente a atividades industriais, estamos conscientes de que a arte e a ecologia são fatores fundamentais para a construção de uma nova civilização mais humana e evolutiva...
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Pequeno Bandeirante Lino Guedes Legião Negra Henriques 1932.
Pequeno Bandeirante Lino Guedes Legião Negra Henriques 1932.
Autor: Lino Guedes
Titulo: O pequeno Bandeirante Poemas
Editora: Cruzeiro do Sul
Ano: 1937
Comentario: Livro em bom estado de conservação, encadernação em brochura original.Lombada com um pequeno desgaste.
Com muitas ilustraçõespor Messias, Revolução paulista de 1932, Marcha dos Henriques,
Prefácio de Del Picchia.
Anacleto Guimarães, Legião Negra, etc....
Com dedicatória e assinatuda do autor....
Negro preto cor da noite, nunca te esqueças do açoite que cruciou tua raça em nome dela somente faze com que a nossa gente um dia gente se faça!. Os versos aqui citados são do poeta negro brasileiro Lino Guedes, morto no dia 4 de março de 1951. Nascido em Socorro, SP, em 24 de junho de 1897, Lino de Pinto Guedes foi primeiro poeta negro brasileiro do século XX que assumiu em suas obras, uma postura cristã, simples e convencional a todos os mortais.
Voz para a negritude
Lino Guedes foi o primeiro poeta negro que neste século, como escritor, se aceitou negro e publicou as "conseqüências". Poeta que, logo após a morte de Lima Barreto, em 1922, dava a lume o seu "Canto do Cisne Negro" (1926), tornando-se, com isso - como exigem alguns - o iniciador da "negritude" no Brasil. E é sobre ele que, no fogo do entusiasmo, um seu companheiro de jornalismo, o mulato Judas Isgorogota, em 1929, profetizava, pela Gazeta: "Nenhum poeta negro das Américas jamais se igualará a Lino Guedes, neste aspecto de sua arte e de seu pensamento, calmo, simples, puto, cristão. Aqui não há revoltas nem anseios impossíveis; - há compreensão humana dos dramas humanos, sentida e propagada através de uma poesia que fala diretamente àqueles que vão encontrar nela o bálsamo salvador da simplicidade, da bondade... (...) Esta poesia tem uma função social que nem todos percebem, mas que eu sinto, e isto me basta". De todos os poetas negros que passaram pela Imprensa Negra nas primeiras décadas do século, é o único que fez alguma fortuna literária. Tanto que em 1954, três anos após sua morte, anunciava-se uma edição completa de suas obras, compreendendo vários gêneros literários: poesia, conto, romance, ensaio, biografia, etc.
O personagem:
João da Cruz e Souza ainda vivia no Rio de Janeiro e havia terminado de escrever "Evocações e Faróis", quando em Socorro (SP), no dia 24 de junho de 1897, nascia Lino de Pinto Guedes, mais comumente chamado Lino Guedes ou, como pseudônimo literário, Laly. Os pais de Lino foram os ex-escravos José Pinto Guedes e Benedita Eugênia Guedes. Foi criado em Campinas, onde se diplomou pela Escola Normal "Antônio Álvares" e ainda jovem iniciou carreira de jornalista no Diário do Povo e no Correio Popular, daquela cidade. Trabalhou após no Jornal do Comércio, n'O Combate, no A Razão, no São Paulo - Jornal, Correio de Campinas, Correio Paulistano e no Diário de São Paulo, onde por muitos anos chefiou a Revisão. Teve também atuação na Imprensa Negra, sendo redator-chefe de Getulino, na década de 20. Em 1924, acompanhava-o na direção desse jornal o contista de Malungo, Gervásio Morais, que o secretariava. Lino Guedes teve boas relações de amizade com escritores respeitados em São Paulo. E recebeu comentários, com elogios, de nomes como Coelho Neto, João Ribeiro - o autor do clássico "O Folclore" (estudos de literatura popular); de Silveira Bueno. Mas nem sempre foi apreciado na coletividade negra paulistana. Apesar de fazer do negro tema de seus versos, é acusado às vezes de certo escapismo no que dizia respeito à luta social do elemento afro-brasileiro. No entanto isso, no caso deste comentário, não é o mais importante.
