Roger Bastide.
Medicina e magia nos Candomblés.
São Paulo
Brochura, bom estado, escasso. In BOLETIM BIBLIOGRÁFICO: Separata. São Paulo, 1950.
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17 de dezembro de 2010
Júlio Braga - O Jogo de Búzios: Um Estudo de Adivinhação no Candomblé.
Júlio Braga -
O Jogo de Búzios: Um Estudo de Adivinhação no Candomblé.
Editora Brasiliense,
1988.
O saber jogar os búzios é de imensa necessidade para o grupo, pois ele constitui o veículo pelo qual o orixá vai revelar suas vontades a seus filhos. Ali se sabe como se conduzir durante qualquer momento da vida do grupo e do indivíduo. O Babalorixá é o instrumento que veicula a vontade divina para o profano através dos búzios. Braga assinala que o jogo dos búzios é um sistema simplificado, não sendo ensinado nem aprendido, mas que revela o próprio destino da pessoa. A fragilidade do humano é substituída pela incontestável revelação do orixá. Qualquer desacato às ordens do orixá será admoestado por sinais, olhares e nunca diretamente. No candomblé nada se diz frente a frente. A instrumentalização dos búzios pelo Babalorixá credencia toda a representação do grupo quanto a sua sacralidade. Os filhos não estão abandonados, os orixás os guiam por onde devem percorrer.
O Jogo de Búzios é a modalidade de consulta por excelência adotada nos cultos afro-brasileiros. Uma atividade importante que direciona tudo o que é feito, desde os problemas particulares de seus integrantes, até o próprio destino de uma comunidade. O Jogo de Búzios consiste na manipulação de 16 búzios, os quais o adivinho os sacode com as mãos em concha e os atira sobre uma mesa previamente preparada para tal fim. Enquanto assim procede, faz perguntas, conversa com as divindades, procurando respostas às dúvidas e situações diversas. Ao caírem, os búzios poderão tomar uma das duas posições - aberta ou fechada - surgindo, assim, um Odú revelador da mensagem desejada. Os sistemas de consulta praticados, entre eles, os jogos do Ibò, do Obí, Orógbó e Búzios, são também devidamente explicados de forma clara e fácil entendimento. Para cada tarefa uma série de observações a serem seguidas com exemplos práticos de como tudo se desenvolve.
Um estudo de muita qualidade tanto informativa quanto de conteúdo.
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INSTRUMENTOS MUSICAIS DE MOÇAMBIQUE MARGOT DIAS,
INSTRUMENTOS MUSICAIS DE MOÇAMBIQUE
MARGOT DIAS,
Centro de Antropologia Cultural e Social do Instituto de Investigação Cientifica Tropical
1986.
livro em bom estado de conservação, prefácio de Gerhard Kubik, ilustrado, brochura original.
Margot Dias nasceu a 4 de Junho de 1908 em Nuremberga.Fora inicialmente pianista - obteve o diploma do Curso Superior de Música da Academia Nacional de Música em Munique - e principiou as suas actividades de etnóloga e etnomusicóloga em Portugal em 1948, na qualidade de bolseira do Instituto de Alta Cultura (do Ministério da Educação Nacional), adstrita à secção de etnografia do Centro de Estudos de Etnologia Peninsular e mais tarde, como investigadora do Centro de Estudos de Antropologia Cultural, criado em 1962 em Lisboa, ambos para serem dirigidos pelo Prof.António Jorge Dias.
O material em que se baseia a obra presente foi colhido, na maior parte, durante as viagens de investigação de campo realizadas durante os anos de 1957-1961.
...O trabalho agora publicado apresenta o primeiro dos estudos sistemáticos, elaborados até hoje, abrangendo os instrumentos musicais de Moçambique.
...Margot Dias é reconhecida mundialmente, entre os peritos da especialidade, como etnomusicóloga do espaço moçambicano e como a cientista com os conhecimentos mais vastos e mais aprofundados da cultura dos Makonde.
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11 de dezembro de 2010
African Ark Peoples of the Horn Carol Beckwith / Angela Fisher
African Ark: People and Ancient Cultures of Ethiopia and the Horn of Africa
Carol Beckwith / Angela Fisher
editora: The Harvill Press
ano: 1996
ótimo estado / capa dura com sobrecapa / formato grande / 320 págs / ricamente ilustrado / em Inglês / Text by Graham Hancock
"Inspired by a deep knowledge and love of the region, this magnificent book from two of the world's outstanding photographers is the record of a five-year jouney of discovery...A true celebration of the lives of those who still inhabit the cradle of mankind. "-
Two talented photographers focus on the Horn of Africa--an "ark" that shelters an astonishing variety of landscapes and human societies.
Starting with the Christian Amharas of Lalibela and Axum and the Falashas of Lake Tana, they complete an arc that takes them to the seacoast of Eritrea, Djibouti and Somalia, as far south as Lamu in Kenya, and finally to the remote peoples of the Southeast who still engage in stick fighting, body painting, scarification and the wearing of lip plates.
Other handsome peoples they depict include the desert-dwelling Afar, Beja and Rashaida, the Somali nomads of Ogaden and the ecstatic Oromo (formerly Galla) pilgrims of the Bale Mountains.
As in Beckwith and Fisher's previous, award-winning books ( Maasai and Nomads of the Niger ), their magnificent color photos (240 of them here) are the glory of this beautifully designed volume. Hancock's ( Ethiopia ) useful if uninspired text covers indigenous societies, cultures, crafts, religions, sacred places, dances, and cycles of life and death.
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Abrangemos diversas áreas do conhecimento desde os orixás até Milton Santos o maior intelectual Negro do Século XX.
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9 de dezembro de 2010
O Negro Brasileiro Arthur Ramos - Candomblé Yorubá Nagô Ifá Ritos Africa Religião etc
O Negro Brasileiro
Arthur Ramos
Companhia Ed. Nacional
ano: 1940
livro em bom estado de conservação, encadernado em percalux, com muitas ilustrações, algumas estremamente escassas.
Um livro de referência a todo candomblecista e estudios do assunto.
Livro mestre de toda a obra antropológica e etnológica de Arthur Ramos, o presente trabalho de etnografia religiosa é referência obrigatória para os estudiosos da presença africana no Brasil e da sua verdadeira história étnica e cultural em terras do Novo Mundo.
O próprio autor sublinha que “o presente trabalho é o primeiro resultado de um largo inquérito procedido diretamente nos “candomblés” da Bahia, nas “macumbas” do Rio de Janeiro e nos “catimbós” de alguns Estados do Nordeste, sobre as formas elementares do sentimento religioso de origem negra, no Brasil.”
A história destes estudos começa com a publicação em francês do "Animismo fetichista dos negros baianos" do médico Nina Rodrigues, em 1900, este livro teve o mérito de ser o pioneiro a descrever com detalhes os candomblés baianos. Com a morte prematura de Nina Rodrigues em 1906 estes estudos ficaram num certo limbo do interesse intelectual até a década de 1930 quando Artur Ramos, também médico de formação e proclamando-se discípulo e continuador do que denomina a "Escola Nina Rodrigues", iniciou a publicação de seus principais livros sobre o tema. O negro brasileiro (revisto e ampliado em 1940) surge neste contexto sendo o primeiro volume de uma série de livros sobre a temática: Negro, que compreende "O folclore negro do Brasil (1935)", "As culturas negras no novo mundo (1937)" e a "Aculturação negra no Brasil (1942)".
Duas novidades garantiram a importância de "O Negro Brasileiro" na época de sua edição. A primeira foi a ampliação da área de estudos sobre a religiosidade de origem africana que incluiu, além dos terreiros baianos de tradição ritual sudanesa, estudados por Nina Rodrigues, os catimbós do Nordeste e os terreiros de tradição ritual banto (as chamadas "macumbas") do Rio de Janeiro e de São Paulo. A segunda foi que essa religiosidade deixou de ser entendida como manifestação de uma suposta inferioridade da raça negra, e por meio dela se criticou o próprio conceito de raça, substituindo-o pelo de cultura.
A primeira parte dele é dedicada às "Religiões e cultos negros no Brasil" e a segunda à "Exegese psicanalítica".
Na introdução do livro, o autor agrupa a origem étnica dos negros introduzidos no Brasil em dois grandes grupos: os sudaneses (basicamente iorubas ou nagôs e jêjes) e os bantos (angolas, congos, cambindas, benguelas etc.).
