16 de março de 2010

Alma Africana no Brasil os Iorubás Ronilda Iyakemi Ribeiro - Baba King Sikiru Salami Revisou o Iorubá Pref. Kabengele Munanga




"Sou grata a Olodumare e aos Senhores do Karma pelo privilégio de servir de porta-voz
da Tradição Iorubá, que tanto amo. Sou grata também aos meus companheiros no
ideal de construir uma sociedade justa, onde imperem o Amor e a Paz. O compromisso
com esses ideais maiores e com a tarefa de resgate da importância da sabedoria e
dignidade do homem africano compartilho mais estreitamente com as seguintes
pessoas: Sikiru Salami, fundador da Federação Internacional de Tradições Africanas e
Culto aos Orixás"


"O sagrado permeia de tal modo todos os setores da vida africana, que se torna impossível
realizar uma distinção formal entre o sagrado e o secular, entre o espiritual e o material nas
atividades do cotidiano. Uma força, poder ou energia permeia tudo. Como diz Tempels (1949),
o valor supremo é a vida, a força, viver forte ou força vital. Essa força não é exclusivamente
física ou corporal e sim uma força do ser total, sendo que sua expressão inclui os progressos
de ordem material e o prestígio social. Felicidade é possuir muita força e infelicidade é estar
privado dela. Toda doença, flagelo, fracasso e adversidade são expressões da ausência de
força. Prole numerosa é uma das expressões de força. A força é adquirível, transmissível,
pode aumentar e diminuir até o esgotamento total.
Situando-se entre as mais belas, completas e sucintas formas de expressar a concepção
de homem e de cosmos, o mito cosmogônico da tradição bambara do Komo, uma das grandes
escolas de iniciação do Mande, no Mali, narra que Deus, denominado Maa Ngala, tendo
sentido falta de um interlocutor, o criou. Vejamos a narração bambara da Gênese Primordial:
Não havia nada, senão um Ser.
Este Ser era um vazio vivo
a incubar potencialmente
todas as existências possíveis.
O Tempo Infinito era a morada desse Ser-Um.
O Ser-Um chamou a si mesmo Maa-Ngala.
Então, ele criou 'Fan,
um ovo maravilhoso com nove divisões
19
no qual introduziu
os nove estados fundamentais da existência.
Quando o Ovo Primordial chocou
dele nasceram vinte seres fabulosos
que constituiram a totalidade do universo,
a soma total das formas existentes
de conhecimento possível.
Mas, ai!
Nenhuma dessas vinte primeiras criaturas revelou-se apta a ser o interlocutor que Maa-
Ngala havia desejado para si.
Então, tomando uma parcela de cada uma dessas vinte criaturas misturou-as.
E, insuflando na mistura uma centelha de seu hálito ígneo, criou um novo ser - o
Homem - a quem deu parte de seu próprio nome: Maa.
Assim, esse novo ser, por seu nome e pela centelha divina nele introduzida, continha
algo do próprio Maa-Ngala.
Maa, simbiose de todas as coisas, recebeu algo que cada uma de suas partes não
recebera: o sopro divino. Esta origem determina um vínculo profundo do homem com cada ser,
cada coisa existente no plano material e ainda, com os seres do plano cósmico. A tudo e a
cada coisa o homem se relaciona numa grande rede de participação. (Hampate Bâ, 1982:184)"


Etnias africanas

Concepção negro-africana de universo, pessoa e tempo

Capítulo 1 - Etnias africanas ..................................................................... 15
onde se apresentam dados sobre a etimologia da palavra África e sobre grupos
étnicos africanos

Capítulo 2 - Universo e Pessoa: concepção negro-africana ....................... 18
onde se discorre a respeito da concepção negro-africana de universo, sobre
pensamento causal e sincronístico e sobre a noção de pessoa

Capítulo 3 - Tempo: concepção negro-africana ........................................ 23
onde se apresentam considerações a respeito de horizontes temporais: cadeia
geracional e importância do passado; o clássico estudo de Mbiti sobre o tempo e
algumas críticas a ele dirigidas por outros autores; noção de tempo mítico e social

Capítulo 4 - Impacto da modernização

Encontro do Tradicional com o Moderno .......................... 32

onde se apresentam dados a respeito da convivência de valores tradicionais com
modernos em solo africano

Parte II - Os iorubás na África

Capítulo 5 - Contexto geográfico, origem, organização social e política .. 36

Onde se apresentam, além da localização geográfica, dados históricos sobre a
origem dos iorubás, mitos cosmogônicos, dados sobre sua organização social e
política

Capítulo 6 - A palavra: ação e comunicação ............................................. 44

onde se apresentam dados sobre o idioma, a importância e poder da palavra
nesta sociedade de tradição oral e sobre os nomes das pessoas, objetos,
cidades e seres

