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9 de março de 2010
African Textiles John Picton and John Mack Pano da Africa Tecido Ritual Veste Tradicionais africa etc
African textiles : looms, weaving and design / John Picton and John Mack
Picton, John
London : British Museum Publications
1979.
208 p. : ill. ; 28 cm.
Textile fabrics - Africa.
John Picton and John Mack. London, 1979. 208 pages, 204 black and white photos, 28 color plates. This is a good survey of traditional African textile manufacture and design, illustrated with examples from the collections of the British Museum. Field photographs show the processes and subsequent use. North African textiles are included as well as those from Sub-Saharan areas.
Autor: PERDIGÃO MALHEIRO Título: A ESCRAVIDÃO NO BRASIL - ENSAIO HISTÓRICO, JURÍDICO,SOCIAL. Completo. VOLUMES 1 e 2.
Autor: PERDIGÃO MALHEIRO
Título: A ESCRAVIDÃO NO BRASIL - ENSAIO HISTÓRICO, JURÍDICO,SOCIAL. Completo. VOLUMES 1 e 2.
Editora: VOZES-INL/MEC
Ano: 1976
Páginas: Vl 1 - 264, - Vl 2 - 322 - 21Cm
Comentário: LIVROS BEM CONSERVADOS, ACABAMENTO EM BROCHURA ORIGINAL, EM PAPEL OFFSET.
Clássico sobre o assunto. Apreciado e procurado por quem se interessa sobre a história dessa famigerada instituição.
DOIS LIVROS RECHEADOS DE INFORMAÇÕES ÚTEIS, SOBRETUDO PARA PESQUISADORES DESSA INSTITUIÇÃO QUE NÃO NOS DEIXA SAUDADE, E QUE TANTO MANCHOU O NOME DE NOSSO PAÍS,E POR QUE NÃO DIZER DA HUMANIDADE. SAIBA MAIS...
4 de março de 2010
Betiol Batuque Umbanda Culto Rituais Africanos Gegê Yorubá
Autor: LEOPOLDO BETTIOL
Tìtulo: O BATUQUE NA UMBANDA
Editora: AURORA
Ano: 1963
Páginas:230
Comentário : EM LIVRO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, BROCHURA COM CAPA ORIGINAL.
Este livro versa sobre o elemento negro, a sistematização dos mitos e crenças e a evolução do culto no Rio Grande do Sul. Está dividido em três partes que são:
1)Introdução no estudo do elemento negro, sistematização dos mitos e crenças e evolução do culto no Rio Grande do Sul.
2)Os negros: sistematização ensaio, que se subdivide em dois capítulos: o negro origem e procedência, costumes e crenças ...
3)Pequeno vocabulário gexá-gege-oyó referente a religião natural. Linguagem natural dos batuqueiros no Rio Grande do Sul?. Como se vê, trata-se de um trabalho de pesquisa e substancial do elemento negro no Brasil. Saiba mais...
Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.
Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.
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Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.
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Exu - o Inimigo Invisível do Homem um Estudo Comparativo Enttre Exu... Prof Dr P Ade Dqpamu - Ododuwa
Exu - o Inimigo Invisível do Homem um Estudo Comparativo Enttre Exu...
Prof Dr P Ade Dqpamu
editora: Oduduwa
ano: 1990
descrição: 127 p. título completo: Exu - o inimigo invisível do homem um estudo comparativo entre exu da religião tradicional Iorubá nagô e o demônio das tradições cristã e mulçumana.
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2 de março de 2010
SANTO TAMBÉM COME Raul Lody Estudo sócio-cultural da alimentação cerimonial em terreiros afro-brasileiros. Culinaria Ritual Orixá Candomblé Nagô etc
SANTO TAMBÉM COME
Raul Lody.
Estudo sócio-cultural da alimentação cerimonial em terreiros afro-brasileiros.
Editora Artenova -
1979 -
brochura original, em muito bom estado de conservação, edição escasso, 127 pg, ilustrado.
Inegavelmente, é no terreiro ou na comunidade religiosa, reduto dos costumes e preceitos dos deuses africanos que o processo de aculturação encontrou suas defesas das mais rígidas graças ao sentido de culto, elo de fé, congregados pela raça e pela união de tradições culturais que ainda sentimos e observamos hoje, significativos momentos de africanidade e nível de sabedoria nas práticas rituais desses terreiros.
A variedade de formas de cultos afro-brasileiros, o dinamismo cultural e a oralidade como veículo de transmissão dos conhecimentos levaram a muitas transformações também abertas ao subjetivismo dos adeptos praticantes.
Fator determinante à união e à preservação das ações dos deuses é a alimentação sagrada.
Os muitos pratos que constituem o cardápio votivo possibilitam o conhecimento das peculiaridades das divindades e como agradá-las dentro dos rigores dos seus cultos.
Os procedimentos artesanais da cozinha sagrada, os detalhes de qualidades especiais dão a cada prato a individualidade e sentido próprios, importante símbolo de culto e da presença dos valores religiosos.
A unidade e o sentido social dos terreiros têm nos alimentos comunitários verdadeiros prolongamentos das alimentações secretas dos pejis, quando os deuses satisfazem seus desejos de dendê, mel,carnes, farinhas, frutas, pejerucum, bejerecum, iru, cozimentos, frituras e papas.
É através da alimentação comum dos deuses e seus crentes que o culto tem assegurada sua sobrevivência.
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8 de fevereiro de 2010
NOTAS SOBRE O CULTO AOS ORIXÁS E VODUNS: na Bahia de Todos os Santos, no Brasil, e na Antiga Costa dos Escravos, na África.
NOTAS SOBRE O CULTO AOS ORIXÁS E VODUNS: na Bahia de Todos os Santos, no Brasil, e na Antiga Costa dos Escravos, na África.
Pierre Verger. - tradução de Carlos E. Marcondes de Moura.
Edusp
1999
muito bom estado de conservação, ricamente ilustrado, com 620 páginas, formato grande. Uma obra de peso, literalmente.
Religiões Africanas e Afro-brasileiras, Esgotado, Tradução de Carlos E. Marcondes de Moura, Brochura, 23x23 cm, Reúne também Fotografias do Autor;
Este livro traz consigo a grande marca de reunir dois dos maiores estudiosos candomblecistas, da religião dos Orixás, no Brasil, tanto autor quanto tradutor são importantes nomes da pesquisa científica ligada ao universo da religião dos Orixás.
Pierre Verger conheceu o culto aos orixás na Bahia onde coletou material para comparação em várias viagens à África.
Neste livro, analisa o culto aos orixás e voduns na Bahia e o compara com a tradição religiosa dos 'yoruba' (Nigéria) e 'djèdjè' (Daomé), de onde se originou. O autor descreve os rituais de iniciação, o estado de transe, os orixás e voduns e outros deuses menos conhecidos, além de cerca de 1500 orikis, transcritos para o 'yoruba' e traduzidos para o português.
Verger apoiou-se também na vasta literatura de viagens à África Ocidental, cujos registros permitem reconstituir, em parte, a fascinante história dessa religião que, nas Américas, adquiriu novos significados e expressões, e está em constante expansão e reatualização.
O livro conta ainda com fotos de Pierre Verger que registram algumas cerimônias religiosas de caráter iniciático em terras africanas e na Bahia.
Os negros da Bahia conservaram crenças, um ritual e em certa medida um vocabulário de origem africana, da Nigéria (yoruba) e Daomé (djèdjè).