Compartilhando a idéia da superioridade cultural do sistema mítico dos sudaneses, defendida por Nina Rodrigues, Ramos descreve esse sistema enquanto liturgia de uma "religião" (capítulos I e II), contrastando-o com os "cultos" descritos nos outros capítulos, dedicados às práticas dos malês - negros islamizados - (capítulo III) e principalmente dos bantos (capítulo IV), estes inclusive mais próximos do "sincretismo religioso" (capítulo V) e das "práticas mágicas" de feitiçaria e curandeirismo (capítulo VI). Como se vê pela própria organização e título dos capítulos há uma idéia implícita de diferenciação e hierarquização entre um "sistema de religião" mais "coeso" e "puro" (jejê-nagô) e "sistemas de culto" mais "impuros" e "sincréticos" (malês, bantos etc.).
Em Salvador, Ramos centralizou suas pesquisas no terreiro do Gantois, como já havia feito Nina Rodrigues, tomando-o como "um do mais antigos" e "modelo para os demais".
Os cultos bantos, predominantes na região sudeste do país foram vistos em termos de uma suposta "pobreza mítica" contrastada com o modelo baiano de candomblé.
Daí terem sido tão facilmente influenciados pela mitologia jêje-nagô que lhes teria imposto seus orixás, pelas idéias do catolicismo e do espiritismo e pelas sobrevivências de cultos ameríndios.
Para Ramos, os cultos de procedência banto, caracterizados por uma "mitologia paupérrima" e facilmente sincretizado com elementos de outras culturas, como a européia e ameríndia, poderiam ser descritos na forma da macumba, tal como era praticada, principalmente no Rio de Janeiro. Os terreiros de macumba foram vistos então pelo autor como "toscos e simples", sem a "teoria de corredores e compartimentos dos terreiros jêje-iorubanos", a estrutura hierárquica seria relativamente simples e as divindades apresentar-se-iam divididas por linhas ou falanges e tanto mais poderoso seria o pai-de-santo quanto maior fosse o número de linhas em que ele trabalhasse.
Nas macumbas o transe seria muito freqüente tendo muito de efeito procurado ou simulado, contrariamente ao candomblé onde a "queda no santo" é demorada e exige cerimônias especiais.
Um clássico escasso da bibliografia temática afro-brasileira.
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30 de novembro de 2010
Autor: Martinho Cardoso Título: Contos que se Contam...
Autor: Martinho Cardoso
Título: Contos que se Contam...
Editora: Sociedade Impressora Paulista
Ano: 1933
Páginas: 156
Comentário : Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original, vide foto.
Trocadilhos, Poesias, Humorísticas, Prosa e Versos Sertanejos, e outras, 1ª edição.
Título: Contos que se Contam...
Editora: Sociedade Impressora Paulista
Ano: 1933
Páginas: 156
Comentário : Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original, vide foto.
Trocadilhos, Poesias, Humorísticas, Prosa e Versos Sertanejos, e outras, 1ª edição.
29 de novembro de 2010
Org. CARLOS MARCONDES MOURA - Ilustração Carybé. As Senhoras do Pássaro da Noite: Escritos sobre a Religião dos Orixás Volume V. Iyami Verger Augras.
Org. CARLOS EUGENIO MARCONDES DE MOURA, Ilustração: Carybé
Título:As Senhoras do Pássaro da Noite: Escritos sobre a Religião dos Orixás Volume V
Axis Mundi, 1994, pgs. 248
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL.
Coletânea que apresenta variados aspectos da tradição afro-brasileira, a "religião dos orixás", em ensaios do etnólogo Pierre Verger, da psicóloga Monique Augras, do antropólogo José Jorge de Carvalho, do sociólogo Reginaldo Prandi, do museógrafo José Luiz Hernandes e do pai-de-santo Manoel do Nascimento Costa.
As Senhoras do título são as Grandes Mães, as yamis do candomblé, mulheres feiticeiras que representam os poderes místicos da mulher e seu aspecto mais perigoso e destrutivo.
Artigos:
“Os Gêmeos e a Morte: Notas sobre os Mitos dos Ibeji e dos Abiku na Cultura Afro-Brasileira"
“Violência e Caos na Experiência Religiosa: A Dimensão Dionisíaca dos. Cultos Afro-Brasileiros.”
"As Artes da Adivinhação: Candomblé Tecendo Tradições no Jogo de Búzios".
"Frutos da Memória e da Vivência: O Grande Sacrifício do Boi na Nação Nagô e Outras Tradições dos Xangôs do Recife".
"Santeria: uma religiao cubana de origem africana."
“Grandeza e decadência do culto de Ìyàmi Òsòròngà (minha mãe feiticeira) entre os Yorùbá.”
"A religião dos orixás, Voduns e Inquices: Uma bibliografia em Progresso."
Este é um livro sobre as religiões dos orixás, seus mitos fundadores, suas instituições tradicionais e suas práticas rituais. Entre os autores temos Pierre Verger, Monique Augras, José Jorge de Carvalho, Reginaldo Prandi, o pai-de-santo Manoel do Nascimento Costa e José Luis Hernándes Alfonso.
Os temas tratados por esses especialistas são os mais instigantes e atraentes: o culto das Iyami Oxorongá, os mitos dos Abiku e Ibeji, o oráculo do jogo de búzios, os aspectos dionisíacos do culto, as práticas sacrificiais, os orixás da santería. É um livro para especialistas e pesquisadores, mas também para os iniciados das religiões afro-brasileiras e para todos os leitores que se interessam pela cultura popular brasileira e sua herança africana.
Um dos objetivos da série de escritos sobre a religião dos orixás, voduns e inquices é colocar novamente em circulação ensaios e artigos publicados nas décadas de 1940 a 1960 pelos pioneiros dos estudos sobre as religiões afro-brasileiras (Édison Carneiro, Bastide, Herskovits, Verger e Costa Eduardo), com ênfase no candomblé.
Tal produção, divulgada em publicações especializadas, tornou-se de difícil acesso. Outro propósito é divulgar ensaios inéditos de autores contemporâneos, a nova geração de antropólogos, sociólogos e psicólogos que vêm aprofundando, revisando e abrindo novos caminhos para o entendimento da religiosidade afro-brasileira. A produção dos africanistas ilumina certos aspectos da religião, tal como é praticada atualmente no Benin e Nigéria, ao revelar a manutenção de valores tradicionais, descrever e analisar procedimentos rituais, apontar tendências de adaptação ou renovação de conhecimentos e, sobretudo, possibilitar a realização de estudos comparativos em relação ao Brasil...
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A SENHORA DO PÁSSARO DA NOITE (ÒSÓRÓNGÁ) YÁMIN.
As Senhoras dos Pássaros da Noite quando se pronuncia o nome de Yiá Mi Osorongá, quem estiver sentado deve-se levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois se trata de temível Òrìsá, a quem se deve apreço e acatamento. Iyá Mi Osorongá ( Ìyá Mi Osorongà ) é a síntese do poder feminino, claramente manifesto na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo. Quando os iorubás dizem "nossas mães queridas" para se referirem às Iyá Mi, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade. Donas de um àse tão poderoso quanto o de qualquer Òrìsá, as Iyá Mi tiveram seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de março e maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade. Poder procriador tornou-se conhecidas como às senhoras dos pássaros e sua fama de grandes feiticeiras as associou à escuridão da noite; por isso também são chamadas de Eleyé e as corujas são seus maiores símbolos.
Esse é o poder de Iyá Mi: mostrar que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens. Mãe todo-poderosa, mãe do pássaro da noite. Grande mãe com quem não ousamos coabitar Grande mãe cujo corpo não ousa olhar. Mãe de belezas secretas que esvazia a taça Que fala grosso como homem, Grande, muito grande, no topo da árvore iroko, Mãe que sobe alto e olha para a terra Mãe que mata o marido, mas dele tem pena. Iyá Mi é a sacralização da figura materna, por isso seu culto é envolvido por tantos tabus. Seu grande poder se deve ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo que é redondo remete ao ventre e, por conseqüência, as Iyá Mi. O poder das grandes mães é expresso entre os orixás por Òsún, Yemonjá e Nanã Buruku, mas o poder de Iyá Mi é manifesto em toda mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu. As denominações de Iyá Mi expressam suas características terríveis e mais perigosas e por essa razão seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um de seus nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das grandes Mães e, principalmente, para afugentar a morte.