Capítulo 7 - Noção de pessoa:
concepção iorubá de natureza e destino humanos ............... 50
onde se apresentam dados a respeito da concepção de natureza e de destino
humanos e do papel do oráculo na definição de condutas


Capítulo 8 - Dimensão espiritual e práticas religiosas .............................. 56
onde se apresentam dados sobre a dimensão do supra-sensível, sobre o
nascimento e a morte e sobre práticas religiosas na Nigéria


Capítulo 9 - Deus, Divindades e Ancestrais ............................................... 59
onde se discorre a respeito da concepção de Deus e da etimologia da palavra
orixá; apresentam-se dados sobre algumas das principais divindades e sobre o
Poder Ancestral

Capítulo 10 - Poderes extraordinários
Medicina tradicional e magia. Bruxaria e feitiçaria ........... 85
onde se apresentam dados a respeito de oogun - medicina tradicional e magia e
a respeito de bruxaria e feitiçaria entre os iorubás

Capítulo 11 - Poderes extraordinários. Adivinhação............................... 92
onde se contextualiza o sistema divinatório de Ifá entre outros recursos universais
de adivinhação

Parte III - Degredo, Negredo, Segredo: os iorubás no Brasil
Desenraizamento, Travessia, Presença

Capítulo 12 - Participação africana na constituição
sócio-cultural brasileira ................................................ 103
Onde se discorre sobre influências musicais africanas nas tradições brasileiras:
instrumentos musicais e elemento vocal; sobre folclore e principais influências
religiosas

Capítulo 13 - Panorama e personagens do tráfico de escravos no Brasil 112
onde se descreve o cenário e algumas das personagens desse drama histórico

Capítulo 14 - Travessia oceânica ............................................................. 116
onde se apresentam dados a respeito da viagem marítima da Costa Africana
para o Brasil, durante o período do tráfico de escravos

Capítulo 15 - Os iorubás no conjunto
de influências africanas no Brasil ................................ 124
onde se discorre a respeito da participação iorubá na constituição sócio-cultural
brasileira. Conclui-se com referências a iorubás que retornaram à África e outros
que aqui permaneceram

Glossário.................................................................................................... 131

Referências Bibliográficas ........................................................................ 137

Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.

Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.

Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .

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12 de março de 2010

Somàvo - o Amanhã Nunca Termina - Carlos Eugênio Marcondes de Moura (org.) Novos Escritos Sobre a Religiao Dos Voduns e Orixas




Somàvo - o Amanhã Nunca Termina - Voduns Novos Escritos Sobre a Religiao Dos Voduns E Orixas

Carlos Eugênio Marcondes de Moura (org.)

editora: Empório de Produções

ano: 2005

descrição: A presente publicação contém textos de antropólogos e participantes da hierarquia do candomblé (no caso, uma sacerdotisa e um ogã); Os nomes sagrados dsa iniciadas para o vodun Dan (equivalente ao orixá Oxumarê, da nação de Ketu), por meio dos quais se revela o perfil desta divindade, as transformações por que passaram as divindades do mar e do trovão na cosmologia de algumas etnias do Daomé, atual Benin, na África Ocidental, a influência das estruturas religiosas dos jêje na constituição do candomblé, a extensa trajetória, no tempo e no espaço, percorrida pelas divindades, que imprimem suas pegadas em terras de África.

9 de março de 2010

African Textiles John Picton and John Mack Pano da Africa Tecido Ritual Veste Tradicionais africa etc



African textiles : looms, weaving and design / John Picton and John Mack

Picton, John

London : British Museum Publications

1979.

208 p. : ill. ; 28 cm.

Textile fabrics - Africa.

John Picton and John Mack. London, 1979. 208 pages, 204 black and white photos, 28 color plates. This is a good survey of traditional African textile manufacture and design, illustrated with examples from the collections of the British Museum. Field photographs show the processes and subsequent use. North African textiles are included as well as those from Sub-Saharan areas.

Autor: PERDIGÃO MALHEIRO Título: A ESCRAVIDÃO NO BRASIL - ENSAIO HISTÓRICO, JURÍDICO,SOCIAL. Completo. VOLUMES 1 e 2.




Autor: PERDIGÃO MALHEIRO


Título: A ESCRAVIDÃO NO BRASIL - ENSAIO HISTÓRICO, JURÍDICO,SOCIAL. Completo. VOLUMES 1 e 2.


Editora: VOZES-INL/MEC


Ano: 1976

Páginas: Vl 1 - 264, - Vl 2 - 322 - 21Cm


Comentário: LIVROS BEM CONSERVADOS, ACABAMENTO EM BROCHURA ORIGINAL, EM PAPEL OFFSET.