Uma comparação entre culturas só poderia ser feita por um pesquisador que as conhecesse em profundidade, tarefa que Pierre Verger executou com maestria: conheceu o culto aos orixás na Bahia onde coletou material para comparação em várias viagens à África.
Neste estudo pioneiro sobre o tema, a classificação e a ordem de apresentação dos deuses africanos segue aproximadamente aquela da apresentação nos terreiros da Bahia.
As transcrições do yoruba foram feitas de acordo com convenções já consagradas, apresentadas aqui numa chave de transcrição e de pronúncia. As Notas são acompanhadas de fotos de Pierre Verger, pertencentes ao acervo da fundação que leva seu nome.
O termo nagô, segundo Verger, era empregado para designar o povo que vivia no ..
COM UM VASTO ÍNDICE REMISSIVO DE MUITA VALIA PARA OS ESTUDIOSOS.
COM LISTA DOS DISCOS CITADOS.
COM MAPA.
COM BIBLIOGRAFIA DOS AUTORES CITADOS.
COM UMA ENORME E INTERESSANTE COLETA DE ORIKIS, CERCA DE 1500, COLETADOS PELO AUTOR JUNTO AOS SACERDOTES E OS INICIADOS NA RELIGIÃO DOS ORIXÁS E VODUNS, EM YORUBÁ E EM PORTUGUÊS.
Em suas pesquisas, Verger procurou registrar, com toda fidelidade, algumas cerimonias religiosas, de carater iniciático, tanto em terras africanas quanto na Bahia, entre elas o ritual do bori, e feitura de iaô...
Tráfico de escravos e candomblé.
Definições de Orisa e Vodun.
Iniciações e estado de transe.
Esu Elegbara Legba.
Ogun, Gu.
Ososi, Erinle, Logun ede, Age.
Osanyn
Dan, osumare.
Sapata Soponna.
Nana Buruku.
Yemoja.
Sango, Dada, Bayanny, Oraniyan.
Oya, Osun, Oba.
Obatala, Lisa, Odudua, Obalufon.
Olorun, Mawu.
Yroko, Loco.
Hevioso.
Adjahuto.
e muito mais ....
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3 de fevereiro de 2010
Dynamique Bidjogo Duquette Arte Africanas Orixás Religiões
Duquette, Danielle Gallois
Dynamique de l'art Bidjogo, Guinée-Bissau : contribuition à une anthropologie de l'art des sociétés africaines.
Lisboa : Instituto de Investigação Ciêntífica Tropical,
1983
263 p. : il., fotografias, mapas desdobráveis
Guiné-Bissau,Etnologia, Cultura, Usos e costumes, Escultura
Livro em muito bom estado, ricamente ilustrado, com páginas desdobraveis.
Com Léxico crioulo, léxico bidjogo, com extensa bibliografia, repleto de imagens da vida, do povo e da religião, cultura, ritos, sacrificios, iniciação, instrumentos, simbologia, etc...
Ce recueil est la deuxième étape d'un travail de recherche sur les îles Bissagos, commencé en 1972: à la suite d'un bref voyage dans l'archipel, les textes consacrés à la region avaient été synthétisés pour mettre en valeur un dossier photographique contenant trois cents oeuvres observées «sur le terrain» ou dans des musées occidentaux.
Le présent travail, s'il fait appel à des techniques ethnographiques classiques, a requis ainsi une observation pluraliste des diverses manifestations constituant le «fait esthétique total»: d'une part, les objects concrets fabriqués, la culture dite «matérielle», mais, d'autre part, tout ce qui contribue à l'événement comme les parures éphémères, le mime, la danse, les chants, la musique ou la parole.
Il ne faut pas attendre de ce travail une compilation à jour de tout ce qui a été écrit sur les îles Bissagos, ni un développement inédit des sujets sociologiques et économiques, mais plutôt une contribution partielle et provisoire destinée à mieux faire comprende les oeuvres plastiques.
Des photos de terrain montrent les objets tels qu'ils sont introduits et «vécus» dans le milieu, et des dessins permettent une meilleure compréhension des formes, particulièrement en ce qui concerne les processus de fabrication.
2 de fevereiro de 2010
Iracy Carise. Máscaras Africanas - Sociedades Secretas e Ancestrais
Autor : Iracy Carise
Título : Máscaras Africanas - Sociedades Secretas e Ancestrais
Editora : Madras
Ano : 1998
Páginas : 124
Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original, muito bom estado, formato grande 28, 5 x 20, 8 cm., 124 pp.ilustado, mapa.
Um clássico dessa renomada e internacionalmente respeitada estudiosa brasileira do africanismo.
Não perca, indispensável a todos aqueles que se esmeram no estudo e obrigação da Religião dos Orixás.
Saiba Mais... Trabalhamos com um vasto acervo sobre a biblioagrafia afrobrasileira, consulte-nos.
31 de janeiro de 2010
História de um Terreiro Nagô Mestre Didi - Sumo Sacerdote do Culto Dos Eguns.
História de um Terreiro Nagô
Mestre Didi - Sumo Sacerdote do Culto Dos Eguns]
Autor: Mestre Didi (Deoscóredes Maximiliano dos Santos)
Editora: Max Limonad, 1988
Formato: 21x14
Páginas: 106 Mais Cartilha do ABC.
Há alguns anos, num artigo da "Revista do Arquivo Municipal de São paulo", fazia eu sentir a necessidade de que se publicassem monografias sobre os principais candomblés da Bahia, sua história, sua organização e seus rituais. Estou convencido de que a elaboração de tais monografias se constitui na mais séria base para o conhecimento - já não mais geral e esquemático, como se tem feito em trabalhos anteriores - do candomblé da Bahia.
Eis porque recebo com satisfação o novo livro de Deocóredes dos Santos. Filho da prestigiosa Senhora, criado no conhecimento de todos os rituais do Opô Afonjá, o saboroso autor de "Contos Negros" é realmente o único que nos pode oferecer uma monografia sobre este candomblé, onde tenho tantos amigos, e que é tão caro ao meu coração.
Parabéns a Deoscóredes, e que o seu precioso trabalho sirva de modelo a outros. Livro de sábio, de filho da seita e de admirável narrador.
O livro História de Um Terreiro Nagô foi escrito por Deoscóredes Maximiliano dos Santos, mestre Didi, e publicado pela primeira vez em 1962 pelo Instituto Brasileiro de Estudos Afro-Asiáticos, em uma única edição. Ele foi republicado em 1988 pela Editora Max Limonad, em edição revista e ampliada, com três mil exemplares. O livro está fora-de-catálogo.
Mestre Didi dedicou o livro a Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora - Oxum Muiwà, e a todos os seus irmãos de seita.
O prefácio foi escrito pelo jornalista, sociólogo, tradutor e professor Muniz Sodré com nota do professor e sociólogo francês Roger Bastide.
O livro descreve, em minúcia de detalhes e datas, a história do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, a vida das ialorixás, os detalhes de sucessão, os cargos da comunidade (egbé) do terreiro quando da administração de cada ialorixá, o dia-a-dia do terreiro, as datas de iniciação e os detalhes de orixá das iyawôs, o calendário das festas, dentre outros assuntos.
Por isso é, sem dúvida nenhuma, uma das principais fontes - se não a mais significativa - para o estudo da biografia de Eugênia Anna Santos, Mãe Aninha, Obá Biyi - mãe-de-santo de Mestre Didi -, da biografia de Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora, Oxum Muiwà - mãe-de-sangue de Mestre Didi - e da história do Ilê Axé Opô Afonjá.