OBRAS:
"Luiz Gama e sua individualidade literária" (1924);
"Black" (1926);
"Ressurreição negra" (1928);
"O Canto do Cisne Preto" (1926);
"Urucungo" (1936);
"Negro Preto Cor da Noite" (1936);
"O Pequeno Bandeirante, Mestre Domingos" (1937);
"Sorrisos de Cativeiro" (1938);
"Vigília de Pai João, Ditinha" (1938);
"Nova Inquilina do Céu, Suncristo" (1951).
Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.
Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.
Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.
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A Descoberta Do Frio Oswaldo Camargo Poeta Negro Afro-brasil.
A Descoberta Do Frio Oswaldo Camargo Poeta Negro Afro-brasil.
Autor: Oswaldo de Camargo
Título: A Descoberta do Frio
Editora: Edições Populares
Ano: 1979
Páginas: 94
Comentário: Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original.
Com dedicatória e assinatura do autor.
Apresentação de Clovis Moura. Ilustrado por Luiz Boralli.
Oswaldo de Camargo tem, não digo o privilégio, mas a oportunidade excepcional de abrir uma picada nova na nossa novelística, colocando em primeiro plano os problemas sociais e existenciais do negro brasileiro.
E não por acaso que este livro surge agora, com tanta força de expressão. Pelo contrario ele vem como corolário de todo um movimento de lutas que se está cristalizado atualmente, adquire dimensão e estatura maiores, ocupa espaço sociais até então interditos e elabora uma ideologia através da qual o negro se organizará e criará uma Praxis...
Grande nome da intelectualidade brasileira, e porque não mundial. Para nós está no mesmo nipe de Milton Santo e Senghor, para ficar em dois apenas. Grande figura humana e conhecedor profundo da realidade do negro da alma à pele....
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Castro Alves Ensaio De Comprehensão Edison Carneiro
Castro Alves Ensaio De Comprehensão Edison Carneiro. Dois grandes nomes da temática afro-brasileira.
Autor: EDISON CARNEIRO
Tìtulo: CASTRO ALVES ENSAIO DE COMPREHENSÃO
Editora: JOSÉ OLYMPIO
Ano: 1937
Páginas:137
Comentário : LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO,As 2 primeiras paginas estão soltas, nada que prejudique a leitura.
Encadernado em capa dura manteve-se a capa brochura original.
ASSINADO E AUTOGRAFADO PELO AUTOR.
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Autor: EDISON CARNEIRO
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Ano: 1937
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Vigília de Pai João – Abolição Escravos História Poesia Etc Lino Guedes - Poeta Negro.
Vigília de Pai João – Abolição Escravos História Poesia Etc
Lino Guedes - Poeta Negro
editora: Do Autor
ano: 1938
descrição: livro muito dificil,coda1b, muito bom estado, escasso, não perca.
Guedes, Lino. No cinquentenário da Abolição da Escravatura. O ritmo na música e na dança foi central para a sobrevivência e desenvolvimento da vida cultural dos escravos num ambiente hostil. Também fundamental para manter viva a cultura negra foi a ambigüidade da busca de um espaço velado para expressão dentro de um sistema opressivo. Essa ambigüidade aparece em Vigília: ritmo é, ao mesmo tempo, veículo da mensagem de liberdade e meio de disciplinar o trabalho. Mais além, música e dança expressam a dor e a saudade da África e afirmam uma identidade oprimida. O que Guedes chama em momentos diferentes do poema de “batuque”, “samba”, ou “pagode” é expressão simultânea de dor e alívio, contraponto e consolo ao sofrimento, expressão da dor e ...
Em Lino Guedes encontramos um dos primeiros esforços para articular um discurso literário que dotasse o negro brasileiro de subjetividade e capacidade cognitiva próprias. Em Vigília de Pai João, poema dramático publicado em 1938 no cinqüentenário da abolição da escravatura, a dificuldade de acesso à obra justifica breve resumo. Os personagens são escravos duma fazenda de café, reunidos à noite em torno da fogueira tocando tambores, dançando e conversando. O mais velho deles, Pai João, lembra a infância na África, a captura por traficantes, a dura jornada até a costa, a terrível travessia do oceano e a chegada ao Brasil. Revela-se então um plano: a mando de Pai João, o escravo Dicto dopou os vigias, possibilitando uma fuga em massa. Só Pai João, já idoso, permanecerá na fazenda soando o tambor para que pensem que estão todos ainda reunidos em torno da fogueira, dando aos companheiros tempo para escapar. Perguntado sobre haver tentado fugir, Pai João conta sua fuga para o Quilombo e a volta ao cativeiro por causa de Mãe Maria, a companheira já falecida, que ficara na fazenda. Na despedida Pai João adverte os companheiros sobre as dificuldades que os esperam e faz uma oração pedindo pela proteção divina na jornada à liberdade. Sozinho em cena, Pai João toca o seu tambor e faz uma evocação ao “banzo” que fecha a peça.
