15 de dezembro de 2009

Nagô E A Morte Juana Elbein Egum Orum Candomblé Orixá Yorubá











Nagô E A Morte Juana Elbein Egum Orum Candomblé Orixá Yorubá

OS NAGO E A MORTE - Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia.

Juana Elbein dos Santos

Vozes

1986

264 páginas, com ilustrações.



Comentário: Livro bem conservado, com muitas ilustrações e fotos. Contém uma Bibliografia

Iconografia. Um livro que já se tornou clássico entre os estudiosos do Candomblé e da Cultura Yorubá, dispensa apresentações.


"para o Nagô, a morte não significa absolutamente a extinção total, ou aniquilamento (...) Morrer é uma mudança de estado, de plano de existência e de status. Faz parte da dinâmica do sistema que inclui, evidentemente a dinâmica social. "




O ser que completou com sucesso a totalidade de seu destino está maduro para a morte. Quando passa do aiye [mundo] para o orun [além/espaço sobrenatural], tendo sido celebrados os rituais pertinentes [axexê], transforma-se automaticamente em ancestre (...) e poderá inclusive ser invocado como Egum. Além dos descendentes gerados por ele durante a sua vida no aiyé, poderá por sua vez participar na formação de novos seres, nos quais se encarnará como elemento coletivo.



na mitologia ioruba o aiyé e o orun não foram sempre separados. Ou seja, "a existência não se desdobrava em dois níveis (...)". Tanto os Orixás habitavam o aiyé quanto os seres humanos iam ao orun e voltavam. "Foi depois da violação de uma interdição que o orun se separou do aiyé e que a existência se desdobrou. Os seres humanos não tem mais a possibilidade de ir ao orun e voltar de lá vivos...

Para os nagô, existe uma distinção entre Orixá e Egum. Os pais e antepassados de um grupo familiar, ou linhagem, são Eguns porque tem pertencimento a uma estrutura social determinada seja em clãs ou dinastias. Os Orixás pertencem a uma ordem cósmica e universal, são os criadores simbólicos e espirituais dos seres humanos "






"Òsun é a divindade do rio òsun em Ìjèsà na África, atravessando a cidade de Òsogbo onde lá existe seu principal culto, atravez do Atáója. (esse o Obá da cidade).
Conta-se que o primeiro Obá de Osogbo estava as margens do rio òsun, quando esse pedia proteção e auxilio para vários problemas, foi quando um peixe pulou sobre seu colo e "cuspiu-lhe" àgua, vontando para o rio novamente. Sobre seu filá ficou depositado tal água que ele bebeu afixiadamente. Após tal ato grande parte de seus problemas foram resolvidos e apartir de então ele, lá, aos pés de uma arvoré criou o primeiro templo de Òsun, e transformou-se em "A-tewo-gbaeja", abreviando Atáója - aquele que aceita o peixe.
Òsun, associada a procriação e a fertilidade, dona das águas doces e protetora de todas as crianças. "



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