Clássico sobre o assunto. Apreciado e procurado por quem se interessa sobre a história dessa famigerada instituição.

DOIS LIVROS RECHEADOS DE INFORMAÇÕES ÚTEIS, SOBRETUDO PARA PESQUISADORES DESSA INSTITUIÇÃO QUE NÃO NOS DEIXA SAUDADE, E QUE TANTO MANCHOU O NOME DE NOSSO PAÍS,E POR QUE NÃO DIZER DA HUMANIDADE. SAIBA MAIS...

4 de março de 2010

Betiol Batuque Umbanda Culto Rituais Africanos Gegê Yorubá






Autor: LEOPOLDO BETTIOL

Tìtulo: O BATUQUE NA UMBANDA

Editora: AURORA

Ano: 1963

Páginas:230

Comentário : EM LIVRO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, BROCHURA COM CAPA ORIGINAL.

Este livro versa sobre o elemento negro, a sistematização dos mitos e crenças e a evolução do culto no Rio Grande do Sul. Está dividido em três partes que são:

1)Introdução no estudo do elemento negro, sistematização dos mitos e crenças e evolução do culto no Rio Grande do Sul.

2)Os negros: sistematização ensaio, que se subdivide em dois capítulos: o negro origem e procedência, costumes e crenças ...

3)Pequeno vocabulário gexá-gege-oyó referente a religião natural. Linguagem natural dos batuqueiros no Rio Grande do Sul?. Como se vê, trata-se de um trabalho de pesquisa e substancial do elemento negro no Brasil. Saiba mais...


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Exu - o Inimigo Invisível do Homem um Estudo Comparativo Enttre Exu... Prof Dr P Ade Dqpamu - Ododuwa





Exu - o Inimigo Invisível do Homem um Estudo Comparativo Enttre Exu...

Prof Dr P Ade Dqpamu

editora: Oduduwa

ano: 1990

descrição: 127 p. título completo: Exu - o inimigo invisível do homem um estudo comparativo entre exu da religião tradicional Iorubá nagô e o demônio das tradições cristã e mulçumana.

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2 de março de 2010

SANTO TAMBÉM COME Raul Lody Estudo sócio-cultural da alimentação cerimonial em terreiros afro-brasileiros. Culinaria Ritual Orixá Candomblé Nagô etc




SANTO TAMBÉM COME


Raul Lody.


Estudo sócio-cultural da alimentação cerimonial em terreiros afro-brasileiros.

Editora Artenova -

1979 -


brochura original, em muito bom estado de conservação, edição escasso, 127 pg, ilustrado.

Inegavelmente, é no terreiro ou na comunidade religiosa, reduto dos costumes e preceitos dos deuses africanos que o processo de aculturação encontrou suas defesas das mais rígidas graças ao sentido de culto, elo de fé, congregados pela raça e pela união de tradições culturais que ainda sentimos e observamos hoje, significativos momentos de africanidade e nível de sabedoria nas práticas rituais desses terreiros.

A variedade de formas de cultos afro-brasileiros, o dinamismo cultural e a oralidade como veículo de transmissão dos conhecimentos levaram a muitas transformações também abertas ao subjetivismo dos adeptos praticantes.

Fator determinante à união e à preservação das ações dos deuses é a alimentação sagrada.

Os muitos pratos que constituem o cardápio votivo possibilitam o conhecimento das peculiaridades das divindades e como agradá-las dentro dos rigores dos seus cultos.

Os procedimentos artesanais da cozinha sagrada, os detalhes de qualidades especiais dão a cada prato a individualidade e sentido próprios, importante símbolo de culto e da presença dos valores religiosos.

A unidade e o sentido social dos terreiros têm nos alimentos comunitários verdadeiros prolongamentos das alimentações secretas dos pejis, quando os deuses satisfazem seus desejos de dendê, mel,carnes, farinhas, frutas, pejerucum, bejerecum, iru, cozimentos, frituras e papas.

É através da alimentação comum dos deuses e seus crentes que o culto tem assegurada sua sobrevivência.


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8 de fevereiro de 2010

NOTAS SOBRE O CULTO AOS ORIXÁS E VODUNS: na Bahia de Todos os Santos, no Brasil, e na Antiga Costa dos Escravos, na África.






NOTAS SOBRE O CULTO AOS ORIXÁS E VODUNS: na Bahia de Todos os Santos, no Brasil, e na Antiga Costa dos Escravos, na África.

Pierre Verger. - tradução de Carlos E. Marcondes de Moura.

Edusp

1999

muito bom estado de conservação, ricamente ilustrado, com 620 páginas, formato grande. Uma obra de peso, literalmente.