Referências
1. Muniz Sodré de Araújo Cabral (São Gonçalo dos Campos, 12 de janeiro de 1942) é um jornalista, sociólogo e tradutor brasileiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola de Comunicação. Atualmente exerce o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. É um pesquisador brasileiro e latino-americano no campo da Comunicação e do Jornalismo. Publicou alguns livros na área, como Monopólio da Fala (sobre o discurso da televisão) e Comunicação do Grotesco (sobre programas de TV que exploram escândalos e aberrações).
2. Roger Bastide (1898-1974) chegou ao Brasil em 1938 para ocupar a cátedra de Sociologia I, no Departamento de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo deixada vaga pelo professor Claude Lévi-Strauss; Bastide aqui esteve até 1984, quando partiu definitivamente para a França onde foi lecionar primeiramente na École Pratique des Hautes Etudes, 6e Section, hoje École des Hautes Études en Sciences Socielies; nomeado em seguida para a Universidade de Paris, cátedra de Sociologia, também foi durante mais de dez anos professor no Institut des Hautes Études de l 'Amérique Latine.
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28 de janeiro de 2010
Negritude Norman Shapiro
Negritude
Norman Shapiro
October House, New York,
1970.
Soft Cover. Book Condition: Good. 8vo. Bilingual edition.
Norman Shapiro
October House, New York,
1970.
Soft Cover. Book Condition: Good. 8vo. Bilingual edition.
Lendas Dos Orixás Verger Candomblé Yorubá Ifá Oxum Exu Nagô
Autor: Pierre Fatumbi Verger
Título: Lendas dos Orixás
Editora: Corrupio
Ano: 1981
Páginas: 78
( pranchas formato grande)
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO GERAL DE CONSERVAÇÃO, CAPA DURA ORIGINAL, COM SOBRE CAPA ORIGINAL. DESENHOS E ILUSTRAÇÕES DE ENÉAS GUERRA SAMPAIO.
Livro esgotado há mais de duas decádas, um dos livros mais procurados do Verger. Saiba mais ...
Tradução de Maria Aparecida da Nóbrega. Prefácio de Jorge Amado, Arlete Soares. Contém um apêndice com as características dos orixás tratados.
Edição limitada a 3.000 exemplares, sendo apenas 2.700 em língua portuuesa, o que justifica a dificuldade de encontrá-lo.
"... Verger de regresso a Bahia definitivamente, com a riqueza imensa de seus arquivos, de seu acervo de ciência, arte e vida, revela agora mais uma faceta de sua fascinante personalidade. Poeta, sim, como prova esse livro de graça e formosura: ?Lendas dos Orixás?, no qual desfilam as imaginosas história dos orixás: Exu, Ogum, Oxossi, Obaluaê, Xangô, Yansan, Oxum, Yemajá e Oxalá em suas duas presenças, o jovem Oxaguiam, o velho Oxalufan. Cada uma dessas lendas , transposta da linguagem oral ioruba ..."
Livro esgotado há mais de duas décadas, um dos livros mais procurados do Verger. Saiba mais ...
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20 de janeiro de 2010
Os Orixás no Brasil Eneida Leal ritos mitos lendas rituais candomble africa nago yorubá etc
Os Orixás no Brasil
Eneida Leal
editora: Spala
ano: 1988
Rio de Janeiro, 191p., 30 x 5cm., Enc. original, boa conservação geral. Em papel especial couché.
191 Páginas, ilustrados com fotos coloridas, formato grande, bilíngue.
Com glossário e nota da autora.
Com cores, metais, animais, dia da semana, aspectos da natureza, aspectos sociais, saudação.
Estudos Afro-Brasileiros, Antropologia, Candomblé, Religião, Capa Dura, 30 x 30 cm, 192 pgs; Ricamente Ilustrado; Textos em Inglês e Português; Contém reproduções de Obras de Debret, Carybé, Albano Neves e outros;
Um primor de livro.
Este livro é um estudo sobre a religiosidade de um povo cuja liberdade antecedeu as decisões políticas, justamente, porque a crença em entidades espirituais, anteriormente manifestada através de rituais secretos, os libertava de seus sofrimentos e dores causados pela injustiça social que precedeu à abolição da escravatura.
É uma visão do candomblé como religião de seus Orixás e dos mitos que o envolvem.
Naturalmente incorporado...
A empresa colonial;
Etnia o negro;
Axé;
Os eguns;
Sincretismo;
Hieraquia sacerdotal candomblé;
A gameleira branca;
Os êres;
Ogun;
Ifá;
Obá;
Aspectos culturais: linguagem, musica e culinária.
Informações gerais;
A abolição;
Os jesuítas;
O senhor e o escravo.
Etc;
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26 de dezembro de 2009
ORIXÁS TATTI MORENO prefácio Jorge Amado, Zora Seljan.
ORIXÁS TATTI MORENO prefácio Jorge Amado, Zora Seljan.
Autor: TATTI MORENO
Título: ORIXÁS
Editora: FUNDAÇÃO VALDEMIRO GOMES
Ano: 1987
Páginas: 80 (FORMATO GRANDE)
Comentário: Livro em bom estado de conservação, encadernação original em capa dura e contra capa.
Apresentação do artista por Jorge Amado, Carlos Eduardo da Rocha. Candomblé da Bahia texto de Zora Seljan.
Produção, fotografias e diagramação Bruno Furrer. Legendas Gardênia Melo. Textos em Português e Inglês. Tiragem limitada a 2.000 exemplares em única edição, sendo este o exemplar número 0321. Um belo trabalho de impressão e encadernação da gráfica BIGRAF. Todo em papel especial Couché, com alta definição.
Panteão dos orixás iconografados pelo artista: Exu, Ogum, Oxossi, Ibualama-Inlé, Otim, Logum Edé, Omulu, Obaluaê, Nana, Iyami Oxorongá, Ossanhe, Iroko, Xangô, Axabó, Oxumaré, Iansã, Oxum, Oxum Apara, Miuá, Eua, Iemanjá, Onilé, Oxalufã, Oxaguiã, Oduduiá, Obatalá, Oba, Orunlá-Ifá, Apaoká, Orixá Okô, Babá Abaolá.
Contém 32 esculturas de orixás do artista Tatti Moreno que integram o acervo da fundação Valdemiro Gomes, ilustrações belíssimas, esculpidas em metais, contendo o sincretismo, o dia e a cor de contas de cada um dos orixás, explicando as várias qualidades de cada orixá, como por exemplo: ogum :ogunjá, ogum xorokê, (ou 'de ronda', que durante seis meses em cada ano se transforma em exu),etc. Saiba mais...
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25 de dezembro de 2009
Jean Gould Um Garoto Chamado Dunbar. Poeta Negro. Biografia. etc
Autor: Jean Gould
Tìtulo: Um Garoto Chamado Dunbar
Editora: Record
Ano: 1965
Páginas: 236
Comentário: Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original.
Tradução de Affonso Blacheyre, ilustrações de Charles Walker.
A vida do famoso poeta negro da América.
Este livro apaixonante recebeu em 1958 o Prêmio de Livros Infantis da Fundação Thomas Edison, por sua contribuição para a formação e desenvolvimento do caráter infantil.
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Editora: Record
Ano: 1965
Páginas: 236
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Tradução de Affonso Blacheyre, ilustrações de Charles Walker.