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ano: 1938
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Guedes, Lino. No cinquentenário da Abolição da Escravatura. O ritmo na música e na dança foi central para a sobrevivência e desenvolvimento da vida cultural dos escravos num ambiente hostil. Também fundamental para manter viva a cultura negra foi a ambigüidade da busca de um espaço velado para expressão dentro de um sistema opressivo. Essa ambigüidade aparece em Vigília: ritmo é, ao mesmo tempo, veículo da mensagem de liberdade e meio de disciplinar o trabalho. Mais além, música e dança expressam a dor e a saudade da África e afirmam uma identidade oprimida. O que Guedes chama em momentos diferentes do poema de “batuque”, “samba”, ou “pagode” é expressão simultânea de dor e alívio, contraponto e consolo ao sofrimento, expressão da dor e ...
Em Lino Guedes encontramos um dos primeiros esforços para articular um discurso literário que dotasse o negro brasileiro de subjetividade e capacidade cognitiva próprias. Em Vigília de Pai João, poema dramático publicado em 1938 no cinqüentenário da abolição da escravatura, a dificuldade de acesso à obra justifica breve resumo. Os personagens são escravos duma fazenda de café, reunidos à noite em torno da fogueira tocando tambores, dançando e conversando. O mais velho deles, Pai João, lembra a infância na África, a captura por traficantes, a dura jornada até a costa, a terrível travessia do oceano e a chegada ao Brasil. Revela-se então um plano: a mando de Pai João, o escravo Dicto dopou os vigias, possibilitando uma fuga em massa. Só Pai João, já idoso, permanecerá na fazenda soando o tambor para que pensem que estão todos ainda reunidos em torno da fogueira, dando aos companheiros tempo para escapar. Perguntado sobre haver tentado fugir, Pai João conta sua fuga para o Quilombo e a volta ao cativeiro por causa de Mãe Maria, a companheira já falecida, que ficara na fazenda. Na despedida Pai João adverte os companheiros sobre as dificuldades que os esperam e faz uma oração pedindo pela proteção divina na jornada à liberdade. Sozinho em cena, Pai João toca o seu tambor e faz uma evocação ao “banzo” que fecha a peça.
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Rego Imaginário Umbanda Paulo Oliveira Religiao Afro Brasil. Religioẽs africanas no Brasil. Ritos. Candomble. Ifá. Iconografia.
Autor: PAULO OLIVEIRA - colaboração especial de - GERCILGA D'ALMEIDA
Tìtulo: REGO E O IMAGINÁRIO DA UMBANDA
Editora: DÓREA BOOKS AND ART
Ano: 1995
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, COM CAPA DURA ORIGINAL.FORMATO GRANDE, MUITAS FOTOS EM PAPEL COUCHE, ESCULTURA: ARTE PLÁSTICA, GLOSSÁRIO.
Livro em ótimo estado de conservação, com capa dura sobre capa original.
bilingue, em papel especial couche, formato grande, glossário, opniões de Alexandre Dórea Ribeiro e Emanoel Araujo, tiragem especial e limitada, contem muitas fotos coloridas com ótima definição.
A edição deste livro foi possível graças ao empenho do psicólogo e analista Paulo Oliveira e da colaboração de Gercilga d' Almeida, uma estudiosa das antigas civilizações, semiótica, mitologia, e artes em geral, que também dissecaram a complexa obra do artista, um trabalho que traduz, em escultura, os signos e símbolos da umbanda...
Sincretismo e sincretismo,
Ferro e madeira na estética da vida por gercilga d' Almeida,
Fortuna Major,
Decodificando uma instalação em frankfurt.
Glossário.
Bibliografia
Apendice.
Sol fa do re, uma quarta do Oráculo de Ifá ressoa na arte brasileira.
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Ano: 1995
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Livro em ótimo estado de conservação, com capa dura sobre capa original.
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Ferro e madeira na estética da vida por gercilga d' Almeida,
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Apendice.
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19 de julho de 2009
Estudo Psicanalítico dos Rituais Afro-brasileiros. La Porta E. - Edição Ilustrada.