Religiões Africanas e Afro-brasileiras, Esgotado, Tradução de Carlos E. Marcondes de Moura, Brochura, 23x23 cm, Reúne também Fotografias do Autor;

Este livro traz consigo a grande marca de reunir dois dos maiores estudiosos candomblecistas, da religião dos Orixás, no Brasil, tanto autor quanto tradutor são importantes nomes da pesquisa científica ligada ao universo da religião dos Orixás.


Pierre Verger conheceu o culto aos orixás na Bahia onde coletou material para comparação em várias viagens à África.



Neste livro, analisa o culto aos orixás e voduns na Bahia e o compara com a tradição religiosa dos 'yoruba' (Nigéria) e 'djèdjè' (Daomé), de onde se originou. O autor descreve os rituais de iniciação, o estado de transe, os orixás e voduns e outros deuses menos conhecidos, além de cerca de 1500 orikis, transcritos para o 'yoruba' e traduzidos para o português.

Verger apoiou-se também na vasta literatura de viagens à África Ocidental, cujos registros permitem reconstituir, em parte, a fascinante história dessa religião que, nas Américas, adquiriu novos significados e expressões, e está em constante expansão e reatualização.

O livro conta ainda com fotos de Pierre Verger que registram algumas cerimônias religiosas de caráter iniciático em terras africanas e na Bahia.

Os negros da Bahia conservaram crenças, um ritual e em certa medida um vocabulário de origem africana, da Nigéria (yoruba) e Daomé (djèdjè).

Uma comparação entre culturas só poderia ser feita por um pesquisador que as conhecesse em profundidade, tarefa que Pierre Verger executou com maestria: conheceu o culto aos orixás na Bahia onde coletou material para comparação em várias viagens à África.

Neste estudo pioneiro sobre o tema, a classificação e a ordem de apresentação dos deuses africanos segue aproximadamente aquela da apresentação nos terreiros da Bahia.

As transcrições do yoruba foram feitas de acordo com convenções já consagradas, apresentadas aqui numa chave de transcrição e de pronúncia. As Notas são acompanhadas de fotos de Pierre Verger, pertencentes ao acervo da fundação que leva seu nome.

O termo nagô, segundo Verger, era empregado para designar o povo que vivia no ..

COM UM VASTO ÍNDICE REMISSIVO DE MUITA VALIA PARA OS ESTUDIOSOS.

COM LISTA DOS DISCOS CITADOS.

COM MAPA.

COM BIBLIOGRAFIA DOS AUTORES CITADOS.

COM UMA ENORME E INTERESSANTE COLETA DE ORIKIS, CERCA DE 1500, COLETADOS PELO AUTOR JUNTO AOS SACERDOTES E OS INICIADOS NA RELIGIÃO DOS ORIXÁS E VODUNS, EM YORUBÁ E EM PORTUGUÊS.

Em suas pesquisas, Verger procurou registrar, com toda fidelidade, algumas cerimonias religiosas, de carater iniciático, tanto em terras africanas quanto na Bahia, entre elas o ritual do bori, e feitura de iaô...

Tráfico de escravos e candomblé.
Definições de Orisa e Vodun.
Iniciações e estado de transe.
Esu Elegbara Legba.
Ogun, Gu.
Ososi, Erinle, Logun ede, Age.
Osanyn
Dan, osumare.
Sapata Soponna.
Nana Buruku.
Yemoja.
Sango, Dada, Bayanny, Oraniyan.
Oya, Osun, Oba.
Obatala, Lisa, Odudua, Obalufon.
Olorun, Mawu.
Yroko, Loco.
Hevioso.
Adjahuto.
e muito mais ....









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3 de fevereiro de 2010

Dynamique Bidjogo Duquette Arte Africanas Orixás Religiões










Duquette, Danielle Gallois

Dynamique de l'art Bidjogo, Guinée-Bissau : contribuition à une anthropologie de l'art des sociétés africaines.

Lisboa : Instituto de Investigação Ciêntífica Tropical,

1983

263 p. : il., fotografias, mapas desdobráveis

Guiné-Bissau,Etnologia, Cultura, Usos e costumes, Escultura

Livro em muito bom estado, ricamente ilustrado, com páginas desdobraveis.

Com Léxico crioulo, léxico bidjogo, com extensa bibliografia, repleto de imagens da vida, do povo e da religião, cultura, ritos, sacrificios, iniciação, instrumentos, simbologia, etc...

Ce recueil est la deuxième étape d'un travail de recherche sur les îles Bissagos, commencé en 1972: à la suite d'un bref voyage dans l'archipel, les textes consacrés à la region avaient été synthétisés pour mettre en valeur un dossier photographique contenant trois cents oeuvres observées «sur le terrain» ou dans des musées occidentaux.