As feiticeiras mais temidas entre os yorubás e nos candomblés do Brasil são as Àjé e, para referir-se à elas sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro. O aspecto mais aterrador das Iyá Mi e o seu principal nome, com o qual se tornou conhecida nos terreiros, é Osorongá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro de mesmo nome e rompe a escuridão da noite com seu grito assustador. As Yiá Mi são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte. Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas em seu aspecto benfazejo, são o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte. O lado bom de Iyá Mi é expresso em divindades de grande fundamento, como Apàöká, a dona da jaqueira, a verdadeira mãe de Òsóssí Dizem que o deus caçador encontrou mel aos pés da jaqueira e em torno dessa árvore formou-se a cidade de Kêtu. Os assentamentos de Iyá Mi ficam juntos as grandes árvores como a jaqueira e geralmente são enterrados, mostrando a sua relação com os ancestrais, sendo também uma nítida representação do ventre. As Iyá Mi, juntamente com Èsú e os ancestrais. É evocado nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que, entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem à vida, integrarão o corpo das Iyá Mi, que são, na verdade, as mulheres ancestrais. A grande mãe feiticeira..o grande segredo de todas as nações que envolvem Òrìsá,sabedoria encantamento. Aprendam sobre a grande mãe só assim comessaram a entender os grandes mistérios que envolvem o candonblé,a magia que encanta,o feitiço que apavora,a realidade de cada ser humano espelhados no mistério das yamins.
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12 de novembro de 2010
SOCIOLOGIA DO NEGRO BRASILEIRO CLOVIS MOURA
Sociologia do Negro Brasileiro
Clóvis Moura
editora: Ática
ano: 1988
descrição: O livro está em bom estado de conservação,coda29b-x5,escasso, não perca, saiba mais ...
Clóvis Moura
editora: Ática
ano: 1988
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10 de novembro de 2010
African Masks Franco Monti Paul Hamlyn 1969
African Masks
Franco Monti
Paul Hamlyn
1969
livro em capa dura, fartamente ilustrado, coda16-x5,escasso, não perca, saiba mais....
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A função ritual, liturgica e simbolica da máscara africana é um assunto muito falado mas pouco conhecido, sociedades secretas africanas, cultos abertos, rituais, etc. Temos neste livro uma boa oportunidade de perceber de perto um dos assuntos que fascinam tanto curiosos e estudiosos, quanto iniciados...
A utilização de máscaras em cerimoniais é prática comum há milhares de anos. As máscaras são de fundamental importância nos rituais, sejam de iniciação, de passagem, ou de evocação de entidades espirituais. As máscaras apresentam-se, também, como elementos de afirmação étnica, expondo características particulares de cada grupo. Assim, existe uma enorme diversidade de formas, modelos, técnicas de confecção e aplicações.
Normalmente, a máscara é apenas um dos elementos utilizados nas cerimônias e rituais, havendo a combinação com outras manifestações, como dança, música e instrumentos musicais. Aparece ainda o uso de máscaras associado a objetos de cunho animatista, como amuletos.
Na África, o artífice, antes de começar a esculpir uma máscara, passa por um processo de purificação, com reza aos espíritos ancestrais e às forças divinas. Tal prática faria com que a força divina fosse transferida para a máscara durante o processo de manufatura.
Se no passado era prática generalizada, o uso de máscaras rituais teve um enorme declínio nas últimas décadas. Entretanto, a manufatura e o emprego deste objetos continua sendo um aspecto fundamental na identidade de vários grupos étnicos africanos. Por isso, já existem pessoas que trabalham pela preservação deste hábito milenar.
A máscaras são empregadas, basicamente, em eventos sociais e religiosos. Além de representarem os espíritos ancestrais, em alguns casos objetivam o controle de forças espirituais das comunidades para um determinado fim, sejam estas forças benéficas ou malignas.
A matéria prima utilizada na elaboração das máscaras é diversificada. Entretanto, é a madeira a matéria prima mais comum. Isso porque os artífices acreditam que as árvores possuem uma alma, um espírito. A madeira seria interpretada como um receptáculo espiritual, sendo que parte dessa essência animista é transferida para a máscara, conferindo ao seu portador alguma espécie de poder. Na visão de muitos antropólogos, se trataria de um conjunto de forças invisíveis que atuam diretamente no controle social.
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this book provides crisp photos and concise narratives and descriptions of a wide variety of African masks.
To Western eyes African masks have a sinister, secret life of their own. The astonishing vigour of the carving and the often highly coloured decoration add to the feeling that these masks are more than just tribal regalia. This fascinating book reveals, perhaps for the first time to the ordinary reader, the background of the Negro artist and his place and function in the tribe. It shows how the mask, part of a dance costume, is linked via the public ceremonial life of the tribe.
One does not need a profound knowledge of the art of Black Africa to be awar of one particular traditional element which permeates almost every culture throughout the continent-the mask. So evident is this art form that one cannot but ask why and how this phenomenon took root and grew. This is a 158 pages book of the origin of the mask including wonderful pictures.
This book is in good to good + condition.
Cameo - African Masks; Franco Monti, Paul Hamlyn.
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8 de novembro de 2010
Huet Michel - Laude Jean - Paudrat Jean-louis. The Dance, Art, and Ritual of Africa. mascaras geledes arte ritual etc
Autor: Huet Michel - Laude Jean - Paudrat Jean-louis
Título: The Dance, Art, and Ritual of Africa
Editora: Pantheon Books
Ano: 1978
Comentários: Livro em formato grande, 240 pg, capa dura, bom estado, com sobre capa original, formato grande, profusamente ilustrado, com mais de duas centenas de fotografias, muitas em cores, imagens de ritos, costumes e rituais africanos, alguns pouco conhecidos ...
Além das centenas de fotografias, o livro tem um texto minucioso, preparado por dois dos principais especialistas franceses neste campo.
Jean Laude, autor de numerosos livros e artigos sobre arte Africana.
Uma série mais específica de notas explicativas sobre o significado exato das danças, seus costumes, e sua relação com cada cultura foi preparado por Jean-Louis Paudrat, que leciona na Universidade de Paris, especializado em antropologia da arte.
Uma viagem ao mundo africano onde se mostram suas danças, costumes e ritos, totalmente de fotografias coloridas e preto e branco.
Retrata entre outras, as culturas e ritos e danças, panos, cabelos, vestuário litúrgico/sacerdotal, instrumentos dos ritos, amuletos, máscaras, pintura corporal, tatuagens/marcas tribais, fetiches, e demais peças, um verdadeiro documentário fotográfico sobre a cultura crença e concepção de mundo africana.
Há imagens que falam por si, dezenas de comentários não bastaria para descrevê-las....
Este colorido livro traz uma combinação de estudos que giram em torno da arte, da dança e da ritualística africana, adequado para os pesquisadores da mitologia africana, do sistema liturgico-sacrificial, bem como das religiões comparadas da Africa.
Prefacio e fotografias de Michael Huet.
Introdução de Jean Laude.
Centenas de livros foram publicados sobre a arte Africana, mas até esse volume incomum, nunca ninguém capturou arte Africana viva, como ela é vivida e celebrada na vida cotidiana...
Durante trinta anos Michel Huet viajou pela Africa, fotografando as máscaras e fantasias extraordinárias que são parte central da tradição Africana, nos rituais próprios, danças e cerimônias para as quais foram inventados.
O núcleo deste livro é a conjunção entre a arte, a dança e o ritual.
Há centenas de fotografias de danças e cerimônias, muitos dos quais nunca foram fotografados antes: danças fúnebres, cerimônias ligadas à colheita e plantio, ritos de iniciação, e as expressões cotidianas de prazer e alegria que são tão importantes para todas as culturas africanas .
Huet nos mostra as formas tradicionais que sobreviveram ao longo dos séculos.
Muitas das fotografias do livro não poderia mais ser tomadas, e em poucos anos, este belo livro será visto principalmente como um registro histórico.
Importante documento antropológico e artístico.
Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.
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que conversaremos sobre como conseguir.
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cultura griot.
7 de novembro de 2010
Angola Expressão Cultura Material Kibumdu. Bakongo. Ambundu. Ovibumdu. Cokwe. Bantu. Khoisan. Ana Oliveira.
Angola e a Expressão da Sua Cultura Material. Ana Maria de Oliveira.
editora: Odebrecht
ano: 1991
Antropologia, Ciências Sociais, Crença, Costumes e Tradições, Pesquisa Sociológica, Iconografia, Religião, África.