Estudo Psicanalítico dos Rituais Afro-brasileiros.
La Porta E. - Edição Ilustrada
editora: Atheneu
ano: 1979
descrição: a17b. bom estado, esgotado há tempos. não perca. Sobre uma dança de Oyá (a deusa iorubá dos ventos) lemos a seguinte interpretação: Este mito, dançado no terreiro, quando tocam as rezas para Oyá, tem realmente um sentido edípico: Ogum é um Édipo Africano que dorme no seio materno, após o que sua mãe vai ter relações genitais com o pai. Quando acorda, de espada em punho, tenta realizar o parricídio. Ademais a espada é um símbolo fálico e a agressão de Ogum a Oyá deve significar um coito sádico com a mãe e sua destruição. Um livro de referencia a qualquer estudioso do assunto que se preze. Temos outros livros sobre a biblioagrafia afro-brasileira. Consulte-nos.
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OS CONDENADOS DA TERRA Autor: FRANTZ FANON. Pref. Sartre.
OS CONDENADOS DA TERRA
Autor: FRANTZ FANON
Editora: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
Ano: 1979 Edição: 2
Nº de páginas: 275
Medidas: 13 X 21
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom
Prefácio / Posfácio: PREFÁCIO DE JEAN-PAUL SARTRE.
Assuntos abordados na obra: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA: INDEPENDÊNCIA DA ARGÉLIA: FRANÇA POLÍTICA: ARGÉLIA: ANTICOLONIALISMO: GUERRA COLONIAL VIOLÊNCIA: PERTURBAÇÕES MENTAIS
OS CONDENADOS DA TERRA
FRANTZ FANON
(…) Há séculos que a Europa deteve o progresso dos outros homens e os submeteu aos seus desígnios e à sua glória; há séculos que, em nome de uma falsa “aventura espiritual” sufoca quase toda a humanidade. Olhem-na hoje a oscilar entre a desintegração atómica e a desintegração espiritual (…).
“ A Europa adquiriu tal velocidade, louca e desordenada, que escapa agora a qualquer condutor, a qualquer razão e atinge uma vertigem terrível num abismo de que devemos afastar-nos o mais rapidamente possível “.
“Decidamos não imitar a Europa e orientemos os nossos músculos e os nossos cérebros numa direcção nova. Tratemos de inventar o homem total que a Europa foi incapaz de fazer triunfar “.
“Realizaremos todos juntos e em qualquer parte o socialismo revolucionário ou seremos derrotados um a um pelos nossos tiranos”.
Frantz Fanon nasceu em 1925, na Martinica.
Médico psiquiatra dedicou-se à neuro cirurgia num hospital Argelino.
Expulso em 1957 por pertencer à FLNA (frente de libertação nacional argelina) fixou-se na Tunísia até à sua morte em 1961.
A violência que presidiu a instauração do mundo colonial e provocou incansavelmente a destruição das formas sociais autóctones demoliu sem restrição os sistemas de referência da economia, as formas de aparência, de indumentária, será reivindicada e assumida pelo colonizado, no momento em que, decidindo ser a história em atos, a massa colonizada investir as cidades proibidas. Explodir o mundo colonial é então uma imagem de ação muito clara, muito compreensível, que pode ser retomada pelos indivíduos que constituem o povo colonizado.” – Frantz Fanon
FRANTZ FANON E OS CONDENADOS DA TERRA
Frantz Fanon (1925-1961) nasceu na ilha de Martinica, território francês situado na América Central. Ainda jovem, durante a Segunda Guerra, percorreu a África do Norte como soldado. Em 1946, inscreve-se na Faculdade de Medicina de Lyon na França e aproveita sua estadia também para adquirir uma formação sólida em filosofia e literatura, seguindo cursos de Jean Lacroix e de Merlau-Ponty, bem como, lendo obras de Sartre, Kierkegaard, Hegel, Marx, Lenin, Husserl e Heidegger, entre outras. Após terminar o curso de medicina em 1951, retorna a Martinica e mais tarde volta para a África, tornando-se médico-chefe na clínica psiquiátrica de Blida-Joinville. Torna-se argelino engajando-se com os argelinos na luta pela libertação do país que sofria o jugo colonial francês desde 1830. Por várias vezes participou de congressos pan-africanos como membro da delegação da Argélia, tornando-se um importante porta-voz do país. Contraindo leucemia em 1960, continua suas atividades intelectuais vindo a morrer em dezembro de 1961. A independência da Argélia ocorrerá no ano seguinte, em 1962.
