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13 de janeiro de 2015
Ricardo Teles Terras de Preto, Mocambos, Quilombos: história de nove comunidade negras rurais do Brasil. Abooks - 2002 Clóvis Moura Quilombismo Ivo Fonseca Silva Frechal
Ricardo Teles
Terras de Preto, Mocambos, Quilombos: história de nove comunidade negras rurais do Brasil.
Abooks - 2002
Comentários:Livro em bom estado de conservação, estante ca5-x6, encadernação com capa dura original.
Bilíngüe Português-Inglês.
Livro em estado de novo, formato grande, papel especial couché, fotos com ótima definição, uma pérola, com um encarte plástico original.
Foram anos de trabalho onde o fotógrafo Ricardo Teles retratou nove mocambos e quilombos brasileiros.
Ele resgata a memória e a riqueza cultural dessas comunidades até agora esquecidas e dispersas, suas origens, mito, religiões, rituais etc..,
Suas fotos em preto e branco refazem a história dessas comunidades negras.
Textos:
Clóvis Moura, Territórios negros: uma presença histórica;
Givania M da Silva, Conceição das crioulas uma construção feminina e coletiva,
Ivo Fonseca Silva, Frechal O negro não se calou,
Alberto de C. Alves, A arte e a documentação social,
Ricardo Teles, Terras de preto um projeto fotográfico.
edição especial.
Terras de preto documenta, em 132 fotografias, os hábitos e o cotidiano da população de nove das mais significativas comunidades rurais negras espalhadas pelo interior do Brasil. Remanescentes dos quilombos dos anos de escravidão, estima-se que elas sejam hoje mais de 900, descendo desde o Amazonas até São Paulo, no Vale do Ribeira.
Ao longo de nove anos, Teles viajou, pesquisando e fotografando esses grupos. Seu primeiro contato aconteceu por acaso, quando descobriu o quilombo de Frechal, a 390 quilômetros de São Luís, no Maranhão. Estava fazendo uma outra reportagem no Maranhão e acabei me deparando com essa comunidade, uma das pioneiras na conquista da posse coletiva das terras de seus ancestrais, conta. Fiquei tão espantado com o que vi, tive um interesse tão imediato, que resolvi ir em busca dessa história.
Meninos, quase nus, todos pretos, sobem em galhos de árvores, dependuram-se. Outros, tão iguais, mergulham no rio, à sombra das árvores, e fazem festa jogando água, enquanto as mulheres, nas margens, lavam suas tigelas. Meninas que dançam, que correm na chuva. Negros em lombos de burros, tocando pequenos pandeiros, deitados em redes. Negros nas portas de suas cabanas feitas de barro, pedaços de pau, galhos de coqueiros. As imagens são de quilombos, de mocambos do Brasil. Para nossos olhos tão viciados em avenidas e arranha-céus, em lixões e favelas das grandes cidades, elas parecem arcaicas, perdidas no tempo. No entanto, não foram feitas por nenhum retratista errante do século 19, mas ao longo da última década pelo fotógrafo Ricardo Teles.
Trabalhamos com um vasta acervo sobre o tema.
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PHILOLIBRORUM-BIBLIOAFRO
cultura griot.
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Temos um vasto acervo sobre essa bibliografia temática.
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Poderemos estudar outra forma de pagamento, sempre em comum acordo.
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Sydney Santos André Rebouças e Seu Tempo Vozes 1985 Engenheiro negro abolicionista negritude intelectualidade negros brasileiros importaantes etc....
Sydney
Santos
André Rebouças e Seu Tempo
Vozes
1985
detalhado ensaio histórico, sociológico, biográfico, fartamente comentada, de quase 600 páginas.
André Rebouças (André Pinto Rebouças, 1838-1898) era engenheiro militar.
Participou da Guerra do Paraguai, na qualidade de engenheiro, mas teve, mais de uma vez, que pegar em armas.
Trabalhou no serviço público como professor, engenheiro e inspetor da alfândega.
Ficou famoso por resolver o problema de abastecimento de água no Rio de Janeiro.
Viajado, falava fluentemente inglês e francês. Era amigo e protetor de Carlos Gomes, a quem ajudou financeiramente quando o maestro estudava na Itália.
Mulato, aborreceu-se quando fez uma viagem aos EUA em 1873, com o elevado preconceito racial que viu ali.
Abolicionista, teve presença importante na edição da Lei Áurea (era amigo de Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Taunay). Monarquista (seu pai, filho de escrava, chegou, admiravelmente, a advogado e conselheiro de Pedro II), exilou-se na Europa quando da proclamação da República.
Escreveu dezenas de trabalhos técnicos e mais de uma centena de artigos em jornais.
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Vozes
1985
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André Rebouças (André Pinto Rebouças, 1838-1898) era engenheiro militar.
Participou da Guerra do Paraguai, na qualidade de engenheiro, mas teve, mais de uma vez, que pegar em armas.
Trabalhou no serviço público como professor, engenheiro e inspetor da alfândega.
Ficou famoso por resolver o problema de abastecimento de água no Rio de Janeiro.
Viajado, falava fluentemente inglês e francês. Era amigo e protetor de Carlos Gomes, a quem ajudou financeiramente quando o maestro estudava na Itália.
Mulato, aborreceu-se quando fez uma viagem aos EUA em 1873, com o elevado preconceito racial que viu ali.