A vida do famoso poeta negro da América.
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A Economia Polìtica Da Escravidão - Eugene Genovese
Autor: EUGENE GENOVESE
Título: A ECONOMIA POLÌTICA DA ESCRAVIDÃO
Editora: AMÈRICA ECONOMIA E SOCIEDADE
Ano: 1976
Páginas: 249
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL.
Estes estudos têm uma longa hitória, mais longa do que consigo recordar, tendo começado como trabalho final para o Brooklyn College há quase 15 anos atrás. Arthur C. Cole, cuja bondade e sábios conselhos trago ainda vivamente na lembrança, sugeriu que eu investigasse o movimento da reforma agrária no velho Sul. A sugestão me intimidou com típica modéstia dos que ainda não se formaram, tinha-me proposto a fazer um trabalho sobre o Pensamento Sulista no último periodo da era colonial até a guerra civil.
ESTUDOS SOBRE A ECONOMIA E A SOCIEDADE ESCRAVISTA.
"Tenho consciência que, em fim de contas, os verdadeiros problemas são de ordem ideológica e psicológica. Não se morre por nenhum interesse material, suponde–se que algum o mereça, o que não é evidente.”
História: Economia Política: Escravidão; Regime Escravista. escravidão nos Estados Unidos
Inclui índice remissivo, lista de abreviaturas utilizadas e nota bibliográfica.
Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.
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24 de dezembro de 2009
O leque de Oxum e algumas crônicas de Candomblé.
Autor: VASCONCELOS MAIA
Título: O LEQUE DE OXUM
Editora: O CRUZEIRO
Ano: 1961
Páginas: 134
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL.
Capa de José Maria. A Bahia dos candomblés, dos cultos aos deuses africanos, a velha Salvador com as suas igrejas, praias e ladeiras, o mar cheio de saveiros toda uma atmosfera inconfundível está neste livro de histórias. E, envolvente e servindo de cenário a alguns episódios de singular intensidade, a secular e sedutora paisagem baiana mostra que Vasconcelos Maia apresenta, em tudo quanto escreve, a marca inesquecível de sua terra natal, de seus dramas e mitos. Livro forte e denso, marcado por um estranho lirismo, este O Leque de Oxum continua a tradição de uma literatura fiel à terra e ao homem.
Vasconcelos Maia, escritor rigorosamente baiano que entendeu como poucos a cultura de sua terra e sobre ela escreveu páginas de profundo conhecimento de candomblé.
Todo o fascínio de uma religião ligada à natureza, como a dos Orixás, com Oxum sendo a própria divindade chegada ao amor, aparece no modo como Vasconcelos Maia coloca um personagem sueco, pertencente a outra cultura, em contato com os mistérios do mar, da água pura, das árvores, toda a natureza que se mistura com os atos religiosos e com os cânticos sagrados e os toques dos tambores.
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23 de dezembro de 2009
André Pinto Rebouças. Singela homenagem virtual ao Primeiro Homem não branco formado em Engenharia.
André Pinto Rebouças (Cachoeira, 13 de janeiro de 1838 — Funchal, 9 de maio de 1898) foi um engenheiro e abolicionista brasileiro. Filho de Antônio Pereira Rebouças (1798-1880) e de Carolina Pinto Rebouças.
Advogado, deputado e conselheiro de D. Pedro II (1840-1889), seu pai era filho de uma escrava alforriada e de um alfaiate português. Seus irmãos Antônio Pereira Rebouças Filho e José Rebouças também eram engenheiros.
André Rebouças ganhou fama no Rio de Janeiro, então Capital do Império, ao solucionar o problema de abastecimento de água, trazendo-a de mananciais fora da cidade.
Ao lado de Machado de Assis e Olavo Bilac, foi um dos representantes da classe média brasileira com patente ascendência africana e uma das vozes mais importantes em prol da abolição da escravatura.
Incentivou a carreira de Carlos Gomes, autor da ópera O Guarani.
22 de dezembro de 2009
Sérgio Ferretti Querebentan de Zomadonu: Etnografia da Casa das Minas do Maranhão. Voduns. Daomé. Jejê. Ewe
Sérgio Figueiredo Ferretti.
Querebentan de Zomadonu. Etnografia da Casa das Minas do Maranhão.
São Luís, UFMA,
1985.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Casa das Minas é o terceiro terreiro de Culto Afro-Brasileiro no Livro de Tombo do órgão, ao lado do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho Ilê Axé Iyá Nassô Oká, tombado em 1987, e do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em 1999, ambos de Salvador (BA).
A Casa das Minas é obra de escravos de etnia Jeje, Ewe ou Eoué, procedentes do Daomé, atual República do Benin, que a denominavam de Querebentã de Zomadonu. O terreiro, conforme depoimento de uma antiga nochê (minha mãe), foi instalado primeiramente num terreno baixo da Rua de Sant’Ana, entre a Rua da Cruz e a Godofredo Viana, no centro de São Luís.
Segundo Pierre Verger, a Casa das Minas teria sido fundada pela rainha Nan Agontime, viúva do Rei Agonglô (1789-1797), vendida como escrava por Adondozã (1797-1818), que governou o Daomé após o falecimento do pai e foi destronado pelo meio irmão, Ghezo, filho da rainha (1818-1858). Ghezo chegou a organizar uma embaixada às Américas para procurar a sua mãe, que não foi encontrada.
Em antiga escritura, consta o nome da africana Maria Jesuína como a primeira proprietária da casa da Rua de São Pantaleão, que, anteriormente, tinha o nº 199, esquina com o Beco das Minas.
“Pode-se supor que Maria Jesuína era a mesma Nan Agontime que teria nascido na década de 1770, tendo menos de oitenta anos de idade em 1847, ano da aquisição do prédio atual. Se não foi a fundadora, Nan Agontime teria sido mãe-de-santo de Maria Jesuína”,Sérgio Ferretti (Querebentan de Zomadunu – Etnografia da Casa das Minas, 1985).
O termo “mina”, embora designe o grupo étnico do Gana e esteja associado ao forte de São Jorge da Mina ou Elmina, na Costa do Ouro, serviu para rotular os negros sudaneses introduzidos no Brasil à época do tráfico: mina-fanti, mina-mahi, mina-popo, mina-jeje, mina-nagô, entre outros.
Daí a expressão Tambor de Mina aplicada aos terreiros religiosos oriundos dessas etnias no Maranhão, e, conseqüentemente, Casa das Minas – onde vivem as negras minas.
Os voduns (divindades) cultuados estão dispostos em famílias, que determinam a divisão física da Casa das Minas, sendo a principal a de Davice, cujo chefe é Zomadonu, de uma linhagem real do Abomey. Essa família hospeda as outras: a de Quevioçô e a de Dambirá, cujos membros vivem em quartos ao lado do gume, o quintal onde está plantada uma secular cajazeira, árvore sagrada.
Sabe-se que, embora Zomadonu seja considerado o dono do terreiro – aquele que abre as portas –, existe um vodum maior, feminino, Nochê Naê (sinhá velha), que é a mãe de todos os voduns, toquens (jovens) e tobossis (meninas) da família Davice e rege a Casa das Minas.
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Casa de Minas - Religiões Afrobrasileira - Repensando o Sincretismo Sérgio Figueiredo Ferretti Tambor de Mina - Jejê - Daomé
Repensando o Sincretismo : Estudo Sobre A Casa Das Minas.