Utilizando o conceito de alienação desenvolvido por Hegel e Marx, Fanon analisa os mecanismos de dominação na formação da consciência do povo colonizado, destacando os dois pólos antagônicos na situação colonial: o colonizador e o colonizado. Em “Os Condenados da Terra” escreve:
"é o colonizador quem tem feito e continua a fazer o colonizado. O colonizador tira sua verdade, isto é, seus bens, do sistema colonial.”
Este antagonismo é acentuado pelo racismo contra o colonizado, tido como preguiçoso, impulsivo e selvagem. O colonizado introjeta a dominação vivendo um complexo em que passa a negar-se como negro a fim de se pretender um "negro-branco". Escreve Fanon:
"Todo povo colonizado, isto é, todo povo no seio do qual nasce um complexo de inferioridade, de colocar no túmulo a originalidade cultural local - se situa frente-a-frente à linguagem da nação civilizadora, isto é, da cultura metropolitana. O colonizado se fará tanto mais evadido de sua terra quanto mais ele terá feito seus os valores culturais da metrópole. Ele será tanto mais branco quanto mais tiver rejeitado sua negrura...”
Em “Os condenados da Terra” encontramos um livro de impacto considerável para geração dos anos 60. Alimentou os ideais de transformação e construção de uma sociedade melhor na Argélia e por toda a África. Um livro revelador para a massa colonizada, pois mostrava quem lhes feria a pele e a alma e lhes negava o ser. Uma das pedras angulares na luta anticolonial, sobretudo porque apontava para a descolonização e a inevitabilidade da revolução na África, na Ásia e na América.
Segundo Fanon, o colonizado à medida que compreendia a força que lhes negava o ser explodia em fúria. Entendia que o trabalho do colono é tornar impossível até seus sonhos de liberdade. Ele descobre o real, que dá movimento a sua praxis, no seu projeto de libertação.
Para Sartre, Fanon mostrou o caminho, foi porta-voz dos combatentes, reclamou união, a unidade do continente africano contra todas as discórdias e todos os particularismos.
Fanon conduz a população colonizada na compreensão das artimanhas da colonização. Explica que entre os métodos empreendidos pelo colono é a alienação colonial que tinha o objetivo de convencer os indígenas de que o colonialismo devia arrancá-los das trevas. Para o colonizado o papel do colono era mantê-lo longe da barbárie e da animalização. Dizia:
“no plano do inconsciente, o colonialismo não pretendia ser visto pelo indígena como uma mãe doce e bondosa que protege o filho contra um ambiente hostil, mas sob a forma de uma mãe que a todo momento impede um filho fundamentalmente perverso de se suicidar, de dar livre curso a seus instintos maléficos. A mãe colonial defende o filho contra ele mesmo, contra seu ego, contra sua fisiologia, sua biologia, sua infelicidade ontológica”.
Numa situação como essa, o trabalho do intelectual colonizado será o de reivindicar o passado de sua cultura nacional, para que assim, haja uma cultura nacional futura. Valorizando o passado, tirando dele a cultura e exibindo todo o seu esplendor.
Segue expondo os detalhes da desagradável estrutura psicológica que atormenta o colonizado. Constata que no período de colonização quando a soma de excitações nocivas ultrapassa um certo limite, as posições defensivas dos colonizados desmoronam, e estes se vêem então em grande número nos hospitais psiquiátricos. Há, portanto, segundo Fanon, nesse período de colonização vitoriosa, uma regular e séria patologia produzida diretamente pela opressão.
Alguns meses antes de morrer Fanon escreve uma carta a Roger Tayeb, seu amigo, em que trata da questão da morte e o sentido da vida. Ele diz que a morte sempre nos acompanha e que "nós não somos nada sobre a terra, se não somos, desde logo, cativos de uma causa, a dos povos, da justiça e da liberdade."
Referência Bibliográfica:
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. 2º ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.
Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.
Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.