Abolicionista, teve presença importante na edição da Lei Áurea (era amigo de Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Taunay). Monarquista (seu pai, filho de escrava, chegou, admiravelmente, a advogado e conselheiro de Pedro II), exilou-se na Europa quando da proclamação da República.
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7 de janeiro de 2015
Mulher e Escrava Sonia Maria Giacomini Vozes 1988 feminismo abolição negritude historia brasil negros movimento direitos etc ...
Mulher e Escrava
Sonia Maria Giacomini
Vozes
1988
Este livro aborda um tema que raramente aparece na Literatura sobre escravidão no Brasil, e o faz com muita segurança, introduzindo no livro valiosa menção de fontes primárias e secundárias, interessante iconografia bem como informações bibliográficas valiosas.
Um livro indispensável aos leitores brasileiros em geral, dado que o Brasil foi o país de maior escravaria nos tempos modernos, particularmente no continente americano.
As escravas afro-brasileiras, em proporção significativa, labutavam no eito, junto com os escravos masculinos. Ocupavam-se do plantio e colheita da cana-de-açúcar, do café e de outros gêneros alimentícios, cuidavam do gado bovino junto com os homens escravos, em suma, tinham participação significativa nas tarefas básicas das fazendas escravistas.
Todavia, o mais específico, muito bem ressaltado pela obra de Sonia Maria Giacomini, consistiu na participação das mulheres escravas nas tarefas domésticas da casa senhorial. Aí, as mulheres escravas eram incumbidas dos trabalhos de limpeza da casa, eram arrumadeiras, lavadeiras, cozinheiras, copeiras, controladoras do fornecimento de gêneros alimentícios, enfim, carregavam o peso de todos os serviços domésticos.
A presença de grande número de mulheres escravas no íntimo da casa senhorial não podia deixar de apresentar fenômenos peculiares. As escravas fisicamente bem-dotadas atraíam o interesse sexual dos homens livres da casa, particularmente dos patrões e dos seus filhos.
Estes se aproveitavam da situação socialmente superior para fazer dessas escravas objeto do desejo sexual, obrigando-as, com violência, a ceder seu sexo ao apetite dos homens livres, donos da casa e prepostos.
Temos um vasto acervo sobre essa bibliografia temática.
Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc...,
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27 de março de 2014
Sérgio Ferretti Querebentan de Zomadonu: Etnografia da Casa das Minas do Maranhão. Voduns. Daomé. Jejê. Ewe
Sérgio Figueiredo Ferretti.
Querebentan de Zomadonu. Etnografia da Casa das Minas do Maranhão.
São Luís, UFMA,
1985.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Casa das Minas é o terceiro terreiro de Culto Afro-Brasileiro no Livro de Tombo do órgão, ao lado do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho Ilê Axé Iyá Nassô Oká, tombado em 1987, e do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em 1999, ambos de Salvador (BA).
A Casa das Minas é obra de escravos de etnia Jeje, Ewe ou Eoué, procedentes do Daomé, atual República do Benin, que a denominavam de Querebentã de Zomadonu. O terreiro, conforme depoimento de uma antiga nochê (minha mãe), foi instalado primeiramente num terreno baixo da Rua de Sant’Ana, entre a Rua da Cruz e a Godofredo Viana, no centro de São Luís.
Segundo Pierre Verger, a Casa das Minas teria sido fundada pela rainha Nan Agontime, viúva do Rei Agonglô (1789-1797), vendida como escrava por Adondozã (1797-1818), que governou o Daomé após o falecimento do pai e foi destronado pelo meio irmão, Ghezo, filho da rainha (1818-1858). Ghezo chegou a organizar uma embaixada às Américas para procurar a sua mãe, que não foi encontrada.
Em antiga escritura, consta o nome da africana Maria Jesuína como a primeira proprietária da casa da Rua de São Pantaleão, que, anteriormente, tinha o nº 199, esquina com o Beco das Minas.
“Pode-se supor que Maria Jesuína era a mesma Nan Agontime que teria nascido na década de 1770, tendo menos de oitenta anos de idade em 1847, ano da aquisição do prédio atual. Se não foi a fundadora, Nan Agontime teria sido mãe-de-santo de Maria Jesuína”,Sérgio Ferretti (Querebentan de Zomadunu – Etnografia da Casa das Minas, 1985).
O termo “mina”, embora designe o grupo étnico do Gana e esteja associado ao forte de São Jorge da Mina ou Elmina, na Costa do Ouro, serviu para rotular os negros sudaneses introduzidos no Brasil à época do tráfico: mina-fanti, mina-mahi, mina-popo, mina-jeje, mina-nagô, entre outros.
Daí a expressão Tambor de Mina aplicada aos terreiros religiosos oriundos dessas etnias no Maranhão, e, conseqüentemente, Casa das Minas – onde vivem as negras minas.
Os voduns (divindades) cultuados estão dispostos em famílias, que determinam a divisão física da Casa das Minas, sendo a principal a de Davice, cujo chefe é Zomadonu, de uma linhagem real do Abomey. Essa família hospeda as outras: a de Quevioçô e a de Dambirá, cujos membros vivem em quartos ao lado do gume, o quintal onde está plantada uma secular cajazeira, árvore sagrada.
Sabe-se que, embora Zomadonu seja considerado o dono do terreiro – aquele que abre as portas –, existe um vodum maior, feminino, Nochê Naê (sinhá velha), que é a mãe de todos os voduns, toquens (jovens) e tobossis (meninas) da família Davice e rege a Casa das Minas.
Temos condição de conseguir muitos outros títulos sobre o assunto:
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