Sérgio Figueiredo Ferretti
EDUSP
pg. 240, Brochura, bom estado, não perca, saiba mais ...
Resultado de pesquisas sobre a religião afro-brasileira do tambor de mina, este livro descreve e analisa as cerimônias e festas da casa das minas jeje, o terreiro mais famoso de são luís do maranhão, e suas relações com outros ritos, reconstituindo sua história e apresentando elementos da mitologia das divindades cultuadas. organizado na primeira metade do século xix por negros de origem daomeana, esse é o principal grupo de culto, fora da África, de ancestrais divinizados da família real do abomé. sérgio figueiredo ferretti debruça-se sobre esta que talvez seja a maior característica da cultura brasileira: sua capacidade de unir opostos. o autor, após vinte anos de pesquisa sobre o assunto, amplia suas análises sobre os ritos dessa religião através da discussão do seu sincretismo com o catolicismo, e seus significados antropológicos.
Revisão da bibliografia sobre o conceito de sincretismo na literatura sócio-antropológica e nos estudos realizados no norte e nordeste do Brasil, com revisão das principais tendências teóricas que tratam do assunto. Ênfase no sincretismo como mistura, paralelismo e convergência. Análise de rituais realizados na Casa das Minas Jeje em São Luís do Maranhão. Conclusões contradizem o mito da pureza defendido por muitos, constatando a existência do sincretismo com o catolicismo popular e com outras religiões. Constata a inexistência de fronteiras nítidas entre sincretismo e tradição.
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20 de dezembro de 2009
17 de dezembro de 2009
Estudantes de Medicina Ribeirão Preto são Presos por agredir senhor Negro.
Estudantes de Medicina Ribeirão Preto são Presos por agredir senhor Negro.
http://www.youtube.com/watch?v=kLzD4Ei3Glw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=53eh-lyXgUw&feature=related
http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2009/12/12/noticia_nacional,i=139882/ESTUDANTES+DE+MEDICINA+SAO+PRESOS+POR+RACISMO+EM+RIBEIRAO+PRETO.shtml
Os três estudantes de medicina de uma faculdade particular de Ribeirão Preto, acusados de racismo contra um trabalhador de 55 anos, nem passaram uma noite na cadeia, no sábado. Os advogados de defesa dos três conseguiram a liberdade provisória, concedida no início da noite pelo juiz plantonista Ricardo Braga Montesserat. A defesa alegou que não houve agressão nem a conotação racial para que os três jovens ficassem presos.
O delegado do 1º Plantão Policial, Mauro Coraucci, indiciou os estudantes por injúria real e discriminação, com base nos relatos da vítima e de testemunhas. Os três estavam na carceragem do 2º Plantão Policial e seguiriam para a Cadeia de Santa Rosa de Viterbo, caso não fossem libertados.
A libertação dos três estudantes ocorreu por volta das 20h, segundo o advogado Carlos Mancini. Emílio Pechulo Ederson, de 20 anos, Felipe Grion Trevisani, de 21, e Abrahão Afiune Júnior, de 19, foram presos após agredirem Geraldo Garcia, que seguia, de bicicleta, para o trabalho, com uma marmita, no início da manhã de sábado, na Avenida Francisco Junqueira.
De carro, os jovens se aproximaram e o passageiro desferiu um golpe nas costas de Garcia, com um tapete enrolado, e gritando "negro". Os três vibraram com a ação, segundo testemunhas. Dois vigilantes, que tinham saído de um evento e testemunharam o fato, seguiram e detiveram os estudantes numa avenida próxima. A Polícia Militar os levou ao 1º Plantão Policial do município, no centro.
O trio foi autuado em flagrante por racismo, crime inafiançável e que prevê pena de um a três anos de prisão. A defesa também pediu o relaxamento do flagrante. Ederson é de Belém (PA), Trevisani é de Campinas e Afiune Júnior é de Ribeirão Preto.
http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20091213041341
http://www.youtube.com/watch?v=kLzD4Ei3Glw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=53eh-lyXgUw&feature=related
http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2009/12/12/noticia_nacional,i=139882/ESTUDANTES+DE+MEDICINA+SAO+PRESOS+POR+RACISMO+EM+RIBEIRAO+PRETO.shtml
Os três estudantes de medicina de uma faculdade particular de Ribeirão Preto, acusados de racismo contra um trabalhador de 55 anos, nem passaram uma noite na cadeia, no sábado. Os advogados de defesa dos três conseguiram a liberdade provisória, concedida no início da noite pelo juiz plantonista Ricardo Braga Montesserat. A defesa alegou que não houve agressão nem a conotação racial para que os três jovens ficassem presos.
O delegado do 1º Plantão Policial, Mauro Coraucci, indiciou os estudantes por injúria real e discriminação, com base nos relatos da vítima e de testemunhas. Os três estavam na carceragem do 2º Plantão Policial e seguiriam para a Cadeia de Santa Rosa de Viterbo, caso não fossem libertados.
A libertação dos três estudantes ocorreu por volta das 20h, segundo o advogado Carlos Mancini. Emílio Pechulo Ederson, de 20 anos, Felipe Grion Trevisani, de 21, e Abrahão Afiune Júnior, de 19, foram presos após agredirem Geraldo Garcia, que seguia, de bicicleta, para o trabalho, com uma marmita, no início da manhã de sábado, na Avenida Francisco Junqueira.
De carro, os jovens se aproximaram e o passageiro desferiu um golpe nas costas de Garcia, com um tapete enrolado, e gritando "negro". Os três vibraram com a ação, segundo testemunhas. Dois vigilantes, que tinham saído de um evento e testemunharam o fato, seguiram e detiveram os estudantes numa avenida próxima. A Polícia Militar os levou ao 1º Plantão Policial do município, no centro.
O trio foi autuado em flagrante por racismo, crime inafiançável e que prevê pena de um a três anos de prisão. A defesa também pediu o relaxamento do flagrante. Ederson é de Belém (PA), Trevisani é de Campinas e Afiune Júnior é de Ribeirão Preto.
http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20091213041341
Além do Pó Eduardo de Oliveira
Além do Pó
Eduardo de Oliveira
Grafica Bentivegna
1958
Livro em muito bom estado de conservação, capa dura, manteve-se a linda capa brochura original.
Com introdução de Mario Graciotti.
Livro de estréia desse que é considerado um dos nossos maiores Poetas Negro do século.
Lançado no exato dia 13 de maio de 1958, na comemoração dos 70 anos da abolição.
Capa de Vicente di Grado.
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Livro de estréia desse que é considerado um dos nossos maiores Poetas Negro do século.
Lançado no exato dia 13 de maio de 1958, na comemoração dos 70 anos da abolição.
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15 de dezembro de 2009
Nagô E A Morte Juana Elbein Egum Orum Candomblé Orixá Yorubá
Nagô E A Morte Juana Elbein Egum Orum Candomblé Orixá Yorubá
OS NAGO E A MORTE - Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia.
Juana Elbein dos Santos
Vozes
1986
264 páginas, com ilustrações.
Comentário: Livro bem conservado, com muitas ilustrações e fotos. Contém uma Bibliografia
Iconografia. Um livro que já se tornou clássico entre os estudiosos do Candomblé e da Cultura Yorubá, dispensa apresentações.
