1 de julho de 2009

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Edson CARNEIRO

Negros Bantus: notas de ethnografia religiosa e folclore.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Bibl. De Div. Scientífica,

1937.

livro em muito bom estado de conservação.
Uma rara 1ª edição deste que é um dos grandes nomes e referência nos assuntos que tratam a temática afro-brasileira.
Raro exemplar da edição original dirigida por ninguém menos que Arthur Ramos.
Com ilustrações.

Obra de referência, não pode faltar numa biblioteca especializada em assuntos afrobrasileiros.

Trata-se de um dos mais importantes  livros documentais dos antigos candomblés da Bahia, onde vê-se a cada página a força exercida pela ancestralidade africana, tanto nos textos, quanto nas imagens.

Fonte primária sobre muitas informações relacionada ao cotidiano da gente negra das diversas roças, desde o aspecto cultural até o religioso litúrgico, raramente tratado com tanta seriedade.

Escrito numa época em que era dificil publicar algo sobre o assunto, pioneiro que é, Edson Carneiro foi daqueles que ajudaram a abrir portas para a geração futuras, no que diz respeito aos estudos sobre a religião dos Orixás e demais cultos de nações africanas
Tratando sobre a capoeira ele nos diz: "A luta mobilizava um par de jogadores, de cada vez. Estes, dado o sinal, uniam as pernas firmemente, tendo o cuidado de resguardar o membro viril e os testículos. Havia golpes interessantíssimos, como a encruzilhada, em que o lutador golpeava coxa contra coxa, seguindo o golpe com uma raspa, e ainda como o baú, quando as duas coxas do atacante davam um forte solavanco nas  do adversário, bem de frente. Todo o esforço dos lutadores era concentrado em ficar em pé, sem cair. Se, perdendo o equilíbrio, o lutador tombasse, teria perdido, irremediavelmente, a luta. Por isso mesmo, era comum  ficarem os batuqueiros em banda solta, isto é, equilibrados numa única perna, a outra no ar, tentando voltar à posição primitiva".


Edson CARNEIRO

Advogado e escritor brasileiro nascido em Salvador, Estado da Bahia, estudioso dos temas afro-brasileiros, tornando-se a maior autoridade nacional com relação aos cultos de origem africana e os problemas de aculturação dos africanos. Fez todos seus estudos na capital baiana, até diplomar-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Bahia (1935), participou do grupo literário Academia dos Rebeldes, a que pertencera também Jorge Amado e Pinheiro Viegas, transferindo-se posteriormente para o Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, onde fundou a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, da qual foi seu primeiro diretor (1961-1964).

Fez uma viagem à África (1961) a fim de pesquisar em particular os iorubas, procedentes da Nigéria e Daomé, hoje Benin, e sua aculturação na sociedade brasileira.

Édison Carneiro se diplomou em Direito em 1935, transferiu sua residência para o Rio de Janeiro. Manteve-se, no entanto, sempre muito ligado à terra onde nasceu. Aos 16 anos começara a publicar artigos e crônicas na imprensa local.   Aos 18 anos participaria de um movimento cultural de índole renovadora - a Academia dos Rebeldes.      Foram, então, seus companheiros, os poetas Sosígenes Costa, Áydano do Couto Ferraz e Alves Ribeiro, o cronista Dias da Costa e os romancistas Jorge Amado, João Cordeiro e Clóvis Amorim.      A partir de 1933, empolgado pela beleza mística dos cultos populares de origem africana, passou a dedicar-se ao seu estudo, havendo, em 1937, chegado a fundar uma federação das casas de candomblé baianas, sob a denominação de União das Seitas Afro-Brasileiras da Bahia.


Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.

Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.



Caso haja interesse em alguns dos nossos livros, ou em outro que não se encontre cadastrados ainda, pergunte-nos.


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PHILOLIBRORUM-BIBLIOAFRO

cultura griot.

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