Tiragem em papel especial couché, com reduzidas tiragem de exemplares.
Uma interessante obra que trata de uma das mais importantes matrizes africana com atuação na cultura, costumes e religião afro-brasileira.
As máscaras, os mitos, objetos cúlticos e litúrgicos, amuletos, instrumentos, e diversos ritos que escapam do esquecimento por trabalhos sérios de preservação dos costumes ancestrais africanos, obras como esta são de importância capital para os estudiosos das representações religiosas africanas que ajudaram e ajudam a formar a cosmovisão afro-brasileira.
Esta obra reparte o território de Angola em sete grandes áreas etnolingüisticas para efeitos de caracterização dos objetos nela representados: uns de cunho utilitário, alguns associados a crenças e práticas religiosas e outros como símbolos do poder político tradicional e regional. A simbiose desses importantes elementos é responsável pela deslumbrante visão pictórica de um acervo de inestimável valor, realçada por um texto de qualidade; Formato: 26.5x29.5 cm, 168 p., encadernado, com sobrecapa, ilustrado. Livro em Português/Inglês.
Em seus quase 1.250.000 km2 de superfície, Angola abriga povos que no passado formaram nações bem distintas – como Matamba e Benguela e o Reino do Kongo – e hoje enfrentam o desafio de conviver dentro das mesmas fronteiras geopolíticas e administrativas.
Angola e a Expressão de sua Cultura Material traça um perfil da multifacetada cultura desse país, a partir da análise de peças utilizadas para simbolizar o poder político, em práticas místicas ou para fins utilitários, religiosos, em suas sete grandes comunidades culturais: Bakongo, Ambundu, Ovimbundu, Cokwe, Ovingangela, Ociwambo e Khoisan.
São máscaras, amuletos, totens, estatuetas, instrumentos musicais e objetos utilitários. Cada peça é estudada em sua individualidade artística, mas sem se perder de vista seu simbolismo, ou o contexto sócio-cultural e geográfico em que se insere.
O prefácio de Ivan Cannabrava, à época embaixador do Brasil em Angola, reflete a importância do acervo cultural e a valorização do patrimônio cultural do país.
Editado em 1991, com pesquisa e texto da antropóloga Ana Maria de Oliveira, diretora do Museu, e fotografias do bahiano, Mário Cravo Neto.
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cultura griot...
23 de outubro de 2010
Poder Africano Ziegler - História Filosofia Crença Africana Alaketu Candomblé Africa Brasil Nagô Murundi Egun
Autor: Jean Zieglér
Título: O Poder Africano
Editora: Difusão Européia do Livro
Ano: 1972
Páginas: 228
Poder Africano Ziegler - História Filosofia Crença Africana Alaketu Candomblé Africa Brasil Nagô Murundi Egun
Livro em bom estado de conservação, com capa brochura original. Tradução Heloysa Lima Dantas. Escasso, não perca, saiba mias ...
O Poder Africano - Elementos de Uma Sociologia Política da África Negra e de sua Diáspora nas Américas.
A história multipla; Os reis errantes do Burundi; O poder dos Orixás; O tempo dos Africanos; A ideologia africana; sociedades históricas e sociedades sem história; O tempo e o Mito; O tempo e a morte; O tempo e o sonho; Os sistemas temporais africanos; O mistério do mundo; A descida dos deuses; A inserção-tempo; O espaço homogeneo; A sacerdotisa-rainha; A sucessão do Rei; As instituições do poder Real; etc ...
Com Bibliografia seletiva das obras referentes a diaspora africana do Brasil, Haiti, Venezuela e Cuba.
Com Bibliografia seletiva relativa aos reinos Batutsi.
Com calendário Murundi.
Com calendário Yorubá.
Com calendário Jukun (sociedade do norte Nigéria).
Muito interessante e erudito livro deste que é um dos mais profundos conhecedores dos assuntos relacionados a Africa, ainda vivo.
Repleto de histórias de muito interesse para o estudioso candomblecista, Ziégler manteve-se muito tempo no estudo aprofundado da Africa, compartilha portanto suas experiências sobre a religião dos Orixás colhidas oralmente pelo autor durante seus estudos no Brasil e na Africa.
O livro traz ainda uma muito interessante, quase desconhecida, história, -narrado ao autor por Vivaldo Costa em Salvador - sobre a ancestralidade biológica e cronologia iniciática do Alaketu, terreiro secularmente conhecido pelo zelo e pureza do culto aos Orixás, que inclui a própria Olga do Alaketu.
Um instrutivo texto sobre o culto Egun no Brasil, isto é, em Itaparica.
"Os reis errantes do Burundi, e as filhas-de-santo de Salvador, encarnam de fato dois extremos da experiência africana. contudo, a leitura das paisagens sociais murundi e alaketu desvenda o poder estruturador de uma mesma motivação. um tempo unitário e ciclico governa a atividade africana tanto na baia de Salvador quanto no espigão Congo/Nilo"
"Alguns dos nossos colegas - como E. Carneiro, Deoscoredes dos Santos, Milton Santos, Vivaldo da Costa Lima, Pierre Verger - são iniciados do candomblé. Seu estado e sua fé lhes conferem meios de percepção de que não dispõe o sociólogo ordinário. Seu saber, entretanto, deriva da fé. Para eles, a transubstancialidade dos Orixás constitui uma evidência intuitiva. Em outras palavras: ela traduz uma certeza subjetiva não demonstrável. Em outras palavras ainda: o argumento de Costa Lima, de Carneiro e Deoscoredes dos Santos situa-se além do estreito limite que separa a investigação racional da afirmação apodítica de uma fé experimentada".
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática dessa área, saiba mais ...
Um clássico escasso da bibliografia temática africanista.
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.
"A filosofia do candomblé não é uma filosofia bárbara,e sim um pensamento sutil que ainda não foi decifrado"
Caso haja interesse em alguns dos nossos livros, ou em outro que não se encontre cadastrados ainda, pergunte-nos.
Visamos contribuir para a elaboração da bibliografia sobre a temática "Negro", sobretudo no Brasil.
Trabalhamos com o fornecimento de livros esgotados, raros, fora de comércio,recolhidos e outros sobre a temática afro-brasileira, caso queira é só nos contactar.
Abrangemos diversas áreas do conhecimento desde os orixás até Milton Santos o maior intelectual Negro do Século XX.
cultura griot.
Título: O Poder Africano
Editora: Difusão Européia do Livro
Ano: 1972
Páginas: 228
Poder Africano Ziegler - História Filosofia Crença Africana Alaketu Candomblé Africa Brasil Nagô Murundi Egun
Livro em bom estado de conservação, com capa brochura original. Tradução Heloysa Lima Dantas. Escasso, não perca, saiba mias ...
O Poder Africano - Elementos de Uma Sociologia Política da África Negra e de sua Diáspora nas Américas.
A história multipla; Os reis errantes do Burundi; O poder dos Orixás; O tempo dos Africanos; A ideologia africana; sociedades históricas e sociedades sem história; O tempo e o Mito; O tempo e a morte; O tempo e o sonho; Os sistemas temporais africanos; O mistério do mundo; A descida dos deuses; A inserção-tempo; O espaço homogeneo; A sacerdotisa-rainha; A sucessão do Rei; As instituições do poder Real; etc ...
Com Bibliografia seletiva das obras referentes a diaspora africana do Brasil, Haiti, Venezuela e Cuba.
Com Bibliografia seletiva relativa aos reinos Batutsi.
Com calendário Murundi.
Com calendário Yorubá.
Com calendário Jukun (sociedade do norte Nigéria).
Muito interessante e erudito livro deste que é um dos mais profundos conhecedores dos assuntos relacionados a Africa, ainda vivo.
Repleto de histórias de muito interesse para o estudioso candomblecista, Ziégler manteve-se muito tempo no estudo aprofundado da Africa, compartilha portanto suas experiências sobre a religião dos Orixás colhidas oralmente pelo autor durante seus estudos no Brasil e na Africa.
O livro traz ainda uma muito interessante, quase desconhecida, história, -narrado ao autor por Vivaldo Costa em Salvador - sobre a ancestralidade biológica e cronologia iniciática do Alaketu, terreiro secularmente conhecido pelo zelo e pureza do culto aos Orixás, que inclui a própria Olga do Alaketu.