Le présent travail, s'il fait appel à des techniques ethnographiques classiques, a requis ainsi une observation pluraliste des diverses manifestations constituant le «fait esthétique total»: d'une part, les objects concrets fabriqués, la culture dite «matérielle», mais, d'autre part, tout ce qui contribue à l'événement comme les parures éphémères, le mime, la danse, les chants, la musique ou la parole.

Il ne faut pas attendre de ce travail une compilation à jour de tout ce qui a été écrit sur les îles Bissagos, ni un développement inédit des sujets sociologiques et économiques, mais plutôt une contribution partielle et provisoire destinée à mieux faire comprende les oeuvres plastiques.

Des photos de terrain montrent les objets tels qu'ils sont introduits et «vécus» dans le milieu, et des dessins permettent une meilleure compréhension des formes, particulièrement en ce qui concerne les processus de fabrication.

2 de fevereiro de 2010

Iracy Carise. Máscaras Africanas - Sociedades Secretas e Ancestrais



Autor : Iracy Carise
Título : Máscaras Africanas - Sociedades Secretas e Ancestrais
Editora : Madras
Ano : 1998
Páginas : 124


Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original, muito bom estado, formato grande 28, 5 x 20, 8 cm., 124 pp.ilustado, mapa.

Um clássico dessa renomada e internacionalmente respeitada estudiosa brasileira do africanismo.

Não perca, indispensável a todos aqueles que se esmeram no estudo e obrigação da Religião dos Orixás.

Saiba Mais... Trabalhamos com um vasto acervo sobre a biblioagrafia afrobrasileira, consulte-nos.

31 de janeiro de 2010

História de um Terreiro Nagô Mestre Didi - Sumo Sacerdote do Culto Dos Eguns.





História de um Terreiro Nagô

Mestre Didi - Sumo Sacerdote do Culto Dos Eguns]

Autor: Mestre Didi (Deoscóredes Maximiliano dos Santos)

Editora: Max Limonad, 1988

Formato: 21x14

Páginas: 106 Mais Cartilha do ABC.


Há alguns anos, num artigo da "Revista do Arquivo Municipal de São paulo", fazia eu sentir a necessidade de que se publicassem monografias sobre os principais candomblés da Bahia, sua história, sua organização e seus rituais. Estou convencido de que a elaboração de tais monografias se constitui na mais séria base para o conhecimento - já não mais geral e esquemático, como se tem feito em trabalhos anteriores - do candomblé da Bahia.


Eis porque recebo com satisfação o novo livro de Deocóredes dos Santos. Filho da prestigiosa Senhora, criado no conhecimento de todos os rituais do Opô Afonjá, o saboroso autor de "Contos Negros" é realmente o único que nos pode oferecer uma monografia sobre este candomblé, onde tenho tantos amigos, e que é tão caro ao meu coração.

Parabéns a Deoscóredes, e que o seu precioso trabalho sirva de modelo a outros. Livro de sábio, de filho da seita e de admirável narrador.

O livro História de Um Terreiro Nagô foi escrito por Deoscóredes Maximiliano dos Santos, mestre Didi, e publicado pela primeira vez em 1962 pelo Instituto Brasileiro de Estudos Afro-Asiáticos, em uma única edição. Ele foi republicado em 1988 pela Editora Max Limonad, em edição revista e ampliada, com três mil exemplares. O livro está fora-de-catálogo.

Mestre Didi dedicou o livro a Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora - Oxum Muiwà, e a todos os seus irmãos de seita.

O prefácio foi escrito pelo jornalista, sociólogo, tradutor e professor Muniz Sodré com nota do professor e sociólogo francês Roger Bastide.

O livro descreve, em minúcia de detalhes e datas, a história do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, a vida das ialorixás, os detalhes de sucessão, os cargos da comunidade (egbé) do terreiro quando da administração de cada ialorixá, o dia-a-dia do terreiro, as datas de iniciação e os detalhes de orixá das iyawôs, o calendário das festas, dentre outros assuntos.

Por isso é, sem dúvida nenhuma, uma das principais fontes - se não a mais significativa - para o estudo da biografia de Eugênia Anna Santos, Mãe Aninha, Obá Biyi - mãe-de-santo de Mestre Didi -, da biografia de Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora, Oxum Muiwà - mãe-de-sangue de Mestre Didi - e da história do Ilê Axé Opô Afonjá.
Referências


1. Muniz Sodré de Araújo Cabral (São Gonçalo dos Campos, 12 de janeiro de 1942) é um jornalista, sociólogo e tradutor brasileiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Escola de Comunicação. Atualmente exerce o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. É um pesquisador brasileiro e latino-americano no campo da Comunicação e do Jornalismo. Publicou alguns livros na área, como Monopólio da Fala (sobre o discurso da televisão) e Comunicação do Grotesco (sobre programas de TV que exploram escândalos e aberrações).