"para o Nagô, a morte não significa absolutamente a extinção total, ou aniquilamento (...) Morrer é uma mudança de estado, de plano de existência e de status. Faz parte da dinâmica do sistema que inclui, evidentemente a dinâmica social. "
O ser que completou com sucesso a totalidade de seu destino está maduro para a morte. Quando passa do aiye [mundo] para o orun [além/espaço sobrenatural], tendo sido celebrados os rituais pertinentes [axexê], transforma-se automaticamente em ancestre (...) e poderá inclusive ser invocado como Egum. Além dos descendentes gerados por ele durante a sua vida no aiyé, poderá por sua vez participar na formação de novos seres, nos quais se encarnará como elemento coletivo.
na mitologia ioruba o aiyé e o orun não foram sempre separados. Ou seja, "a existência não se desdobrava em dois níveis (...)". Tanto os Orixás habitavam o aiyé quanto os seres humanos iam ao orun e voltavam. "Foi depois da violação de uma interdição que o orun se separou do aiyé e que a existência se desdobrou. Os seres humanos não tem mais a possibilidade de ir ao orun e voltar de lá vivos...
Para os nagô, existe uma distinção entre Orixá e Egum. Os pais e antepassados de um grupo familiar, ou linhagem, são Eguns porque tem pertencimento a uma estrutura social determinada seja em clãs ou dinastias. Os Orixás pertencem a uma ordem cósmica e universal, são os criadores simbólicos e espirituais dos seres humanos "
"Òsun é a divindade do rio òsun em Ìjèsà na África, atravessando a cidade de Òsogbo onde lá existe seu principal culto, atravez do Atáója. (esse o Obá da cidade).
Conta-se que o primeiro Obá de Osogbo estava as margens do rio òsun, quando esse pedia proteção e auxilio para vários problemas, foi quando um peixe pulou sobre seu colo e "cuspiu-lhe" àgua, vontando para o rio novamente. Sobre seu filá ficou depositado tal água que ele bebeu afixiadamente. Após tal ato grande parte de seus problemas foram resolvidos e apartir de então ele, lá, aos pés de uma arvoré criou o primeiro templo de Òsun, e transformou-se em "A-tewo-gbaeja", abreviando Atáója - aquele que aceita o peixe.
Òsun, associada a procriação e a fertilidade, dona das águas doces e protetora de todas as crianças. "
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10 de dezembro de 2009
Fernando Góes O TECEDOR DO TEMPO poesia negra literatura afrobrasileira
Autor: FERNANDO GÓES
Título: O TECEDOR DO TEMPO
Editora: MARTINS
Ano: 1969; Páginas: 179
Comentário: LIVRO BEM CONSERVADO, ACABAMENTO EM BROCHURA ORIGINAL. PRIMEIRA E ÚNICA EDIÇÃO DESTE MUITO IMPORTANTE LIVRO, UM VERDADEIRO DOCUMENTO TESTEMUNHAL DO AUTOR.
COM UMA ESCASSA DEDICATÓRIA E AUTOGRAFO DO AUTOR PARA UM IMPORTANTE NOME DA CULTURA NACIONAL, ESCASSA POIS QUE NÃO ERA MUITO AFEITO A AUTOGRAFOS.
Um dos principais autores da declara literatura afrobrasileira no século XX.
Redator do jornal Alvorada. Secretário do jornal Tribuna Negra. Colaborador do jornal Niger.
Fernando Ferreira de Góes nasceu em Salvador, Bahia, no dia 27 de novembro de 1915, Estado que deixou ainda jovem, para morar em Petrópolis e na cidade do Rio de Janeiro. E, com apenas 15 anos, já morava em São Paulo onde viveu a maior parte de sua vida. Foi totalmente dedicado às letras, destacando-se muito cedo como um brilhante e ativo jornalista, nos importantes órgãos da imprensa paulista, em quase todas as funções, tornando-se um autêntico profissional de carreira.
Fernando Góes era um intelectual considerado, conhecido pelo rigor de suas críticas, pois não havia, de sua parte, concessões ou condescendência. Foi assim, com essa postura, que Góes firmou seu nome no mundo das letras, em São Paulo, sendo autor de um amplo trabalho de crítica da historiografia literária. As atividades intelectuais de Fernando Góes foram intensas e variadas, indo do bom conferencista ao debatedor culto e sagaz, que deslumbrava as platéias. Foi polemista dos mais lúcidos e perspicazes de seu tempo.
Escritor assíduo e cronista assinou colunas especializadas nessa modalidade, por sinal, muito apreciadas na ocasião, pelo seu caráter dinâmico e conciso. Os jornais da Rede dos Diários Associados, de São Paulo, em coluna assinada diariamente, “Fernado Góes – Em Tom de Conversa”, o jornal do Comércio, do Rio de Janeiro e a Tribuna da Cidadede Santos tiveram artigos desse emérito jornalista negro. Góes trabalhou nos jornais Tribuna Negra e Alvorada. Fernando Góes foi professor de jornalismo da Universidade Católica e da Escola Cásper Libero de jornalismo, em São Paulo; foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia e eleito para a Academia Paulista de Letras. Escreveu livro sobre o Simbolismo, O Espelho fiel, o Tecedor do Tempo, e sobre a vida e a obra de Luiz Gama.
Símbolos Mágicos na Arte do Metal Raul Giovanni da Motta Lody
Símbolos Mágicos na Arte do Metal
Raul Giovanni da Motta Lody
editora: Arsgráfica
ano: 1974
descrição: Estudos Afro-Brasileiros, Candomblé; Brochura, Ilustrado; A Simbologia dos Orixás na arte do metal...
livro em bom estado de conservação, há uma curiosa e expressiva contribuição deixada no livro pelo antigo possuidor, certamente trata-se de um antigo estudioso iniciado candomblecista, ele acrescenta diversas anotações manuscritas à margem do livro desde dicas rápidas até profundas notas de sabedoria ancestral, evidenciando muita experiencia e respeito pelas coisas relacionadas a religião dos orixás.
livro em bilingue inglês e português.
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ESTA PÁGINA VISA CONTRIBUIR PARA A ELABORAÇÃO DA BIBLIOGRAFIA SOBRE A TEMÁTICA 'NEGRO', SOBRETUDO NO BRASIL. TRABALHAMOS COM O FORNECIMENTO DE LIVROS ESGOTADOS, RAROS, FORA DO COMÉRCIO, RECOLHIDOS E OUTROS SOBRE A TEMÁTICA AFRO BRASILEIRA, CASO QUEIRA É SÓ NOS CONTACTAR. ABRANGEMOS DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO DESDE OS ORIXÁS ATÉ MILTON SANTOS O MAIOR INTELECTUAL NEGRO DO SÉCULO XX.
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Festa do Bomfim Zora Seljan Livraria São José 1958
Festa do Bomfim
Zora Seljan
Livraria São José
1958
peça em três atos. 1ª edição. R. Janeiro: São José, 1958. 157pp. Capa brochura original, Capa: Sylvia. Em bom estado de conservação.
Ekéde; Iaôs; Três servos de Xângo; Oxalá; Babalorixá; Oxãguia; Exu; Oxum: Iabá da Beleza, mulher de Xângo; Nanan; Xângo dono dos trovões; Airá filho de Xângo; Abiòdúm e Olugbã: velhos ministros de Xãngo.
Esta peça teve origem numa lenda de Oxalá, o orixá que a gente dos 'terreiros' sincretizou com o Senhor do Bomfim.