Um instrutivo texto sobre o culto Egun no Brasil, isto é, em Itaparica.
"Os reis errantes do Burundi, e as filhas-de-santo de Salvador, encarnam de fato dois extremos da experiência africana. contudo, a leitura das paisagens sociais murundi e alaketu desvenda o poder estruturador de uma mesma motivação. um tempo unitário e ciclico governa a atividade africana tanto na baia de Salvador quanto no espigão Congo/Nilo"
"Alguns dos nossos colegas - como E. Carneiro, Deoscoredes dos Santos, Milton Santos, Vivaldo da Costa Lima, Pierre Verger - são iniciados do candomblé. Seu estado e sua fé lhes conferem meios de percepção de que não dispõe o sociólogo ordinário. Seu saber, entretanto, deriva da fé. Para eles, a transubstancialidade dos Orixás constitui uma evidência intuitiva. Em outras palavras: ela traduz uma certeza subjetiva não demonstrável. Em outras palavras ainda: o argumento de Costa Lima, de Carneiro e Deoscoredes dos Santos situa-se além do estreito limite que separa a investigação racional da afirmação apodítica de uma fé experimentada".
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Um clássico escasso da bibliografia temática africanista.
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"A filosofia do candomblé não é uma filosofia bárbara,e sim um pensamento sutil que ainda não foi decifrado"
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22 de outubro de 2010
Arte África Obras Primas Museu Etnológico Berlin Arte Gelede; Yoruba; Angola; Chokwe; Luba; Benin; Tsonga; Bafum, etc
Arte da África: Obras Primas do Museu Etnológico de Berlin.
autor: Junge - Coletivo - Com Diversos Ensaios
editora: C C Banco Brasil
ano: 2003
Livro Raro, Arte, Religiosidade, Africa, etc ..., livro em muito bom estado de conservação,escasso, não perca, aproveite. Formato grande, com 351 páginas, fartamente ilustrado, edição em papel especial couché, uma preciosidade de livro.
Livro da exposição de grande sucesso que, após ser apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro seguiu para os CCBBs de Brasília e São Paulo, quase 300 objetos de uma das maiores e mais respeitadas coleções de arte africana do mundo, a do Museu Etnológico de Berlim. tesouros do século XV ao XX de 31 países da África, Congo, Camarões, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Quênia e muitos outros.
Livro muito bem ilustrado e documentado sobre as artes africanas de nações que dificilmente teríamos acesso, mas que contribuíram e contribuem para a rede de ritos ancestrais africanos, com seus ritos, liturgias e mitos, sociedades muitas vezes secretas, etc ...
Com textos de Gilberto Gil; Peter -Klaus Schuter; Alfonsus Hug; Viola Konig; Peter Junge; Paola Ivanova; Alberto Costa e Silva; Wole Soyinka.
O museu Etnológico; Arte da africa; A invenção da "Cultura Tradicional"; Visão brasileira escultura africana; Lição do Balafo; Representação rosto humano Sul da Nigéria 1200-1900...
Arte Gelede; Yoruba; Angola; Chokwe; Luba; Benin; Tsonga; Bafum, etc
'A arte africana não é primitiva nem estática. Há peças datadas desde o século V a.C. atestando uma história da arte africana, mesmo que ainda não escrita por palavras. É certo que muitos dados estão irremediavelmente perdidos: objetos foram destruídos, queimados ou fragmentados ao gosto ocidental e moral cristã; ateliês renomados foram extintos e muitas produções interrompidas durante o período colonial na África (1894-c.1960). Mesmo assim, as peças dessa arte africana remanescente 'falam' de dentro de si e por si mesmas através de volumes, texturas e materiais; veiculam um discurso estruturado reservado aos anciãos, sábios e sacerdotes. Alguns artistas, como os do Reino de Benim, exerciam função de escriba, descrevendo a história do reino por meio de ícones figurativos em placas de latão que teriam recoberto as pilastras do palácio real.
O desenho de jóias e as texturas entalhadas na superfície de certos objetos da arte africana também constituem uma linguagem gráfica particular. São padrões e modelos sinalizando origem e identidade que aparecem também na arquitetura, na tecelagem ou na arte corporal. A arte africana é multivocal.
Por exemplo, o tratamento do penteado dado a estátuas e estatuetas pelos escultores revela, muitas vezes, o elaborado trançado do cabelo das pessoas, e, mesmo, a prática cultural, em algumas sociedades, da modelagem paulatina do crânio dos que tinham status (caso dos mangbetu, do ex-Congo Belga, atual República Democrática do Congo-RDC). É, para eles, ao mesmo tempo, expressão do belo. Atribuia-se significado até às matérias-primas empregadas na criação estética ? elas davam 'força' à obra, acrescida, por fim, quando ela ganhava um nome, uma destinação. Tornava-se, então, parte integrante da vida coletiva. Por isso, diz-se que a arte africana é uma 'arte funcional'.
A arte africana, porém, não é apenas 'religiosa' como se diz, mas sobretudo filosófica. A evocação dos mitos nas artes da África é um tributo às origens ? ao passado ?, com vistas à perpetuação ? no futuro ? da cultura, da sociedade, do território. E, assim, essas artes 'relatam' o tempo transcorrido; tocam no problema da espacialidade e da oralidade.
Muitas esculturas, como a máscara kpelié dos senufo que introduz este site, não é feita apenas para dançar, mas para celebrar mitos. A estatueta feminina que vai no alto do crânio da face esculpida de que se constitui essa máscara, parece estar gestando, prestes a dar à luz a um filho. O interessante é que, em muitos exemplares similares, essa forma superior da máscara kpeliénão é o de uma mulher, mas de um pássaro associado à origem dessa cultura. Ela, assim como outras criações estéticas da África, constela aspectos da existência e do cosmo, ou seja, tudo o que envolve a humanidade ? o Homem em sua interioridade sensorial e na sua relação com o mundo ao redor. E nisso, vemos também que a arte africana é dual.
Algumas peças da arte africana, como as impressionantes estátuas 'de pregos' dos bakongo, ou as dos basonge (ou ba-songye (ambas sociedades da R.D.Congo), são, na verdade, um conglomerado composto por uma figura humana de madeira e uma parafernália de outros materiais vegetais, minerais e animais. É uma clara alusão à consciência do Homem sobre a magnitude da Natureza e de sua relação intrínseca com ela.
Como frisa o antropólogo e vice-reitor do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP, Kabengele Munanga, para várias culturas africanas o belo é justamente aquilo que funciona. Isso não significa que não exista preocupação com as formas e a maneira de se produzir os objetos. "Eles eram feitos por encomenda por pessoas iniciadas e que seguiam um conjunto de regras. Esses produtores conheciam os símbolos e a madeira que deveria ser utilizada", esclarece Munanga, que nasceu na República Democrática do Congo e há 28 anos mora no Brasil.
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Acaçá Pai Cido De Òsun Eyin Candomblé Yorubá Cozinha Orixás. Comida de santo. iyá bassê acaçá lubaça gembê amalá etc
Acaçá - Onde tudo começou.
Pai Cido de Òsun Eyin
Arx
2002
Livro em bom estado de conservação, uma pérola, muito escasso, aproveite.
Escrever um livro sobre comida que não fosse de culinária comum criou um problema para o babalorixá Cido de Òsun Eyin, baiano que mora em São Paulo desde os 20 anos.
Como fazê-lo?, perguntava-se o religioso, que pediu ajuda aos orixás. Dormiu um dia e sonhou com o acaçá, interpretando a história como "um recado de Oxóssi", o patrono do seu terreiro. Para quem não sabe ou não está lembrado, acaçá é aquele bolinho cremoso de milho branco enrolado na palha de bananeira, e que ainda pode ser encontrado à venda nas ruas da cidade.
Dentro do Candomblé, informa pai Cido, o acaçá é, simbolicamente, o alimento mais importante. Deve ser ofertado a todos os orixás, em todas as cerimônias, das mais simples às mais complexas, como as de iniciação e passagem. Pensando na iguaria como síntese da importância da comida para o povo de santo, ele chegou ao formato de Acaçá - Onde tudo começou, que traz o intertítulo Histórias, vivências e receitas das cozinhas de Candomblé (Arx).
"O acaçá é o símbolo de paz, a energia branca, remete ao princípio de todas as coisas, à criação", afirma pai Cido.