2. Roger Bastide (1898-1974) chegou ao Brasil em 1938 para ocupar a cátedra de Sociologia I, no Departamento de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo deixada vaga pelo professor Claude Lévi-Strauss; Bastide aqui esteve até 1984, quando partiu definitivamente para a França onde foi lecionar primeiramente na École Pratique des Hautes Etudes, 6e Section, hoje École des Hautes Études en Sciences Socielies; nomeado em seguida para a Universidade de Paris, cátedra de Sociologia, também foi durante mais de dez anos professor no Institut des Hautes Études de l 'Amérique Latine.



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28 de janeiro de 2010

Negritude Norman Shapiro

Negritude

Norman Shapiro

October House, New York,

1970.

Soft Cover. Book Condition: Good. 8vo. Bilingual edition.

Lendas Dos Orixás Verger Candomblé Yorubá Ifá Oxum Exu Nagô







Autor: Pierre Fatumbi Verger

Título: Lendas dos Orixás

Editora: Corrupio

Ano: 1981

Páginas: 78

( pranchas formato grande)


Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO GERAL DE CONSERVAÇÃO, CAPA DURA ORIGINAL, COM SOBRE CAPA ORIGINAL. DESENHOS E ILUSTRAÇÕES DE ENÉAS GUERRA SAMPAIO.

Livro esgotado há mais de duas decádas, um dos livros mais procurados do Verger. Saiba mais ...

Tradução de Maria Aparecida da Nóbrega. Prefácio de Jorge Amado, Arlete Soares. Contém um apêndice com as características dos orixás tratados.

Edição limitada a 3.000 exemplares, sendo apenas 2.700 em língua portuuesa, o que justifica a dificuldade de encontrá-lo.



"... Verger de regresso a Bahia definitivamente, com a riqueza imensa de seus arquivos, de seu acervo de ciência, arte e vida, revela agora mais uma faceta de sua fascinante personalidade. Poeta, sim, como prova esse livro de graça e formosura: ?Lendas dos Orixás?, no qual desfilam as imaginosas história dos orixás: Exu, Ogum, Oxossi, Obaluaê, Xangô, Yansan, Oxum, Yemajá e Oxalá em suas duas presenças, o jovem Oxaguiam, o velho Oxalufan. Cada uma dessas lendas , transposta da linguagem oral ioruba ..."





Livro esgotado há mais de duas décadas, um dos livros mais procurados do Verger. Saiba mais ...




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20 de janeiro de 2010

Os Orixás no Brasil Eneida Leal ritos mitos lendas rituais candomble africa nago yorubá etc










Os Orixás no Brasil

Eneida Leal

editora: Spala

ano: 1988

Rio de Janeiro, 191p., 30 x 5cm., Enc. original, boa conservação geral. Em papel especial couché.

191 Páginas, ilustrados com fotos coloridas, formato grande, bilíngue.

Com glossário e nota da autora.

Com cores, metais, animais, dia da semana, aspectos da natureza, aspectos sociais, saudação.

Estudos Afro-Brasileiros, Antropologia, Candomblé, Religião, Capa Dura, 30 x 30 cm, 192 pgs; Ricamente Ilustrado; Textos em Inglês e Português; Contém reproduções de Obras de Debret, Carybé, Albano Neves e outros;


Um primor de livro.

Este livro é um estudo sobre a religiosidade de um povo cuja liberdade antecedeu as decisões políticas, justamente, porque a crença em entidades espirituais, anteriormente manifestada através de rituais secretos, os libertava de seus sofrimentos e dores causados pela injustiça social que precedeu à abolição da escravatura.

É uma visão do candomblé como religião de seus Orixás e dos mitos que o envolvem.
Naturalmente incorporado...

A empresa colonial;
Etnia o negro;
Axé;
Os eguns;
Sincretismo;
Hieraquia sacerdotal candomblé;
A gameleira branca;
Os êres;
Ogun;
Ifá;
Obá;
Aspectos culturais: linguagem, musica e culinária.
Informações gerais;
A abolição;
Os jesuítas;
O senhor e o escravo.
Etc;



Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.

Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.

Envio em até 24 horas após a confirmação de pagamento com confirmação via e-mail e número de postagem .

Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.


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26 de dezembro de 2009

ORIXÁS TATTI MORENO prefácio Jorge Amado, Zora Seljan.








ORIXÁS TATTI MORENO prefácio Jorge Amado, Zora Seljan.


Autor: TATTI MORENO

Título: ORIXÁS

Editora: FUNDAÇÃO VALDEMIRO GOMES

Ano: 1987

Páginas: 80 (FORMATO GRANDE)



Comentário: Livro em bom estado de conservação, encadernação original em capa dura e contra capa.