Assim como as aguás do batismo lavam os pecados,a etnografia religiosa afr-brasileira registra a virtude das águas, que purificam os agravos e malfeitos, descarregando o corpo de ruindades....
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cultura griot.
História do negro na educação: indagações sobre currículo e diversidade cultural
História do negro na educação: indagações sobre currículo e diversidade cultural
José Valdir Jesus de Santana, Jorlúcia Oliveira Moraes
Resumo
Na perspectiva de Gomes (2006) garantir uma escola igual para todos não depende apenas de preceitos legais e formais, mas passa também pela garantia, na lei, do direito à diferença de grupos que sempre lutaram pelo respeito às suas identidades. No cenário contemporâneo, onde as contradições, das mais diversas ordens e tipos tendem a se descortinarem, uma questão especial nos posiciona frente a grandes desafios: como dar conta, no contexto da educação escolar, da diversidade étnico-cultural, tendo em vista que a escola, em sua trajetória histórica, não soube dialogar com as diferenças. O que pretendemos nesse trabalho é problematizar essas questões, a partir de dois grandes eixos: pensar a história do negro na educação e, no mesmo sentido, refletir acerca da necessidade em se construir um currículo pluricultural que possa instaurar um novo diálogo que as diferenças que estão posicionadas no contexto da escola.
Link para o artigo completo:
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7393/4940
ou aqui:
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7393
José Valdir Jesus de Santana, Jorlúcia Oliveira Moraes
Resumo
Na perspectiva de Gomes (2006) garantir uma escola igual para todos não depende apenas de preceitos legais e formais, mas passa também pela garantia, na lei, do direito à diferença de grupos que sempre lutaram pelo respeito às suas identidades. No cenário contemporâneo, onde as contradições, das mais diversas ordens e tipos tendem a se descortinarem, uma questão especial nos posiciona frente a grandes desafios: como dar conta, no contexto da educação escolar, da diversidade étnico-cultural, tendo em vista que a escola, em sua trajetória histórica, não soube dialogar com as diferenças. O que pretendemos nesse trabalho é problematizar essas questões, a partir de dois grandes eixos: pensar a história do negro na educação e, no mesmo sentido, refletir acerca da necessidade em se construir um currículo pluricultural que possa instaurar um novo diálogo que as diferenças que estão posicionadas no contexto da escola.
Link para o artigo completo:
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7393/4940
ou aqui:
http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7393
Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro Roberto Moura
Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro
Roberto Moura
FUNARTE
1983
Hilária Batista de Almeida, Tia Ciata (1854-1924)
“Salvador, antiga capital, é no início do século XIX uma surpreendente cidade do mundo colonial português.” (...) “Lá se deflagram as grandes revoltas urbanas, conflitos que legam à sociedade brasileira da Primeira República o temor de levantes negros nas capitais, expresso pelas instituições policiais por uma duradoura vigilância e intolerância.”
“A Assembléia Provincial do Rio de Janeiro chega a pedir em 1835 que se impeça o desembarque de escravos da Bahia e principalmente o de libertos de qualquer estado na capital, já que esses eram considerados os fomentadores das revoltas.”
“Francisco Gonçalves Martins, chefe da polícia na época da revolta malê, se torna presidente da província da Bahia de 1849-53 e, com sua obsessão pelo perigo africano, defende limitar o escravo à esfera da agricultura e coagir os libertos a voltar para a África. Durante sua gestão amplia as exclusões dos escravos a ocupações urbanas, proíbe aos negros o aprendizado de determinados ofícios, estabelece impostos aos artífices urbanos, e aumenta a insegurança com a ação repressiva da polícia, que enche as prisões com libertos, aumentando as levas de forros que partem, alguns para a África, muitos para o Rio de Janeiro.”
“A província do Rio de Janeiro, de 119.141 escravos em 1844, no início da década de 1870 passa a contar com mais de trezentos mil, dos quais grande parte havia chegado da África através dos portos do Nordeste, muitos vindos de Salvador...”
“Mas é em Salvador que se redefine o calendário cristão num novo ciclo de festas populares, quando nos santos católicos seriam encontradas correspondências e identidades associadas aos orixás nagôs, homenageados não só em cerimônias privadas, mas, a partir de então, com toda exuberância na festa ‘católica’, nas ruas, nas praças e mesmo nas igrejas da cidade.”
“... cheganças, bailes, pastoris, bumba-meu-boi e cucumbis, que saíam à rua revelando, mesmo em meio da dura repressão provocadas pelas insurreições dos escravos, a progressiva afirmação do negro na cidade. Os cucumbis baianos reapareceriam no Rio de Janeiro anos depois, em ranchos negros onde se cantava e dançava música africana em procissões que atravessavam os bairros populares, só interrompidas pelas luzes da manhã.”
“Nos cantos das nações se tornam comuns as giras dos batuqueiros onde vai surgir o samba baiano, motivos desenvolvidos pelo coro e contestados pelos solistas: o samba de roda. Orquestra de percussionistas com tamborins, cuícas, reco-recos e agogôs. Batuque era o nome genérico que o português dava às danças africanas suas conhecidas ainda no continente negro, que na Bahia tomam a forma de uma dança-luta que ocorria aos domingos e dias de festa na praça da Graça e na do Barbalho, apesar da constante vigilância policial. Entretanto, se o conde dos Arcos, governador da Bahia no início do século, defendera a libertação dos batuques de nação, argumentando que estes ‘renovariam as idéias de aversão recíproca que lhes eram naturais desde que nasceram, e que todavia se vão apagando pouco a pouco com a desgraça comum’; com a revolta de 1814, a permissão do conde dos Arcos é revogada e os batuques são novamente proibidos, assim como a permanência de negros em tendas, botequins e tavernas.”
“No século XIX, com o desenvolvimento da cultura do café no Sudeste, se manteria o fluxo escravagista para o Rio de Janeiro, e muitos negros viriam do Nordeste para as plantações do vale do Paraíba como para trabalhar no interior paulista. A escravatura urbana da nova capital, tão bem documentada pelo trabalho de Debret, começa a perder importância com a transferência maciça de negros vendidos para as plantações. A população negra do Rio de Janeiro só voltaria a crescer já na segunda metade do século XIX com a decadência do café no vale do Paraíba e com as chegadas sistemáticas dos baianos que vêm tentar a vida no Rio de Janeiro.”
“A Abolição engrossa o fluxo de baianos para o Rio de Janeiro, liberando os que se mantinham em Salvador em virtude de laços com escravos, fundando-se praticamente uma pequena diáspora baiana na capital do país, gente que terminaria por se identificar com a nova cidade onde nascem seus descendentes, e que, naqueles tempos de transição, desempenharia notável papel na reorganização do Rio de Janeiro popular, subalterno, em volta do cais e nas velhas casas do Centro.”
