2 de agosto de 2009

Escravos brasileiros do século XIX na fotografia de Christiano Jr.



Escravos Brasileiros do Século XIX na Fotografia de Christiano Jr

Org. Paulo César de Azevedo & Mauricio Lissovsky

editora: Ex Libris

ano: 1988

descrição: Escravos Brasileiros do século XIX na fotografia de Christiano Jr. Edição organizada por: Paulo Cesar de Azevedo e Maurício Lissovsky. Textos de Jacob Gorender, Manuela Carneiro da Cunha e Muniz Sodré. Livro em excelente estado de conservação. Capa dura. Livro Raro

Em 1832 nasce na Ilha das Flores, arquipélago de Açores, Portugal, José Christiano de Freitas Henriques Júnior. Emigra para o Brasil em 1855, acompanhado de sua esposa e de dois filhos, iniciando a atividade fotográfica por volta de 1860, em Maceió, Alagoas, onde mantém estúdio até 1862. Transfere-se logo depois para o Rio de Janeiro, e em 1863 atua na oficina Photographia do Comércio, à rua São Pedro 69, na qual é sócio de Fernando Antonio de Miranda. Em 1865, está instalado à rua da Quitanda 53, desta feita só. Na sua etapa carioca o que nos chama mais a atenção são os retratos da população cativa da cidade. Realizado no suporte carte de visite,as imagens foram produzidas em dois padrões: "retratos de corpo inteiro" e "bustos". Em algumas das imagens encontramos anotações que acompanham as fotografias e que identificam a nação africana da qual o negro registrado é originário. Isso, a meu ver, demonstra por parte dele uma grande preocupação em evidenciar a diversidade dessa população.

Dentre este material, os "retratos de corpo inteiro", são aqueles nos quais vemos os negros executando os mais diferentes ofícios, típicos dos escravos de ganho: vendedores de frutas, barbeiros, amoladores de facas, entre outros. Essas imagens são vendidas no comércio local e servem como uma espécie de souvenir dos trópicos, sobretudo, útil ao imaginário eurocêntrico que acompanha os viajantes que por aqui passam. Em 1866 o Almanaque Laemmert anuncia a venda de uma "Variada colleção de (...) typos de pretos, cousa muito própria para quem se retira para a Europa". Tal trabalho indica que Christiano tem uma forte curiosidade "antropológica". Ao registrar os escravos "de ganho", ele os coloca no cerne da modernidade, socializando a imagem das próprias contradições do país. Quando essas fotografias são produzidas, a população de negros escravos que trabalham nas ruas da cidade do Rio de Janeiro é de 55.000 pessoas, 1/3 da população total da capital[3]. Com relação a essas imagens é pertinente frisar que os fotógrafos no final do século XIX vivem uma grande concorrência, estando sempre à procura de novos produtos fotográficos para o mercado.....


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