A partir desse conceito, o trabalho conseguiu mesmo fugir do formato clássico dos livros de receitas, dando um tratamento antropológico ao assunto. Escrito com a colaboração de Rodnei William Eugênio, sociólogo e filho-de-santo de pai Cido, a publicação procura mostrar a importância do alimento no cotidiano das casas de candomblé. O autor observa que a comida, diferentemente do que acontece em outras religiões, representa um elo fundamental entre os homens e as divindades.
"A comunhão se dá em termos reais e simbólicos, pois o mesmo caruru com arroz e galinha da terra que mata a fome dos homens, antes foi oferecido aos orixás, que a partir de então passam a dividir a mesa e a compartilhar da alegria de seus filhos", anota pai Cido. Comer da mesma comida ofertada a Oxum, Oxóssi e outros deuses seria, então, uma maneira de despertar o axé do orixá dentro de cada um de nós.
A primeira parte do livro dá uma geral nos elementos que cercam o ritual do preparo, destacando-se a ida aos mercados e a ação coletiva nas cozinhas. Segundo pai Cido, ingredientes, temperos e modos de preparar são fundamentais para alcançar os propósitos finais. O azeite-de-dendê, diz, assim como o mel e o sal, é uma espécie de sangue, imprescindível nos rituais de consagração. "Depois que fiz o santo, tenho me preocupado muito com a forma correta dos pratos. Vejo muita gente fazendo o acaçá de forma incorreta", diz.
Na seqüência, a publicação traz 18 capítulos, cada um dedicado a um orixá e os principais tipos de alimentos que costumam lhe serem servidos. O interessante é que o autor conseguiu fugir de uma abordagem simplista, falando de comida a partir da mitologia dos orixás e mostrando como os pratos podem variar de acordo com a cultura local. O inhame, por exemplo, está diretamente ligado a Ogum porque, na África, ele é fundamental, simboliza a fartura desejada pelo orixá guerreiro. É a base de muitos pratos naquele continente. No final do livro, um apêndice com algumas receitas e um pequeno glossário.
Fazer história - Acaçá - Onde tudo começou é o segundo livro de pai Cido, que anteriormente publicou o polêmico Candomblé: a panela do segredo. Dizendo que está interessado em fazer história e não em escrever livros, ele diz que não recebe nenhum elogio do povo do candomblé. "O candomblé só bate palmas para intelectuais", alfineta pai Cido, definindo-se como uma pessoa simples, mas que tem o que contar. "O intelectual tem a tese e eu vivo o Candomblé, eu sei fazer acaçá, acarajé e abará, sei como funciona, esta é minha vida", diz.
Comandando um terreiro na zona leste paulista, pai Cido de Òsun. "A cidade me abraçou e Oxum me deu tudo que tenho", diz ele.
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Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.
Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .
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cultura griot.
Aculturação Negra no Brasil. Arthur Ramos. Coleção Brasiliana vol. 224.
Aculturação Negra no Brasil.
Arthur Ramos.
Cia Editora Nacional - Col. Brasiliana número 224
1942
Brasiliana 224 - livro em brochura original, muito bom estado de conservação, 376 p., um clássico.
O estudo da aculturação é uma das conquistas da antropologia brasileira, principalmente em relação às culturas negras.
Na primeira parte, examinam-se vários aspectos da herança cultural do negro.
Na segunda parte, o problema da assimilação e da aculturação é examinado em seus vários aspectos.
No apêndice, inclui artigos e entrevistas do Brasil e do Exterior sobre os estudos negro-brasileiros e a escola de Nina Rodrigues.
A explicação geral de Arthur Ramos em relação à aculturação negra no Brasil tornou-se clássica no pensamento social brasileiro. Na África existiriam diversos grupos populacionais distintos, com organizações sociais e culturais próprias.
A maioria dos negros que vieram ao Brasil com o tráfico de escravos pertenceriam aos seguintes grupos populacionais e culturais:
a) Bantu (Angolas, Congos, Moçambiques); b) Sudanes (Yorubas, Ewes, Daomeianos e Fanti-Ashanti); c) Islamizados (Haussás, Tapas, Mandigas, Fulahs).
Quando chegaram ao Brasil cada um destes grupos foi alocado em uma região do país, reagindo de formas diferenciadas à escravidão...
Arthur Ramos de Araújo Pereira, N. Pilar, atual Manguaba/AL, 1903 e F. Paris/França, 1949.
Médico, livre-docente de clínica psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Bahia professor de psicologia social da Universidade do Brasil, foi também catedrático de antropologia e etnografia da Faculdade Nacional de Filosofia.
Dedicou-se aos estudos de psicanálise e higiene mental e às pesquisas de religiões e folclore negro, tornando-se autoridade em africanologia.
Fundou, em 1941, a Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia. Colaborou em diversas publicações especializadas, no Brasil e no exterior.
Era diretor do Departamento de Ciências Socias da Unesco quando morreu, aos 46 anos, de colapso cardíaco.
Sua obra, considerada sólida, básica e indispensável para o conhecimento da cultura negra no Brasil, compreende 458 trabalhos, entre livros, ensaios e artigos, nas áreas da psiquiatria e da antropologia, muitos deles traduzidos, catedrático de Antropologia e Etnografia da Faculdade Nacional de Filosofia. Pesquisou religiões e o folclore negro. Colaborou em revistas especializadas do Brasil, América e Europa. Era conhecido como uma das maiores autoridades em africanologia. Faleceu em Paris, em 1949.
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14 de outubro de 2010
A FOGUEIRA DE XANGÔ, O ORIXÁ DO FOGO José Flávio Pessoa Barros Candomblé Yorubá Nagô Ifá Ritos Africa Religião etc
A FOGUEIRA DE XANGÔ, O ORIXÁ DO FOGO: Uma introdução à música sacra afro-brasileira
José Flávio Pessoa de Barros.
Ed. Pallas
2005. 256p., ótimo estado, com o CD contendo os canticos dos Orixás africanos, escasso, não perca.
O olhar aguçado do antropólogo vai paulatinamente desvendando um dos fenômenos mais significativos da natureza humana – a religião. A fogueira de Xangô... orixá do fogo é a memória da África reelaborada no Brasil, com toda a sua beleza, vigor e emoção. O escritor, competente no seu ofício, possibilita ao leitor a reflexão e a vivência deste legado e patrimônio nacional. O caminho escolhido, o da musicalidade, tão expressiva nas religiões afro-brasileiras, é outro fator de encantamento. Os cânticos e as gravuras realçam a beleza deste ritual, e sua música é, pela primeira vez, apontada pelo autor como sacra, colocando-a no mesmo nível de outras tradições religiosas ocidentais. Além da metodologia adotada, da observação participante, a linguagem é utilizada com extrema clareza, permitindo a todos um maior acesso ao imaginário social do povo-de-santo. Da mesma forma que Henri Atlan aproxima linguagem e memória, Pessoa de Barros, percorrendo o mesmo caminho, traz intrigantes reflexões sobre a história das comunidades-terreiro. Seu livro permite uma maior compreensão dos vocábulos e insere informações que propiciam o resgate das memórias e do complexo simbólico, que envolve as diferentes religiosidades de matrizes africanas no Brasil.