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Autor: FRANTZ FANON
Editora: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
Ano: 1979 Edição: 2
Nº de páginas: 275
Medidas: 13 X 21
Encadernação: Brochura
Estado de conservação: Bom
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Assuntos abordados na obra: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA: INDEPENDÊNCIA DA ARGÉLIA: FRANÇA POLÍTICA: ARGÉLIA: ANTICOLONIALISMO: GUERRA COLONIAL VIOLÊNCIA: PERTURBAÇÕES MENTAIS
OS CONDENADOS DA TERRA
FRANTZ FANON
(…) Há séculos que a Europa deteve o progresso dos outros homens e os submeteu aos seus desígnios e à sua glória; há séculos que, em nome de uma falsa “aventura espiritual” sufoca quase toda a humanidade. Olhem-na hoje a oscilar entre a desintegração atómica e a desintegração espiritual (…).
“ A Europa adquiriu tal velocidade, louca e desordenada, que escapa agora a qualquer condutor, a qualquer razão e atinge uma vertigem terrível num abismo de que devemos afastar-nos o mais rapidamente possível “.
“Decidamos não imitar a Europa e orientemos os nossos músculos e os nossos cérebros numa direcção nova. Tratemos de inventar o homem total que a Europa foi incapaz de fazer triunfar “.
“Realizaremos todos juntos e em qualquer parte o socialismo revolucionário ou seremos derrotados um a um pelos nossos tiranos”.
Frantz Fanon nasceu em 1925, na Martinica.
Médico psiquiatra dedicou-se à neuro cirurgia num hospital Argelino.
Expulso em 1957 por pertencer à FLNA (frente de libertação nacional argelina) fixou-se na Tunísia até à sua morte em 1961.
A violência que presidiu a instauração do mundo colonial e provocou incansavelmente a destruição das formas sociais autóctones demoliu sem restrição os sistemas de referência da economia, as formas de aparência, de indumentária, será reivindicada e assumida pelo colonizado, no momento em que, decidindo ser a história em atos, a massa colonizada investir as cidades proibidas. Explodir o mundo colonial é então uma imagem de ação muito clara, muito compreensível, que pode ser retomada pelos indivíduos que constituem o povo colonizado.” – Frantz Fanon
FRANTZ FANON E OS CONDENADOS DA TERRA
Frantz Fanon (1925-1961) nasceu na ilha de Martinica, território francês situado na América Central. Ainda jovem, durante a Segunda Guerra, percorreu a África do Norte como soldado. Em 1946, inscreve-se na Faculdade de Medicina de Lyon na França e aproveita sua estadia também para adquirir uma formação sólida em filosofia e literatura, seguindo cursos de Jean Lacroix e de Merlau-Ponty, bem como, lendo obras de Sartre, Kierkegaard, Hegel, Marx, Lenin, Husserl e Heidegger, entre outras. Após terminar o curso de medicina em 1951, retorna a Martinica e mais tarde volta para a África, tornando-se médico-chefe na clínica psiquiátrica de Blida-Joinville. Torna-se argelino engajando-se com os argelinos na luta pela libertação do país que sofria o jugo colonial francês desde 1830. Por várias vezes participou de congressos pan-africanos como membro da delegação da Argélia, tornando-se um importante porta-voz do país. Contraindo leucemia em 1960, continua suas atividades intelectuais vindo a morrer em dezembro de 1961. A independência da Argélia ocorrerá no ano seguinte, em 1962.
Utilizando o conceito de alienação desenvolvido por Hegel e Marx, Fanon analisa os mecanismos de dominação na formação da consciência do povo colonizado, destacando os dois pólos antagônicos na situação colonial: o colonizador e o colonizado. Em “Os Condenados da Terra” escreve:
"é o colonizador quem tem feito e continua a fazer o colonizado. O colonizador tira sua verdade, isto é, seus bens, do sistema colonial.”
Este antagonismo é acentuado pelo racismo contra o colonizado, tido como preguiçoso, impulsivo e selvagem. O colonizado introjeta a dominação vivendo um complexo em que passa a negar-se como negro a fim de se pretender um "negro-branco". Escreve Fanon:
"Todo povo colonizado, isto é, todo povo no seio do qual nasce um complexo de inferioridade, de colocar no túmulo a originalidade cultural local - se situa frente-a-frente à linguagem da nação civilizadora, isto é, da cultura metropolitana. O colonizado se fará tanto mais evadido de sua terra quanto mais ele terá feito seus os valores culturais da metrópole. Ele será tanto mais branco quanto mais tiver rejeitado sua negrura...”
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Segundo Fanon, o colonizado à medida que compreendia a força que lhes negava o ser explodia em fúria. Entendia que o trabalho do colono é tornar impossível até seus sonhos de liberdade. Ele descobre o real, que dá movimento a sua praxis, no seu projeto de libertação.