Apresentação do artista por Jorge Amado, Carlos Eduardo da Rocha. Candomblé da Bahia texto de Zora Seljan.




Produção, fotografias e diagramação Bruno Furrer. Legendas Gardênia Melo. Textos em Português e Inglês. Tiragem limitada a 2.000 exemplares em única edição, sendo este o exemplar número 0321. Um belo trabalho de impressão e encadernação da gráfica BIGRAF. Todo em papel especial Couché, com alta definição.

Panteão dos orixás iconografados pelo artista: Exu, Ogum, Oxossi, Ibualama-Inlé, Otim, Logum Edé, Omulu, Obaluaê, Nana, Iyami Oxorongá, Ossanhe, Iroko, Xangô, Axabó, Oxumaré, Iansã, Oxum, Oxum Apara, Miuá, Eua, Iemanjá, Onilé, Oxalufã, Oxaguiã, Oduduiá, Obatalá, Oba, Orunlá-Ifá, Apaoká, Orixá Okô, Babá Abaolá.




Contém 32 esculturas de orixás do artista Tatti Moreno que integram o acervo da fundação Valdemiro Gomes, ilustrações belíssimas, esculpidas em metais, contendo o sincretismo, o dia e a cor de contas de cada um dos orixás, explicando as várias qualidades de cada orixá, como por exemplo: ogum :ogunjá, ogum xorokê, (ou 'de ronda', que durante seis meses em cada ano se transforma em exu),etc. Saiba mais...


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25 de dezembro de 2009

Jean Gould Um Garoto Chamado Dunbar. Poeta Negro. Biografia. etc

Autor: Jean Gould


Tìtulo: Um Garoto Chamado Dunbar


Editora: Record


Ano: 1965


Páginas: 236




Comentário: Livro em bom estado de conservação, brochura com capa original.


Tradução de Affonso Blacheyre, ilustrações de Charles Walker.


A vida do famoso poeta negro da América.


Este livro apaixonante recebeu em 1958 o Prêmio de Livros Infantis da Fundação Thomas Edison, por sua contribuição para a formação e desenvolvimento do caráter infantil.


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A Economia Polìtica Da Escravidão - Eugene Genovese




Autor: EUGENE GENOVESE

Título: A ECONOMIA POLÌTICA DA ESCRAVIDÃO

Editora: AMÈRICA ECONOMIA E SOCIEDADE

Ano: 1976

Páginas: 249

Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL.

Estes estudos têm uma longa hitória, mais longa do que consigo recordar, tendo começado como trabalho final para o Brooklyn College há quase 15 anos atrás. Arthur C. Cole, cuja bondade e sábios conselhos trago ainda vivamente na lembrança, sugeriu que eu investigasse o movimento da reforma agrária no velho Sul. A sugestão me intimidou com típica modéstia dos que ainda não se formaram, tinha-me proposto a fazer um trabalho sobre o Pensamento Sulista no último periodo da era colonial até a guerra civil.

ESTUDOS SOBRE A ECONOMIA E A SOCIEDADE ESCRAVISTA.

"Tenho consciência que, em fim de contas, os verdadeiros problemas são de ordem ideológica e psicológica. Não se morre por nenhum interesse material, suponde–se que algum o mereça, o que não é evidente.”

História: Economia Política: Escravidão; Regime Escravista. escravidão nos Estados Unidos
Inclui índice remissivo, lista de abreviaturas utilizadas e nota bibliográfica.


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24 de dezembro de 2009

O leque de Oxum e algumas crônicas de Candomblé.




Autor: VASCONCELOS MAIA

Título: O LEQUE DE OXUM

Editora: O CRUZEIRO

Ano: 1961

Páginas: 134


Comentário: LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO ENCADERNADO EM BROCHURA ORIGINAL.

Capa de José Maria. A Bahia dos candomblés, dos cultos aos deuses africanos, a velha Salvador com as suas igrejas, praias e ladeiras, o mar cheio de saveiros toda uma atmosfera inconfundível está neste livro de histórias. E, envolvente e servindo de cenário a alguns episódios de singular intensidade, a secular e sedutora paisagem baiana mostra que Vasconcelos Maia apresenta, em tudo quanto escreve, a marca inesquecível de sua terra natal, de seus dramas e mitos. Livro forte e denso, marcado por um estranho lirismo, este O Leque de Oxum continua a tradição de uma literatura fiel à terra e ao homem.



Vasconcelos Maia, escritor rigorosamente baiano que entendeu como poucos a cultura de sua terra e sobre ela escreveu páginas de profundo conhecimento de candomblé.