01.Bata; 02.Alujá; 03.Tonibobé/Kakaká-Umbó; 04.Oba Kawabá; 05.Ó niiká, Ó niiká; 06.Oba irá l’oko; 07.Béè ni je; 08.E ní pá léèrin; 09.Imo wá; 10.Àwa Dupé; 11.A dúpé; 12.Fé lê; 13.Sángbá; 14.Óni Dada; 15.Dada má sokun; 16.Báyànni gidigidi; 17.Fura ti na; 18.Ibá Orisá; 19.Òrán in; 20.Oba Sérée la fèhinti; 21.Eye Kékéré; 22.Airá ójo; 23.A niwa Wure; 24.Olowó; 25.Omo asiko bere; 26. Ago l’óna e; 27.Oba ní sà; 28. Máà inón; 29.Aláàkóso; 30.A sín e doba àra; 31.Aira ó lê lê; 32.Airá ó, ore géde; 33.Gbáà yíì l’àse; 34.Sàngó e pa; 35.Fírì ínón; 36. Barú; 37. Àjàká; 38.Àjáká òkè; 39.Ò be ri ò; 40. Aé aé ó gbé lê; 41.Agonjú; 42.Káwòóo; 43.Oba sérée; 44.Kíni ba; 45.Áwúre lê; 46.Ó fi làbá; 47.Ó jigón; 48.E ki Yemonja; 49.Oba sà rewà; 50.Sòngó to; 51.Ké kikì; 52.Kàtà-Kàtà; 53.Ògúm ní; 54.E ka máà ro; 55.E iyá kékéré; 56.Yemonjá sàgbàwí; 57.Oya kooro; 58.Odò hó; 59.Dá ní a padá; 60.A ri ide; 61.òsun e lóòla; 62.Yèyé yé olóomi ó; 63.Ayaba balé; 64.Ìyá do sìn; 65.Igbá Ìyàwó; 66.Oba e’léékò; 67. Ìtí wéré; 68.Oní sé a àwúre; 69.Ajagùnnòn; 70.Òrìsà oore;
Denílson dos santos Silva, Luiz Gustavo da Conceição, Raimundo Santa Rosa, Uaraçari de C. Pinto: Atabaques Run, Rumpi, Lê e Agogô; Coro: Ana Moreno, Bete d’Oxum, Cláudia Moraes, Dil Fonseca, Marcos Sacramento, Marilza Torres, Marlene De Lufan; Solo Vocal: M. Lúcia da Silva;
O que dizer de uma obra perfeita? José Flávio Pessoa de Barros conseguiu fazer o que ninguém nunca quis ou conseguiu: dar a atenção devida e respeitosa para a música de terreiro, esta matriz importante de sentimentos e dimensões que geraram e guardaram a força do povo brasileiro, seja nas igualdades sociais, seja na origem das manifestações artísticas de nosso povo. Livro e disco são excelentes, surpreendentes e corretíssimos na história e na descrição de cantos e toques, seja na reprodução da língua, seja na transcrição das partituras.
No livro, o autor explicita os procedimentos para a festa em homenagem ao orixá Xangô em suas várias etapas: preparo, bebidas e pratos festivos, mitos, danças, cânticos, etc. No cd, a mágica de músicos excelentes, envolvidos com a proposta e com a espiritualidade. O autor percorreu vários terreiros do Rio de Janeiro e ao perceber a falta de registro sobre os fundamentos da doutrina, resolveu escrever esta obra.
O desvendamento da estética de uma cultura é tarefa extremamente sensível. Palavras não são suficientes para descrever certas realidades e aí o discurso cede lugar à sensibilidade para atingir seu objetivo: este livro/cd é um maravilhoso presente à história brasileira, do mundo e da arte. Obrigatório.
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cultura griot.
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9 de outubro de 2010
Africa - Mitologia Africana Geoffrey Parrinder
autor: Parrinder Geoffrey
título: Africa - Mitologia Africana
editora: Verbo Portugal
ano: 1987
Comentários: bom estado, capa dura, com sobre capa original, muito ilustrado,
Com índice, bibliografia e agradecimentos. Ilustrações, coloridas, preto&branco,mapas, livro escasso e de referencia, não perca, saiba mais.;
Alguns tópicos de que trata a obra:
O criador; Deus abandona o mundo; Os primeiros antepassados; O mistério da natividade;
As origens da morte; O mundo além; Deus e espíritos; Oráculos e advinhação;
Bruxas e monstros; Sociedades secretas e antepassados; Lendas da África; Fabulas de Animais;
etc...
Mponwe máscara ancestral feminino; Real cabaça de Camarões; Ibo tornozeleira de ouro; Kuduro caixa de Ashanti; Iorubá dança máscara pintada; Iorubá cabaça. Símbolo da vida e da eternidade;
Templo de Xangô, Ibadan; Iorubá culto ancestral máscara; Senufo figura passáro, culto aos Ancestrais; encosto de cabeça esculpida Luba. padrão masculino-feminino; Vaso Iorubá; Arte Fon, Bacota; Jejê, Dogon, Bantu, Douala, Nagô, ashanti; etc ...
Segundo Parrinder, a religião iorubá pode ser descrita como um triângulo: no vértice superior, sede de todas as forças, situa-se deus supremo. Nos dois lados descendentes residem as forças subordinadas, os deuses e os antepassados. Na base vivem as forças menores, relacionadas com a magia. Os seres humanos encontram-se no meio do triângulo e têm de viver em harmonia com todas as forças que afetam a sua vida.
Os mitos dos povos ao sul do Saara. O vasto continente da África contém muitos corpus diferentes de mito, decorrentes de varios povos, estruturas sociais e ambientes físico. A variedade é impressionante, e neste livro Geoffrey Parrinder dá um relato completo do Pensamento negro africano sobre a vida e crenças. Ele reconta as histórias que são ao mesmo tempo fascinante e estranhas para o ambiente do homem sem familiaridade. Com texto totalmente ilustrado de artefatos, arte africana e pinturas relacionadas com os mitos.
Na mitologia de qualquer continente sempre se distinguem os mitos principais e os
considerados de menor importância. Mitos há que são dominantes, mostrando o
caráter do pensamento religioso, enquanto os outros são menos centrais, repetitivos
e fantásticos. Deve ter-se sempre em conta todas estas espécies de mitos, pois é o
seu conjunto que indica os valores que unem uma determinada sociedade.
Conta um mito que, no princípio, o mundo era todo pantanoso e cheio de água, um lugar desperdiçado. Sobre ele, no Céu, estava Olorun que ali vivia com outras divindades. Os deuses vinham brincar nos pântanos, descendo em teias de aranha que se estendiam sobre grandes precipícios, como pontes etéreas. Nessa altura, ainda não havia homens, pois não existiam solos enxutos e sólidos. Um dia, Olorun chamou o chefe das divindades, O Grande Orixá (Obatalá), à sua presença e disse-lhe que pretendia criar terrenos sólidos, e que o encarregava desta tarefa. O Grande Orixá recebeu de Olorun uma casca de caracol cheia de terra solta, um pombo e uma galinha com cinco dedos. Desceu do Céu em teia de aranha e deitou a terra da casca sobre um pequeno espaço no pântano, em seguida, colocou o pombo e a galinha sobre a terra, que começaram a espalhar a terra imediatamente, até que se formasse terreno sólido. O local onde se iniciou a criação foi chamado Ifê, vasto em iorubá, mais tarde juntou-se a palavra Ilê, casa em iorubá, para mostrar que se tratava da habitação da qual todas as outras surgiram. Desde então, Ilê-Ifè passou a ser a cidade mais sagrada do povo iorubá. Obatalá também foi encarregado de plantar as árvores para dar, mais tarde, alimento para os homens que foram criados no Céu, sendo Obatalá confiado a modelálos em barro. A tarefa de dar a vida, porém, ficou reservada para Olorun.
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8 de outubro de 2010
Antonio Olinto Brasileiros na África
Brasileiros na África
Antonio Olinto
editora: Grd
ano: 1964
descrição: História do Brasil, Estudos Afro-Brasileiros, Livros Raros, Brochura, 287 pgs, Ilustrado; Livro que Ilustra as Relatos dos Brasileiros retornados á África ( Benin e Nigéria ), e suas influências na cultura africana; Ilustrado com fotos P&B; Bom estado.
Com apendice, com bibliografia, com ilustações. com mapas, Capa de Adir Botelho.
Interessante livro que narra as vivências de Antonio Olinto e Zora Seljan, dois dos maiores intelectuais bahianos em terras e culturas ancestrais da Africa, muito rico em diversos aspectos. Iperdível para quem se dedica aos estudos afro-brasileiros.
"No começo da década de 50, Pierre Verger, depois de larga temporada de pesquisa na Africa, chegava ao Brasil com uma gravação de conversas com brasileiros na Nigéria..."
"Ao visitar o templo de Oxum Miuá, nas margens do rio Oxum, lembreime da roça, como é carinhosamente chamado o Opô Afonjá de Xango... Fui encontrar na casa de do Ataojá (rei) de Oxogbô (cidade de Oxum), na região ocidental da Nigéria (Iorubalandia) , um abajur de contas do mar, disse-me o Ataojá que era presente de Senhora, levado por Pierre Verger..."
Antonio Olinto, membro da Academia Brasileira de Letras, compartilha suas memórias dos terreiros da Bahia. Olinto é um dos principais estudiosos da cultura africana, no Brasil. Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá, ele revela momentos do convívio com a religião dos Orixás enriquecendo a cultura nacional. Junto com a esposa, Zora Seljan, trilhou por mais de 50 anos os caminhos dos orixás.