Para Sartre, Fanon mostrou o caminho, foi porta-voz dos combatentes, reclamou união, a unidade do continente africano contra todas as discórdias e todos os particularismos.
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“no plano do inconsciente, o colonialismo não pretendia ser visto pelo indígena como uma mãe doce e bondosa que protege o filho contra um ambiente hostil, mas sob a forma de uma mãe que a todo momento impede um filho fundamentalmente perverso de se suicidar, de dar livre curso a seus instintos maléficos. A mãe colonial defende o filho contra ele mesmo, contra seu ego, contra sua fisiologia, sua biologia, sua infelicidade ontológica”.
Numa situação como essa, o trabalho do intelectual colonizado será o de reivindicar o passado de sua cultura nacional, para que assim, haja uma cultura nacional futura. Valorizando o passado, tirando dele a cultura e exibindo todo o seu esplendor.
Segue expondo os detalhes da desagradável estrutura psicológica que atormenta o colonizado. Constata que no período de colonização quando a soma de excitações nocivas ultrapassa um certo limite, as posições defensivas dos colonizados desmoronam, e estes se vêem então em grande número nos hospitais psiquiátricos. Há, portanto, segundo Fanon, nesse período de colonização vitoriosa, uma regular e séria patologia produzida diretamente pela opressão.
Alguns meses antes de morrer Fanon escreve uma carta a Roger Tayeb, seu amigo, em que trata da questão da morte e o sentido da vida. Ele diz que a morte sempre nos acompanha e que "nós não somos nada sobre a terra, se não somos, desde logo, cativos de uma causa, a dos povos, da justiça e da liberdade."
Referência Bibliográfica:
FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. 2º ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
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Homem Trinta Anos J Bahia Paulo Gonçalves Teatro Poeta Negro.
Autor: Juares Bahia
Título: Um homem de trinta anos
Editora: Martins
Ano: 1964
Páginas: 127
Comentário : Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original. Com um pequeno, minimo, rasgo na parte superior somente da da capa, vide foto. Miolo em perfeito estado. Ilustrado. Escasso. Aproveite.
Edição numerada Nº 0009. Vida e poesia de Paulo Gonçalves. Prefácio de Fernando Góes.
Uma verdadeira preciosidade bibliografica de um dos maiores nomes de nosso teatro e poesia, idealista fundador do Partido da Mocidade da SanFran (Direito USP).
Francisco de Paula Gonçalves, conhecido como Paulo Gonçalves, (Santos, 2 de abril de 1897 - Santos, 8 de abril de 1927) foi um poeta e dramaturgo brasileiro.
Paulo Gonçalves, cujo nome civil era Francisco de Paula Gonçalves, nascido em Santos, a 2 de abril de 1897, possuía três graves 'defeitos' (ou qualidades) para a nossa sociedade: era preto, pobre e poeta. Não contente com isso, tornou-se também jornalista e escritor teatral. E apesar de seu corpo material ter-se ido tão cedo, aos 30 anos, em oito de abril de 1927, legou-nos uma obra rica.
Iara foi seu primeiro livro de poemas, datado de 1920 e também seu último em vida. Foi nele que o poeta lírico se expressou de forma mais intensa.
'Eu não sou poeta, você sim, Paulo, é poeta', palavras de Martins Fontes, numa roda literária onde se lia o livro de Paulo Gonçalves.
'... A nuvem de ouro de seus cabelos está suspensa
Sobre a discreta melancolia de meu sorriso'.
Lírica de Frei Angélico foi seu segundo livro, de certo modo fragmentado, trazendo a vivência do poeta santista com Sergipe, onde ele seduziu-se pelas rendeiras do lugar. Escreveu também textos dramáticos em versos Núpcias de D. João Tenório - Quando as fogueiras se apagam - O Juramento - Em prosa, As Noivas e As Mulheres que não querem Almas.
Preciosidade teatral: A Comédia do Coração, infelizmente (ou não) esquecida e ignorada pelos nossos teatrólogos de plantão.
O neto da parteira negra Maria Patrícia também enveredou pelos caminhos da política e curtiu paixão platônica por uma telefonista, que muitos sugerem que se chamava Iara.
Poeta que, quando menino, delirava com gravuras, vitrais e imagens de santos. E um dia desvendou o mistério da lira.