Todo o fascínio de uma religião ligada à natureza, como a dos Orixás, com Oxum sendo a própria divindade chegada ao amor, aparece no modo como Vasconcelos Maia coloca um personagem sueco, pertencente a outra cultura, em contato com os mistérios do mar, da água pura, das árvores, toda a natureza que se mistura com os atos religiosos e com os cânticos sagrados e os toques dos tambores.


rabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.

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23 de dezembro de 2009

André Pinto Rebouças. Singela homenagem virtual ao Primeiro Homem não branco formado em Engenharia.


André Pinto Rebouças (Cachoeira, 13 de janeiro de 1838 — Funchal, 9 de maio de 1898) foi um engenheiro e abolicionista brasileiro. Filho de Antônio Pereira Rebouças (1798-1880) e de Carolina Pinto Rebouças.

Advogado, deputado e conselheiro de D. Pedro II (1840-1889), seu pai era filho de uma escrava alforriada e de um alfaiate português. Seus irmãos Antônio Pereira Rebouças Filho e José Rebouças também eram engenheiros.

André Rebouças ganhou fama no Rio de Janeiro, então Capital do Império, ao solucionar o problema de abastecimento de água, trazendo-a de mananciais fora da cidade.

Ao lado de Machado de Assis e Olavo Bilac, foi um dos representantes da classe média brasileira com patente ascendência africana e uma das vozes mais importantes em prol da abolição da escravatura.

Incentivou a carreira de Carlos Gomes, autor da ópera O Guarani.

22 de dezembro de 2009

Sérgio Ferretti Querebentan de Zomadonu: Etnografia da Casa das Minas do Maranhão. Voduns. Daomé. Jejê. Ewe






Sérgio Figueiredo Ferretti.

Querebentan de Zomadonu. Etnografia da Casa das Minas do Maranhão.

São Luís, UFMA,

1985.


Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Casa das Minas é o terceiro terreiro de Culto Afro-Brasileiro no Livro de Tombo do órgão, ao lado do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho Ilê Axé Iyá Nassô Oká, tombado em 1987, e do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em 1999, ambos de Salvador (BA).


A Casa das Minas é obra de escravos de etnia Jeje, Ewe ou Eoué, procedentes do Daomé, atual República do Benin, que a denominavam de Querebentã de Zomadonu. O terreiro, conforme depoimento de uma antiga nochê (minha mãe), foi instalado primeiramente num terreno baixo da Rua de Sant’Ana, entre a Rua da Cruz e a Godofredo Viana, no centro de São Luís.

Segundo Pierre Verger, a Casa das Minas teria sido fundada pela rainha Nan Agontime, viúva do Rei Agonglô (1789-1797), vendida como escrava por Adondozã (1797-1818), que governou o Daomé após o falecimento do pai e foi destronado pelo meio irmão, Ghezo, filho da rainha (1818-1858). Ghezo chegou a organizar uma embaixada às Américas para procurar a sua mãe, que não foi encontrada.

Em antiga escritura, consta o nome da africana Maria Jesuína como a primeira proprietária da casa da Rua de São Pantaleão, que, anteriormente, tinha o nº 199, esquina com o Beco das Minas.

“Pode-se supor que Maria Jesuína era a mesma Nan Agontime que teria nascido na década de 1770, tendo menos de oitenta anos de idade em 1847, ano da aquisição do prédio atual. Se não foi a fundadora, Nan Agontime teria sido mãe-de-santo de Maria Jesuína”,Sérgio Ferretti (Querebentan de Zomadunu – Etnografia da Casa das Minas, 1985).

O termo “mina”, embora designe o grupo étnico do Gana e esteja associado ao forte de São Jorge da Mina ou Elmina, na Costa do Ouro, serviu para rotular os negros sudaneses introduzidos no Brasil à época do tráfico: mina-fanti, mina-mahi, mina-popo, mina-jeje, mina-nagô, entre outros.

Daí a expressão Tambor de Mina aplicada aos terreiros religiosos oriundos dessas etnias no Maranhão, e, conseqüentemente, Casa das Minas – onde vivem as negras minas.

Os voduns (divindades) cultuados estão dispostos em famílias, que determinam a divisão física da Casa das Minas, sendo a principal a de Davice, cujo chefe é Zomadonu, de uma linhagem real do Abomey. Essa família hospeda as outras: a de Quevioçô e a de Dambirá, cujos membros vivem em quartos ao lado do gume, o quintal onde está plantada uma secular cajazeira, árvore sagrada.

Sabe-se que, embora Zomadonu seja considerado o dono do terreiro – aquele que abre as portas –, existe um vodum maior, feminino, Nochê Naê (sinhá velha), que é a mãe de todos os voduns, toquens (jovens) e tobossis (meninas) da família Davice e rege a Casa das Minas.



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