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Antonio Olyntho Marques da Rocha, 1919 nasceu em Ubá, estudou Filosofia e Teologia. Tendo desistido de ser padre, foi durante 10 anos professor de Latim, Português, História da Literatura, Francês, Inglês e História da Civilização, em colégios do Rio de Janeiro.
Suas grandes paixões são a música africana e a cultura africana.
Quando na África, descobriu a cultura negra no Brasil e a presença brasileira na África. Na Bahia, foi escolhido, juntamente com Jorge Amado, para ser Obá de Xangô, no candomblé do Ilê Axé Opô Afonjá.
Nomeado Adido Cultural em Lagos, Nigéria, pelo governo parlamentarista de 1962, em quase três anos de atividade, fez cerca de 120 conferências na África Ocidental, promoveu uma grande exposição de pintura brasileira sobre motivos afro-brasileiros, colaborou em revistas nigerianas, enfronhou-se nos assuntos de nova África independente e, como resultado, escreveu uma trilogia de romances - "A Casa da Água", "O Rei de Keto" e "Trono de Vidro" - hoje traduzidos para dezenove idiomas (inglês, italiano, francês, polonês, romeno, macedônio, croata, búlgaro, sueco, espanhol, alemão, holandês, ucraniano, japonês, coreano, galego, catalão, húngaro e árabe) e com mais de trinta edições fora do Brasil.
Seu livro "Brasileiros na África", de pesquisa e análise sobre o regresso dos ex-escravos brasileiros ao continente africano tem sido, desde sua publicação em 1964, motivo de teses, seminários e debates. De 1965 a 1967 foi Professor Visitante na Universidade de Columbia em Nova York, onde ministrou um curso sobre Ensaística Brasileira. Na mesma ocasião, fez conferências nas Universidades de Yale, Harvard, Howard, Indiana, Palo Alto, UCLA, Louisiana e Miami. Escreveu uma série de artigos sobre a Escandinávia, o Reino Unido e a França.
Conheceu, em 1955, a escritora e jornalista Zora Seljan, com quem se casou. A partir de então, os dois trabalharam juntos em atividades culturais e literárias. Quando Antonio Olinto foi crítico literário de "O Globo", Zora Seljan assinava a crítica de teatro no mesmo jornal, sendo que às vezes as duas colunas saiam lado a lado na página. Antes de os dois seguirem para a Nigeria, já Zora havia escrito a maioria de suas peças de teatro afro-brasileiras, das quais, mais tarde, em Londres, uma delas, "Exu, Cavalheiro da Encruzilhada" seria levada em inglês por um grupo de atores ingleses e americanos, sob a direção de Ray Shell que participara da produção de "Jesus Christ Superstar". Na Nigéria Zora Seljan foi leitora na Universidade de Lagos. De volta da África, Antonio Olinto publicaria um relato de sua missão ali, "Brasileiros na África", Zora Seljan lançaria dois livros: "A Educação da Nigéria" e "No Brasil ainda Tem Gente da Minha Cor?". Em 1973, os dois fundaram um jornal em Londres e em inglês, "The Brazilian Gazette", que vem existindo continuamente desde então.
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.
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cultura griot.
30 de setembro de 2010
João Pedro Marques, Os Sons do Silêncio: o Portugal de Oitocentos e a Abolição do Tráfico de Escravos, Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, 1999, 509 páginas.
João Pedro Marques,
Os Sons do Silêncio: o Portugal de Oitocentos e a Abolição do Tráfico de Escravos,
Lisboa, Instituto de Ciências Sociais,
1999, 509 páginas.
livro em bom estado de conservação,coda5a-x12,escasso, não perca, saiba mais...
Este livro não constitui o primeiro contributo de João Pedro Marques para o conhecimento do tema do tráfico da escravatura e da sua abolição em Portugal. Há alguns anos que se encontram textos seus onde a profundidade da investigação e da interpretação se conjuga com excelentes leituras so bre o estado do estudo da questão na historiografia internacional.
Nesses trabalhos, e sobretudo neste, que constitui a versão publicada da sua dissertação de doutoramento, o autor desconstrói um dos mitos mais persistentes da história portuguesa, organizado em torno da imagem do pioneirismo português na luta antiescravista no século XIX.
Trata-se de uma imagem que traduz, como se explica nas primeiras páginas, o efeito conjugado do silêncio da historiografia portuguesa, da distorção, da omissão (que o autor considera existir nos trabalhos historiográficos que recentemente vieram interromper aquele silêncio) e também da (consequente) subvalorização historiográfica do tema da abolição da escravatura.
Neste livro, como noutros textos, o autor investe boa parte do seu trabalho analítico e de levantamento de informação para explicar por que é que, bem ao contrário dessa imagem, Portugal foi, na ordem dos factos, «um dos países ocidentais que mais tarde decretou a abolição [...] e um dos que durante mais tempo permaneceu maioritariamente estanque ou refractário às ideologias e políticas abolicionistas».
Uma das teses fundamentais do livro é a de que a explicação não reside tanto em factores de ordem exterior à «vontade» (como a resistência colonial à abolição ou a insuficiência dos meios para a concretizar) quanto numa ausência de «vontade» ou numa «‘vontade’ portuguesa» que pendia mais para a preservação do que para a abolição do comércio negreiro.
É para melhor compreender essa «vontade» que o autor se propõe reconstituir «o conjunto das representações mentais a respeito do abolicionismo» em Portugal.
Os Sons do Silêncio: o Portugal de Oitocentos e a Abolição do Tráfico de Escravos,
Lisboa, Instituto de Ciências Sociais,
1999, 509 páginas.
livro em bom estado de conservação,coda5a-x12,escasso, não perca, saiba mais...
Este livro não constitui o primeiro contributo de João Pedro Marques para o conhecimento do tema do tráfico da escravatura e da sua abolição em Portugal. Há alguns anos que se encontram textos seus onde a profundidade da investigação e da interpretação se conjuga com excelentes leituras so bre o estado do estudo da questão na historiografia internacional.
Nesses trabalhos, e sobretudo neste, que constitui a versão publicada da sua dissertação de doutoramento, o autor desconstrói um dos mitos mais persistentes da história portuguesa, organizado em torno da imagem do pioneirismo português na luta antiescravista no século XIX.
Trata-se de uma imagem que traduz, como se explica nas primeiras páginas, o efeito conjugado do silêncio da historiografia portuguesa, da distorção, da omissão (que o autor considera existir nos trabalhos historiográficos que recentemente vieram interromper aquele silêncio) e também da (consequente) subvalorização historiográfica do tema da abolição da escravatura.
Neste livro, como noutros textos, o autor investe boa parte do seu trabalho analítico e de levantamento de informação para explicar por que é que, bem ao contrário dessa imagem, Portugal foi, na ordem dos factos, «um dos países ocidentais que mais tarde decretou a abolição [...] e um dos que durante mais tempo permaneceu maioritariamente estanque ou refractário às ideologias e políticas abolicionistas».
Uma das teses fundamentais do livro é a de que a explicação não reside tanto em factores de ordem exterior à «vontade» (como a resistência colonial à abolição ou a insuficiência dos meios para a concretizar) quanto numa ausência de «vontade» ou numa «‘vontade’ portuguesa» que pendia mais para a preservação do que para a abolição do comércio negreiro.
É para melhor compreender essa «vontade» que o autor se propõe reconstituir «o conjunto das representações mentais a respeito do abolicionismo» em Portugal.
29 de setembro de 2010
Quilombos- Resistência Ao Escravismo Clóvis Moura
Autor: CLÓVIS MOURA
Título: QUILOMBOS RESISTÊNCIA AO ESCRAVISMO
Editora: ÁTICA
Ano: 1993
Páginas: 95
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL.
No Brasil, o quilombo marcou sua presença durante o período escravista e existiu praticamente em toda a extensão do território nacional. À medida que o escravismo aparecia e se espraiava nacionalmente, a sua negação também surgia como forma de sintoma da antinomia básica deste tipo de sociedade.
Título: QUILOMBOS RESISTÊNCIA AO ESCRAVISMO
Editora: ÁTICA
Ano: 1993
Páginas: 95
Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL.
No Brasil, o quilombo marcou sua presença durante o período escravista e existiu praticamente em toda a extensão do território nacional. À medida que o escravismo aparecia e se espraiava nacionalmente, a sua negação também surgia como forma de sintoma da antinomia básica deste tipo de sociedade.
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