“O grupo baiano iria situar-se na parte da cidade onde a moradia era mais barata, na Saúde, perto do cais do porto, onde os homens, como trabalhadores braçais, buscam vagas na estiva. Com a brusca mudança no meio negro ocasionada pela Abolição, que extingue as organizações de nação ainda existentes no Rio de Janeiro, o grupo baiano seria uma nova liderança. A vivência de muitos como alforriados em Salvador de onde trouxeram o aprendizado de ofícios urbanos, e às vezes algum dinheiro poupado , e a experiência de liderança de muitos de seus membros em candomblés, irmandades, nas juntas ou na organização de grupos festeiros , seriam a garantia do negro no Rio de Janeiro. Com os anos, a partir deles apareceriam as novas sínteses dessa cultura negra do Rio de Janeiro, uma das principais referências civilizatórias da cultura nacional moderna.”
bahiannas“Nos ranchos, cortejos de músicos e dançarinos religiosos mas pândegos e democráticos, que já anteriormente apareciam na Bahia, lutariam carnavalescamente para impor a presença do negro e suas formas de organização e expressão nas ruas da capital da República. A baiana Bebiana, irmã de santo da grande Ciata de Oxum, é figura central da primeira fase dos ranchos cariocas, ainda ligada ao ciclo do Natal, guardando em sua casa, no antigo largo de São Domingos, a lapinha, em frente à qual os cortejos iam evoluir no dia de Reis. Hilário (Hilário Jovino Ferreira, nascido no terceiro quarto do século XIX em Pernambuco, de pais presumidamente forros, e levado para Salvador ainda criança, só viria para o Rio de Janeiro já adulto, onde, graças a seus excepcionais dotes, se tornaria uma das figuras de proa do meio baiano), que se tornaria o principal criador e organizador dos ranchos da Saúde, talvez o principal responsável pelo deslocamento dos desfiles para o Carnaval, o que transformaria substancialmente suas características: a festa profana passa a sugerir um novo enfoque musical e coreográfico, se transferindo para a Cidade Nova, em torno da praça Onze, os pontos de encontro, organização e desfile dos ranchos baianos.
“Tia Bebiana e suas irmãs-de-santo, Mônica, Carmem do Xibuca, Ciata, Perciliana, Amélia e outras, que pertenciam ao terreiro de João Alabá, formam um dos núcleos principais de organização e influência sobre a comunidade. Enquanto as classes populares, em sua maioria proletarizadas, sob a liderança inicial dos anarquistas, se organizam em sindicatos e convenções trabalhistas, grande parte do povão carioca que se desloca do cais pra Cidade Nova, pro subúrbio e pra favela, predominantemente negro e mulato, também se organiza politicamente, em seu sentido extenso, a partir dos centros religiosos e das organizações festeiras. Assim, são essas negras, que ganham respeito por suas posições centrais no terreiro e por sua participação conseqüente nas principais atividades do grupo, que garantem a permanência das tradições africanas e as possibilidades de sua revitalização na vida mais ampla da cidade.”
“Mas a mais famosa de todas as baianas, a mais influente, foi Hilária Batista de Almeida, Tia Ciata, relembrada em todos os relatos do surgimento do samba carioca e dos ranchos...”
“A casa de João Alabá, de Omulu, dava continuidade a um candomblé nagô que havia sido iniciado na Saúde, talvez o primeiro do Rio de Janeiro, por Quimbambochê, ou Bambochê Obiticô..., africano que chega a Salvador num negreiro na metade do século XIX, junto com a avó da babalorixá Senhora, onde se torna, depois de alforriado por sua irmã de nação Marcelina, um influente babalaô.”
“Na sala (da casa de Tia Ciata), o baile onde se tocavam os sambas de partido entre os mais velhos, e mesmo música instrumental quando apareciam os músicos profissionais, muitos da primeira geração dos filhos dos baianos, que freqüentavam a casa. No terreiro, o samba raiado e às vezes as rodas de batuque entre os mais moços. (...) As grandes figuras do mundo musical carioca, Pixinguinha, Donga (filho de mãe baiana), João da Baiana (idem), Heitor dos Prazeres (também filho de mãe baiana), surgem ainda crianças naquelas rodas onde aprendem as tradições musicais baianas a que depois dariam uma forma nova, carioca.”
“A casa da Tia Ciata se torna a capital dessa Pequena África no Rio de Janeiro. (...) Assim, esse grupo baiano se constituía numa elite nessa comunidade popular que se desloca do Centro para suas imediações, forçada a se reestruturar a partir das grandes transformações nacionais e da reforma da cidade, referências de um grupo heterogêneo e caótico onde se preservam e se misturam essas maiorias e minorias étnicas nacionais e estrangeiras. Principalmente entre os negros, os africanos e os baianos da nação iorubá, garantidos por suas tradições civilizatórias e coesos pelo culto do candomblé, eram considerados uma gente distinta, a cujas festas não era qualquer ‘pé-rapado’ que tinha acesso, e cujas cerimônias eram vedadas aos de fora.”
“Já depois da metade do século XIX, quando a festa (a Festa da Penha) passa a se estender por todos os domingos de outubro, ao lado dos portugueses que comiam e entoavam seus fados na grama, estimulados pelo vinho generoso nos tradicionais chifres de boi ou pela cerveja preta ‘barbante’, começam a se ouvir os sambas de roda dos negros animados pela ‘branquinha’ nacional, a se armar batucadas ‘em liso’ ou ‘pra valer’ jogadas pelos capoeiristas, principalmente quando a noite caía e subia a temperatura etílica da festa.”
“‘Malandro não estrila’ era a palavra de ordem, a roda dos capoeiristas aberta depois da reza para quem tivesse coragem e agilidade nas pernas. Ficam famosas algumas brigas sérias, geralmente atribuídas aos negros pela polícia que intervinha com sua costumeira violência, fruto não só da rivalidade entre os malandros, mas também do contato difícil entre negros e portugueses, rivais no mercado de trabalho braçal e sempre se encontrando empregado e patrão no comércio carioca. Seja pelo temor que inspiravam os bambas da Saúde, seja pelo repique do samba que vai pouco a pouco calando os tambores brutos do Zé-pereira, os portugueses perdem presença na Penha que por anos relembra um arraial africano.”
SANGIRARDI JR. DEUSES DA ÁFRICA E DO BRASIL. Candomblé Nagô Iorubá Nação Jejê Minas Angola Banto etc ...
SANGIRARDI JR.
DEUSES DA ÁFRICA E DO BRASIL
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA
1988
Páginas: 206
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL. COM
MUITAS ILUSTRAÇÕES. GLOSSÁRIO DE TERMOS USADOS NOS CULTOS DE RAÍZ AFRICANA E BIBLIOGRAFIA. 206 p. : ill. ; 21 cm.
Um clássico dos estudos afro-brasileiros, sobretudo no que diz respeito aos cultos e ritos da religião dos Orixás. Indispensável numa boa biblioteca sobre o assunto. SAIBA MAIS
Deuses que vieram da Africa.
A teogonia Iorubá.
Os cultos-brasileiros.
O Candomblé.
A casa de Minas.
O milagre dos Orixás.
Inkices e encantados.
A erva lustral.
Exu: Senhor dos caminhos e mensageiro...
Ogum : o deus do ferro e da guerra.
Ossãe: o dono da folhagem.
Ifá: o oráculo dos negros.
Xangô: o zeus iorubá.
Iansã (Oiá): deusa dos ventos e das tempestades.
Oxum: deusa dos rios, fontes e regatos.
Obá:a deusa que perdeu a orelha.
Iemanjá: a rainha do mar.
Ibeji: os meninos que já foram médicos.
Oxumaré: arco-iris e serpente.
Omolu: deus da varíola e médico dos pobres.
Nanã Buruku:mãe de todos os seres e de todas as coisas.
Oxalá: o maior de todos os Orixás.
Os nomes dos deuses - Tábua.
Com uma interessante parte iconografica que revela o que há de mais importante nos cultos africanos de nosso país, desde planos e mapas até imagem raras de nossos mais antigos e importantes mestres iniciados na Religião dos Orixás.
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