Jacob Gorender
O Escravismo Colonial
São Paulo, Ática, 1980
Livro em bom estado de conservação, capa brochura,coda5-c-x5,escasso, não perca, saiba mais ....
BRASIL COLÔNIA, HISTÓRIA, HISTORIOGRAFIA, - ESCRAVIDÃO ECONOMIA. ESCRAVIDÃO NA AMÉRICA. ESCRAVIDÃO NO BRASIL. TRABALHO ESCRAVO.
Jacob Gorender, um dos mais célebres líderes intelectual brasileiros, expõe suas objeções à interpretação gilbertiana do Brasil, publicadas pela primeira vez em O Escravismo Colonial (São Paulo, Ática, 1980).
O Escravismo Colonial é uma das melhoras obras que alguém já escreveu sobre esse período histórico. Não hesito em considerá-la tão importante, mutatis mutandis, quanto Casa Grande & Senzala. Gorender aí discute com todos os intérpretes do Brasil-Colônia, diverge de todos e ganha a parada. Prova que a economia colonial não pode ser definida nem como feudal, nem como patriarcal, nem como capitalista, nem muito menos como simples "economia exportadora", mas que foi um modo de produção original, o escravismo mercantil, baseado inteiramente na mão-de-obra escrava. No hemisfério Ocidental, o Brasil foi assim o país escravista por excelência.
Trata-se de um grande clássico de caráter universal primordial para a educação. Possui texto de fácil entendimento que estimula o leitor a pensar e refletir sobre o tema proposto.
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Em fins de 1971, em liberdade, Jacob Gorender manteve-se com o trabalho de tradutor, dedicando-se na medida das possibilidades a sua investigação sobre a formação social brasileira.
Em 1974, aos 51 anos, com o apoio econômico de alguns amigos, entre eles José Adolfo Granville e Jacques Breyton, francês e ex-resistente, dedicou-se plenamente à redação de O escravismo colonial, que completou dois anos mais tarde, em 1976, ainda em plena ditadura militar.
Em 1978, depois de demorado exame, O escravismo colonial era lançado pela Editora Ática, de São Paulo.
Para surpresa do autor e dos editores, tamanho foi o sucesso da volumosa obra no mundo acadêmico que a edição esgotou-se, meses após o lançamento.
A tese de mais de quinhentas páginas efetuava revolução copernicana nas ciências sociais brasileiras.
Efetivamente, ao apresentar exaustivamente a defesa do caráter escravista colonial do passado brasileira, superava a falsa polêmica passado feudal–passado capitalista que dividira por décadas as ciências sociais e a esquerda brasileira.
Sobre essa questão haviam se centrado alguns dos mais ásperos debates político-ideológicos no Brasil.
A origem do impasse teórico era antiga e tinha raízes complexas. A hegemonia stalinista sobre o marxismo e o movimento operário ensejara que as sociedades extra-européias fossem necessariamente enquadradas em um dos estágios da linha interpretativa marxiana do desenvolvimento europeu – comunismo primitivo-escravismo clássico-feudalismo-capitalistamo-socialismo.
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