O Negro Brasileiro
Ramos Arthur
Civilização Brasileira
1934
bom estado de conservação, brochura, ethnographia religiosa e psychanalyse, 303 págs. 1ª edição.
livro em bom estado de conservação, encadernado em percalux, com muitas ilustrações, algumas estremamente escassas.
Um livro de referência a todo candomblecista e estudios do assunto.
Livro
mestre de toda a obra antropológica e etnológica de Arthur Ramos, o
presente trabalho de etnografia religiosa é referência obrigatória para
os estudiosos da presença africana no Brasil e da sua verdadeira
história étnica e cultural em terras do Novo Mundo.
O
próprio autor sublinha que “o presente trabalho é o primeiro resultado
de um largo inquérito procedido diretamente nos “candomblés” da Bahia,
nas “macumbas” do Rio de Janeiro e nos “catimbós” de alguns Estados do
Nordeste, sobre as formas elementares do sentimento religioso de origem
negra, no Brasil.”
A história destes estudos começa com
a publicação em francês do "Animismo fetichista dos negros baianos" do
médico Nina Rodrigues, em 1900, este livro teve o mérito de ser o
pioneiro a descrever com detalhes os candomblés baianos.
Com a morte
prematura de Nina Rodrigues em 1906 estes estudos ficaram num certo
limbo do interesse intelectual até a década de 1930 quando Artur Ramos,
também médico de formação e proclamando-se discípulo e continuador do
que denomina a "Escola Nina Rodrigues", iniciou a publicação de seus
principais livros sobre o tema.
Duas novidades
garantiram a importância de "O Negro Brasileiro" na época de sua edição.
A primeira foi a ampliação da área de estudos sobre a religiosidade de
origem africana que incluiu, além dos terreiros baianos de tradição
ritual sudanesa, estudados por Nina Rodrigues, os catimbós do Nordeste e
os terreiros de tradição ritual banto (as chamadas "macumbas") do Rio
de Janeiro e de São Paulo.
A segunda foi que essa religiosidade deixou
de ser entendida como manifestação de uma suposta inferioridade da raça
negra, e por meio dela se criticou o próprio conceito de raça,
substituindo-o pelo de cultura.
A primeira parte dele é dedicada às "Religiões e cultos negros no Brasil" e a segunda à "Exegese psicanalítica".
Na
introdução do livro, o autor agrupa a origem étnica dos negros
introduzidos no Brasil em dois grandes grupos: os sudaneses (basicamente
iorubas ou nagôs e jêjes) e os bantos (angolas, congos, cambindas,
benguelas etc.).
Compartilhando a idéia da
superioridade cultural do sistema mítico dos sudaneses, defendida por
Nina Rodrigues, Ramos descreve esse sistema enquanto liturgia de uma
"religião"...
Em
Salvador, Ramos centralizou suas pesquisas no terreiro do Gantois, como
já havia feito Nina Rodrigues, tomando-o como "um do mais antigos" e
"modelo para os demais".
Os cultos bantos, predominantes na região
sudeste do país foram vistos em termos de uma suposta "pobreza mítica"
contrastada com o modelo baiano de candomblé.
Daí terem sido tão
facilmente influenciados pela mitologia jêje-nagô que lhes teria imposto
seus orixás, pelas idéias do catolicismo e do espiritismo e pelas
sobrevivências de cultos ameríndios.
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