Era filho de Benvinda Fogaça Gonçalves e Manuel Alexandre Gonçalves. Exerceu a função de jornalista em diferentes periódicos em São Paulo e em Santos. Foi autor de peças teatrais, do período simbolista, de elevado refinamento e de grande sucesso. Foram seus contemporâneos, envolvidos intensamente com sua produção teatral, figuras expoentes do teatro brasileiro tais como Oduvaldo Viana, Leopoldo Fróes, Procópio Ferreira e Iracema de Alencar.
Sua produção na dramaturgia inclui as peças em verso: "Núpcias de D. João Tenório", "Quando as Fogueiras se Apagam", "O Juramento" e "1830".
Foi, também, autor das peças em prosa: "As Noivas", "As Mulheres não Querem Almas" e " A Comédia do Coração".
Foi, ainda, um poeta de rara sensibilidade, cuja obra só não é mais extensa dada sua morte prematura.
O "poeta do coração", como era chamado, foi contemporâneo de Vicente de Carvalho e de Martins Fontes, também poetas santistas de grande reconhecimento nos meios literários. Sua única obra poética publicada foi "YARA", que é uma coletânea de poemas vinda a público em 1922. Um segundo livro, "Lírica de Frei Angélico", fragmentário e na forma de manuscrito não chegou a ser publicado devido à morte do poeta. Idealista, foi, também, um dos fundadores do Partido da Mocidade, em 1925, tendo sido esse um movimento cívico de protesto contra os processos de corrupção e os processos políticos retrógrados que vigoravam no Brasil na década de 1920.
O texto a seguir foi transcrito de um manuscrito inédito, e demonstra a refinada sensibilidade e o lirismo poético de Paulo Gonçalves:
De como nasci para a poesia
Em menino, o meu maior enlevo era ver gravuras. Delirava de contentamento quando me levavam à igreja, a ver os vitrais e as imagens dos santos. Um dia, por suprema contemplação, meu pai consentiu que eu folheasse, depois de ensaboar devidamente as mãos, um Lusíadas enorme que havia em sua biblioteca, e que eu namorava em choros perenes. Tão demoradamente e com tanta volúpia contemplei as ilustrações da epopéia lusa que ainda hoje sei de cor. De todas, porém, a que mais me impressionou foi o retrato de Camões, no seu tabardo cor-de-rosa, todo em pregas, no colo a lira divinatória e um solene ar de domínio no olho único. Graças à paciência de meu pai, fiquei sabendo o sentido da palavra poeta e que a poesia era a linguagem dos deuses. Facilmente acreditei na veracidade da metáfora, pois já havia notado que em dias de festa em casa, enquanto alguém recitava, os ouvintes se perdiam em atitudes de êxtase. Meu pai se esqueceu de revelar-me o simbolismo da lira. Daí o perigo. Desabrochou-se n?alma o capricho de ser poeta, menos pelo orgulho do título que pela fascinação do encantado instrumento. Confesso de coração aberto que esse desejo não constituiu uma precoce revelação de gênio. Absolutamente. Não quero iludir a boa fé dos pósteros. Desejei uma lira como poderia desejar um espadim ou um cavalo de pau...
---
Ora, dá-se o caso que, propiciando um idílio dominical aos namorados, havia no meu lugarejo uma filarmônica. Os músicos pareciam generais nas suas fardas oirejantes. O jardim ficava vedado por um gradil de ferro, onde por vezes me dependurava para assistir à passagem da banda; mas o povo ondeava, aberto em alas à minha frente, tapando os olhos curiosos. Só uma vez consegui vê-la, de perto, faiscante ao sol, no rigor da marcha marcial. Logo na primeira fila, vinha o tocador da lira, bigodudo e gordalhudo. Foi um espanto. Alei-me à casa:
- Papai, diga o nome de um poeta italiano.
- Poeta italiano... Dante.
- Pois eu vi Dante !
Meu pai, sorrindo, beijou-me a testa.
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O misterioso velhinho que, numa noite só, percorre todas as casas do mundo, a encher de brinquedos os sapatos das crianças, trouxe-me certa vez uma lira pequenina. E nunca atinei como é que se podiam arrancar versos das cordas...
---
Como para as almas, há um ciclo para o sonho: hoje pago tributo ao delírio da infância. As cordas que espedacei espiritualizaram-se: saudade, amor e sofrimento. Desvendei o mistério da lira.
Antes não o soubesse...
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1944.
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